DIA 126: Passos a tomar perante uma reação eminente

quarta-feira, outubro 31, 2012 0 Comments A+ a-


Há um conjunto de passos que devem ser tomados para evitar que a reação da mente tome conta de nós e crie ruptura/arrependimento e desistência projectado no mundo à nossa volta.

Passo 1: Páro a mente (imagens, pensamentos, conversas internas)
Passo 2: Inspiro 1...2...3...4...
Passo 3: Sustenho a respiração 1...2...3...4
Passo 4: Expiro 1...2....3....4
Passo 5: Auto-analiso e realizo a origem da reação
Passo 6: Perdoo cada imagem, pensamento e conversas da mente
Passo 7: Confio a mim própria a capacidade de mudar a partir de agora

Foram exactamente estes os passos que me faltaram: era como se tivesse um nó na garganta e a única coisa que me passava pela mente eram frases de ruptura, sem paciência para continuar o processo nem para continuar o casamento. Durante uns minutos, o meu alvo era aquilo que realmente representa estabilidade e mudança - e permiti que os pontos não resolvidos em mim tomassem conta do "meu mundo". O outro sinal de reação foi a culpabilização dos outros por aquilo que eu sentia - sem ver que eu sou responsável por tudo aquilo que eu me permito sentir. E finalmente, a chicotada da reação foi a resistência a mudar fisicamente - nem conseguia abraçar o João, como se a mente fosse uma barreira física invisível.
Estou a ter dificuldade em descrever o que senti - mas posso dizer que não era bonito. Era como se estivesse a agredir-me com cada pensamento e não tivesse força para pará-los e aceitásse a vitimização. Deitei-me na cama e acalmei. Recordei-me que tinha de resolver este ponto agora, ou teria de passar por isto outra vez. Então trouxe o ponto para mim própria e perguntei-me: Porque é que reagi àquilo que o Joao medisse? De onde é que vem esta irritação? A quem é que eu associo esta situação? Que medo é que existe em mim? E rapidamente me apercebi da origem desta projecção. Afinal a reação não tinha nada a ver com o João. Tudo ficou mais claro. Durante esta reunião comigo própria realizei que este era o medo de me tornar aquilo que eu não queria, nomeadamente o medo de me tornar irritante, chata e inútil - aspectos que eu associo a casais e à minha própria experiência em relação à minha mãe.

Para aqueles que estão a ler isto, investiguem as reações e irão ver que têm sempre a ver connosco próprios. Neste caso, o problema estava nos meus julgamentos próprios e que eu odeio - ou seja, estava a projectar ódio à minha volta porque essa é a realidade que eu tenho permitido em mim. Estava a reagir às palavras porque tomei-as como uma ofensa e esta ecoou no meu medo de me tornar chata e irritante. A resistência a abraçar o João era a resistência a ABRAÇAR-ME. A resistência a ver isto era a resistência a mudar porque, ao ver esta relação comigo própria, é claro que terei de mudar! Quem é que quer odiar-se a vida toda?

A solução está em mim e eu andei este tempo todo a ignorar-me como VIDA, ou seja, a ignorar a minha capacidade de renascer a cada inspiração, de realizar a minha decisão de me dar vida enquanto sustenho a respiração - e de me permitir largar o passado a cada expiração... E recriar-me como nova a cada inspiração...




DIA 125: Medo de falhar

domingo, outubro 28, 2012 0 Comments A+ a-


No meu actual emprego é essencial manter a calma - "Keep calm and carry on" - de modo a não me deixar cair no tornado de falhas e  distrações que começam com a aceitação do medo de falhar  - se me basear neste filtro, esta é a única realidade que eu me permitirei criar porque não me permiti criar outra.
Esta sabotagem lembra-me a entrevista "What if" na qual é nos apresentada a vida de uma pessoa que passou o tempo a adiar tomar decisões e, consequentemente, a adiar a sua própria vida, sempre à espera do momento ideal na ânsia de controlar a realidade à sua volta.

O medo de falhar não existe a não ser que eu me permita criar/tornar-me no medo. E das duas uma: ou vivo o medo de falhar ou vivo a solução - para tal, é preciso parar de existir em auto-destruição e dedicar a minha atenção e o meu tempo a aperfeiçoar-me, a aprender, a recriar a minha atitude e a direcionar a minha força de vontade.

Estar ciente da minha respiração é um elemento essencial que me permite estabilizar a mente ao estabilizar o corpo. Permito-me então ver os pensamentos suprimidos por trás do medo e perceber a origem, perceber a hidden agenda da minha mente e ver o que é que as projecções me dizem sobre mim neste dado momento.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de falhar sem primeiro começar, o que é um indicador de desonestidade própria e antecipação;
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de desapontar os outros, sem ver que esta projeção de expectativas não é real - aquilo que é real é a minha aplicação no momento presente e em estar focada naquilo que eu faço.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no padrão da desistência e estar a limitar a minha vontade inicial e auto-empenho.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de perder a posição no trabalho em vez de parar de sabotar a minha actual realidade e garantir que vivo um e igual com a minha responsabilidade, que páro de participar nos pensamentos de desistência e na SEMsação de conforto quando penso em voltar a trás.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver e realizar que qualquer resistência que eu tenha em  aprender ou fazer coisas novas são resistências da mente e que eu sou a solução para parar a resistência e manter a minha participação consistente para gerir situações em prol daquilo que é melhor para todos.

Quando e assim que eu me vejo a sabotar o meu tempo/existência com o medo de expandir-me na plenitude para o melhor de mim e para o melhor da minha participação no mundo/sociedade, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a parar os padrões de indecisão e de medo de mudar e, assim, eu dedico-me a procurar soluções para mim própria e para aquilo que eu estou a fazer.

Quando e assim que eu me vejo a sabotar a minha realidade com a ideia de desistir de mim/daquilo que eu faço/das minhas capacidades, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que eu estou deliberadamente a suprimir a minha auto-confiança, em vez de me expandir passo a passo, a cada respiração, sem ir nem em queda-livre nem em desleixo.

Eu comprometo-me a parar o pensamento de falha/decepção que automaticamente projecto para os outros, em vez de ver que este julgamento está em mim e que sou eu que tenho de lidar comigo própria. Ao ver o abuso da mente, sou eu que tenho de pôr um Stop nas suposições da mente para ver a realidade e soluções em senso comum. Curiosamente, o processo da mente manifesta-se da mesma maneira - comprometo-me a parar as suposições/julgamentos da mente para ver de facto as coisas em senso comum, passo a passo, respiração em respiração e estar aberta a propor/ser/viver as soluções.

DIA 124: "Comer ou não comer"

sábado, outubro 27, 2012 0 Comments A+ a-


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sentir culpa enquanto como o creme do bolo e acreditar que este sentimento de culpa é mais forte do que eu.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido querer suprimir este sentimento de culpa ao procurar uma justificação para não comer bolos, por exemplo - "já comi uma fatia e não posso comer mais", "ontem já comi um chocolate", "sou a única gulosa aqui", em vez de parar de suprimir o padrão que eu estou a alimentar e que está a causar este desconforto em mim, para realmente ver a origem do desejo e ver a origem da resistência a comer o bolo incondicionalmente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que as justificações da mente são reais/honestas só porque as oiço desde criança (hábito).

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido suprimir a vontade de comer bolos com o padrão de culpa e, assim, criar camadas em mim que se manifestam como indecisão - eu apercebo-me que eu tenho de trabalhar em mim a origem do desejo/do hábito e, ao parar os pensamentos sucessivos da mente, eu estarei a permitir-me ver a situação em senso comum e tomar uma decisão em plena confiança.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tomar a decisão de comer o bolo quando a pessoa com quem eu estava também foi comer bolo - eu apercebo-me que desejava estar tranquila como o outro, em vez de perceber que dependia de mim parar o meu estado preocupado da mente e me permitir estar em igualdade com a minha decisão de comer ou não comer bolo. Eu apercebo-me que quanto mais eu participo no programa da mente, mais as minhas decisões são tomadas em modo automático, em vez de me dar espaço a realmente viver a decisão, auto-analisar-me e garantir que eu estou a criar-me em auto-confiança a cada decisão/ação.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que estou a ser honesta comigo própria quando copio o que os outros fazem.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que não devo comer bolos porque o açúcar faz mal aos meus dentes, sem me permitir ver que estou mais uma vez a cobrir o padrão inicial do desejo de comer bolos com uma justificação/ameaça de que se comer bolos vou estragar os dentes.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido fazer ameaças a mim própria ao pensar que se eu comer este bolo os meus dentes vão ficar podres, sem ver que estou a impor um castigo no meu corpo e a agir com base em medo, em vez de estar um e igual com o meu corpo e tomar decisões a partir deste ponto de estabilidade própria de que não irei fazer nada que me prejudique deliberadamente. Ao mesmo tempo, apercebo-me que estas ideias criadas à volta dos doces e bolos são baseadas na experiência das outras pessoas e nas minha memórias e julgamento em relação aos meus dentes.
Vejo que as memórias não são baseadas em honestidade própria, pois mostram-me as supressões e pontos que eu me identifiquei como sendo Eu, e esta memória de mim própria tem os filtros de julgamentos e medos da mente.

Deste modo, eu comprometo-me a parar que os padrões da mente associados à memória de comer doces controlem a minha decisão no momento presente. Eu dedico-me a ver/explorar os medos/ultimatos da mente  que me foram transmitidos por pais/educadores/media e que eu adoptei como sendo Eu/reais.

Quando e assim que eu me vejo a reagir à memória dos eventos em que os padrões da minha relação com bolos se manifestaram, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas imagens da mente/memórias são a consequência da minha aceitação destes padrões como sendo eu - portanto, ao parar de participar nestes padrões, eu apercebo-me que eu páro de reagir a estas memórias.

Quando e assim que eu me vejo a acreditar que as memórias, imagens e percepções da minha mente sobre mim a comer o bolo são reais, eu páro e respiro. Este arrependimento da mente é uma forma de auto-sabotagem pois ainda estou agarrada à ideia que fiz algo de errado. Eu comprometo-me a parar o julgamento das imagens da memória e a parar de dar crédito à mente - eu foco-me na minha estabilidade física e, com base nesta decisão, eu comprometo-me a averiguar no momento presente o que é o melhor para mim, sem abusar o meu corpo com desejos nem dúvidas da mente.

Quando e assim que eu me vejo a sabotar o meu momento presente a reviver a memória e a "castigar-me" por não ter resolvido este ponto ainda, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estes pontos não são do passado pois eu ainda me defino segundo estas imagens / memórias, embora estejam aparentemente passivos. Por isso, aquilo que eu posso fazer no momento presente é parar os julgamentos imediatamente, dedicar tempo a escrever sobre o ponto, a perceber os julgamentos do passado, a abrir-me comigo própria e preparar-me para parar que a mente/o passado controlem a minha Vida a partir de agora.

Quando e assim que eu me apercebo que estou a pensar " se ele comer, então como também", eu páro e respiro. Eu apercebo-me que através desta conversa da mente eu estou a evitar tomar responsabilidade por mim, pelos pontos que eu tenho de resolver em mim e de mudar por mim para ser honesta comigo própria.

Quando e assim que eu me vejo a participar na indecisão de "comer ou não comer", eu páro e respiro. Ao respirar, eu permito-me parar o programa automatico de desejos da mente e permito-me estar ciente do meu corpo, ajudando-me a estar um e igual com o meu corpo e a tomar decisões que sejam o melhor para o meu corpo. Eu comprometo-me a garantir que a minha decisão / ação nesta realidade é uma expressão de honestidade própria e que não seja baseada em medo/memórias/julgamentos próprios/julgamentos projectados nos outros/sabotagem-própria.

Curiosamente, enquanto escrevia este perdão-próprio apercebi-me que sempre que uma conversa da mente surge/indecisão ou resistência em mim é o indicador que estou perante um ponto de desonestidade própria e que tenho a oportunidade de lidar, tornar-me ciente do padrão, escrever um "plano" de auto-correção e estar preparada para transcender o ponto, em vez de procrastinar a minha honestidade própria e ter de enfrentar esta resistência/indecisão novamente.

DIA 123: AparenteMENTE está tudo bem?

sábado, outubro 27, 2012 0 Comments A+ a-


De vez em quando tenho aquela sem(s)ação que a minha mente é muito aberta e que estou totalmente tranquila com o que me dizem e com aquilo que se passa à minha volta. Esta "sou eu" na maré alta. No entanto, rapidamente dou por mim a quebrar esta suposta paz da mente com dúvidas e conflitos com os outros. São deterMINAdos pontos que, quando alguém lhes toca, eu reajo como uma MINA a explodir em várias direções.
Apercebi-me hoje que esta ideia de tranquilidade na mente é um mecanismo de associado ao sucesso e à ideia que completei as minhas tarefas do dia - "está tudo bem" - Isto significa que quando não completo as tarefas do dia eu julgo-me como estando a falhar e este julgamento dispara em pensamentos de abuso próprio e de auto-punição / castigos, que são depois projectados nas interpretações que faço daquilo que os outros me dizem.
O principal ponto a ver neste momento é a minha permissão em aceitar este "estado tranquilo da mente" como real, quando na realidade estes pensamentos são a minha participação através do ego (mente). Mais uma vez, esta é um mecanismo da mente de manter as coisas como elas estão porque, aparentemente (e segundo a mente) "está tudo bem". Se estivesse tudo REALMENTE bem então não haveriam dúvidas, nem marés altas, nem marés baixas, nem projeções, nem necessidade para interpretações.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar no pensa-mente que "está tudo bem", quando eu sei que este pensamento é baseado na condicionalidade de ter acabado a tarefa, ou de ter o "meu mundo" arrumado, sem com isto ver que estou a criar a polaridade de "está tudo mal"/"nada bate certo" quando a outra condição de deixar tarefas por fazer se manifesta.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a mente/emoções/sensações são Eu, sem ver que a minha experiência até agora tem sido de altos e baixos o que é a prova que a Vida não está na mente e que, enquanto eu existir como mente, eu estou a mentir a mim própria e a cobrir-me de camadas que suprimem a minha expressão incondicional.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido fazer as coisas sob a condição de me sentir completa ao terminá-las, em vez de estar em plena satisfação enquanto eu as faço.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que eu estou estável só porque na minha mente eu tenho a sensação que estou estável, sem me aperceber que estou a criar uma armadilha para mim própria pois no momento seguinte, se a imagem da minha realidade não corresponde à imagem de perfeição da mente, então eu vou julgar esse momento como instável e, assim, reagir de acordo com este "estado da mente" de instabilidade.

Quando e assim que eu me vejo a participar na conversa da mente que "as coisas batem certo"  e acreditar que este pensamento é real, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este pensamento serve para momentaneamente  eu me sentir bem comigo própria e orgulhosa daquilo que eu faço o que, de facto, estou a justificar a minha existência como instável. Em senso comum eu vejo que ao acreditar que neste momento eu sou superior, estou igualmente a aceitar que no momento anterior eu era inferior!

Quando e assim que eu me vejo a julgar e interpretar a minha realidade como não estando de acordo com a minha ideia de perfeição e expectativas com base na sensação anterior de estabilidade, eu páro e respiro. Nesse momento, eu apercebo-me que é da minha responsabilidade ser estável em mim incondicionalmente e, ao estar presente na minha respiração, eu estou a trazer-me "à tona" e a estabilizar-me realmente.

Quando e assim que eu me vejo a interpretar aquilo que me dizem como estando fora da minha imagem de que "está tudo bem" e, com base nesta interpretação eu começo a reagir, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a imagem do que é "estar tudo bem" é baseada em completo interesse-próprio porque estou apenas a considerar o meu desejo por "sentir" que está tudo aparente-mente bem comigo,  em vez de ver aquilo que é o melhor para todos naquele momento. Em senso comum eu apercebo-me que a sensação de "estar tudo bem" ou que as coisas "batem certo" é irrelevante para eu agir em honestidade própria. Em honestidade própria, a minha ação é incondicional, sem ideias de certo ou errado, sem motivação de imagens nem energias negativas ou positivas, nem auto-sabotar a minha comunicação comigo e com os outros. Logo, eu comprometo-me a parar de participar na mente do interesse-próprio e a sair desta "bolha de ideias" sobre como as coisas têm de ser  para de facto estar aberta a criara minha estabilidade como Vida, a aperfeiçoar quem eu sou e como eu ajo comigo e com os outros, um e iguais a mim.

DIA 122: Espelho da mente - entretida com as emoções de vítima e a culpar os outros

quinta-feira, outubro 25, 2012 0 Comments A+ a-


Quando as coisas não correm como eu quero / como eu imaginei, ainda me vejo como uma vítima. E se me vejo como uma vítima, alguém terá de ser o causador/culpado. Por isso, vou estar sempre à procura de culpar alguém, de procurar um motivo que justifique a minha personalidade de Vítima e, ao mesmo tempo, estarei sempre à procura de algo me salve desta vitimização (uma motivação externa, entretenimento, emoções "positivas" reviver momentos do passado, chocolates, imaginar estar com outra pessoa), criando mais separação entre mim e os outros.

Neste processo, o acordo que faço comigo própria é a decisão de parar o abuso próprio e consequentemente parar o abuso na minha relação com o João. Hoje experiênciei uma forte decepção quando as coisas não correram como eu queria: a ideia de uma grande conversa animada, que acabou por ser ocupada pelo silêncio. A minha reação foi prova-viva que eu não consegui aguentar o silêncio - "isto é uma seca" porque não consigo estar em silêncio comigo própria.

"Assusta-me pensar que o nosso casamento vá ser sempre assim". E foi com base neste medo que eu reaji, como se uma reação fosse evitar que o padrão se repetisse...  Foi também nesse momento que a personalidade do "não sei como resolver esta situação" se manifestou, sem me aperceber que só depende de mim MUDAR a relação que tenho comigo própria - porque a minha relação com os outros é um espelho da relação que tenho comigo própria.

Quando a minha mente começa em rodopio de ideias, julgamentos e sequência de pensamentos , significa que estou a procurar justificação para a minha posição de vítima - como se inserisse um Disco que gira sozinho - e estou "viver" um programa mental. Após ter escrito sobre o evento desta tarde, apercebi-me que o que eu queria era ser entretida. Ou seja, a comunicação com o outro era uma forma de distração e, como esse vício não foi saciado, reagi.

Os programas televisivos funcionam como uma aparente estabilidade em que se sabe que o entretenimento é garantido: de manhã com a emoção infantil, depois será a hora da emoção do jornal, finalmente a emoção da telenovela e, quando se está doente em casa, assiste-se à emoção do programa das 3 da tarde.
Com base neste hábito, também me deixei de questionar a minha troca de humores repentinos, em que num momento tudo bate certo e passado 5 minutos já está tudo errado, porque não corresponde à imagem que eu tinha idealizado!

Pensar como as coisas devem ser com base em imagens de perfeição é um programa da mente de constante insatisfação, porque a realidade não é a mente! E a perfeição da mente é puro interesse-próprio.

A reação que surge imediatamente é a de proteção, que consiste na criação de regras e pensar que só assim é que as coisas são - estilo mandar nos outros e dizer aquilo que os outros devem fazer de um ponto de partida de garantir que a minha posição é assegurada, porque enquanto o outro estiver a sentir-se culpado e a ouvir o meu discurso de "como eu quero que as coisas sejam" estou a garantir que o meu interesse-próprio vence e acreditar por momentos que eu sou superior (yeahhh).

Apercebo-me que este mecanismo de criar regras para mim e para os outros é uma forma de evitar ser julgada pelos outros e evitar ser vista como inferior (que é o meu próprio julgamento). Este processo auto-destrutivo com base julgamentos e vitimizações começa em mim, ao limitar a minha expressão com base ideias pré-feitas e suposto conforto que nada faz. Por isso, eu sou responsável por parar esta limitação e stress na minha relação comigo própria que é projectada na relação com os outros.

Sempre que eu tenho uma reação ou culpo o outro pelo que eu estou a sentir, tudo isto vem dos meus próprios julgamentos e medos - e se eu resolver estes julgamentos e medos dentro de mim através da auto-análise, perdão-próprio e aplicação da correção, eu estarei a criar a minha estabilidade e auto-confiança.

O outro ponto a considerar neste momento é a tendência que eu tenho para comparar o que eu faço com o que os outros fazem, em vez de realizar que cada um está a expressar-se por si, sem certos nem errados. Não é certo nem errado estar-se em silêncio à hora da refeição, por exemplo; não é certo ou errado estar-se sozinho ou acompanhado; É a relação comigo própria que tem de ser primeiramente trabalhada e estabilizada.  Por exemplo, posso usufruir do silêncio para me conhecer em silêncio - ou observar as coisas à minha volta; ou simplesmente saborear a comida; ou comunicar com o outro sem esperar uma resposta que aprove ou rejeite o que eu digo.

O desafio é PARAR os julgamentos próprios e a auto-vitimização, e começar a ver os outros como eles são e não somente um reflexo dos nossos próprios olhos que vêm pela mente de hábitos, imagens, ideias e noções de certo e errado, desprezando toda a realidade que existe aqui e QUEM EU SOU REALMENTE.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido culpar o outro pelo incómodo que senti quando estávamos em silencio, porque eu associo o silêncio a "seca", ou a solidão e por isso criei a imagem de "estar com o outro é sinónimo de entretenimento".

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que, mesmo estando na companhia do outro, eu estou sempre a lidar comigo e o outro funciona como um espelho daquilo que eu ainda me permito participar na mente. Apercebo-me então que, ao estar ciente deste processo de auto-análise, eu estou de facto a dar-me a oportunidade de conhecer os julgamentos, ideias, imagens e medos da mente nos quais eu tenho participado até agora e limitado o meu SER. Apercebo-me que ao ver estes pontos, tenho então a responsabilidade de parar de culpar o outro e dar-me a oportunidade de parar estes julgamentos e medos não são o melhor para mim, --- e assim, tomar a decisão de recriar a minha estabilidade a partir de mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que estar em silêncio é uma seca e que estar sozinha é uma seca. Eu apercebo-me que esta ideia é um julgamento próprio pois estou dizer que eu sou uma seca. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar e acreditar que eu sou uma seca e que sou chata. Eu apercebo-me que ao escrever isto associo tal ideia aos comentários que ouvia das minhas irmãs mais velhas que eu era chata. Apercebo-me que no entanto, eu fui eu responsável por levar estes comentários a peito e definir-me como tal.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido culpar as pessoas que me chamavam de chata quando eu era mais nova pelo julgamento que eu criei sobre mim própria de ser chata. Eu apercebo-me que, com base neste julgamento, eu tenho andado a permitir participar na excitação de querer parecer ser interessante e fazer coisas interessantes, em vez de realizar que não há nada a provar aos outros. Toda esta energia de sentir-me inferior (desvalorizada) VS querer sentir-me superior (valorizada) só existe na mente e não é real.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido entreter-me com as emoções de vítima e com a cegueira de culpar os outros, sem ver que é a mim que eu estou a prejudicar porque continuo a pensar ser impotente para resolver/parar estas emoções em mim e de facto investigar os padrões da mente dos quais ainda me permito estar "viciada" e pensar que sem estes hábitos as coisas não batem certo.

DIA 121: Resistência a ser direta

terça-feira, outubro 23, 2012 0 Comments A+ a-



Andar às voltas faz-me tonta - e é assim que crio as minhas próprias confusões. Ontem tive uma enorme resistência em ser direta na minha comunicação e toda esta fricção está agora a ser fisicamente manifestada em forma de forte dores de garganta. Neste momento, falo apenas o essencial porque dói falar demais. Não estou com paciência para andar às voltas porque sei para onde vou e o quero dizer.
A personalidade do "eu não sei" ficou no dia de ontem. Se falar de mais o meu corpo dá logo sinais de cansaço. Aquilo a que chamamos de "gripe" é de facto a nossa própria criação...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar nos auto-julgamentos da mente de ser indecisa ou de não me expressar claramente enquanto converso com os outros, em vez de abrandar o modo automático da mente, e realmente me expressar no momento em honestidade própria com todos.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido falar e mudar o meu tom de voz conforme eu vejo ser a reação do outro, que é uma forma de procurar a apreciação do outro numa luta das mentes, em vez de estar confiante de tudo aquilo que eu digo, confiante da minha honestidade própria e da responsabilidade de falar sempre em honestidade própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na "excitação" de partilhar coisas com os outros e acabar por falar de pontos que eu ainda não explorei por mim/em mim.

Apercebo-me que qualquer julgamento/ideia que eu criei sobre mim tem a ver com a acumulação de imagens/ideias que eu criei e permiti dominar a minha existência. Ao ver o padrão a surgir como característica que eu me tenho definido, como por exemplo "ser indecisa", eu páro a personalidade do "eu não sei", respiro. Eu recomeço a minha recriação a cada momento e apercebo-me que sou capaz de me corrigir ao parar de acreditar nestas ideias que eu dictei para mim própria. Eu apercebo-me que é da minha responsabilidade saber aquilo que é melhor parar mim, logo a personalidade "não sei" é abdicar da minha responsabilidade de me dar direção.

Realizo também que os auto-julgamentos são baseadas em experiências passadas, logo, sei que se permitir que a mente tome conta de mim, irei consequentemente repetir o passado. Ao respirar e parar os julgamentos, eu estou a dar espaço para me recriar no momento em auto-correção.

Quando e assim que eu me vejo a pensar que "não sei ser direta", eu páro e respiro.

Eu tenho-me apercebido que o "ser direta" com os outro s tem a ver com "ser direta" COMIGO PRÓPRIA, em ser clara comigo e com aquilo que eu estou a dizer. Apercebo-me que a minha comunicação com os outros é um reflexo da comunicação que eu tenho comigo própria. 

Eu comprometo-me a parar a pressa da mente e a ver as coisas de forma realista, sem querer ir mais rápido do que as palavras - ao longo destes sete anos de processo eu ajudo-me a estar ciente de cada palavra que eu penso e digo de modo a viver as palavras e portanto ser as palavras.

Apercebo-me que  tenho medo de dizer certas expressões com base na ideia que não vou concretizar tal ideia. Por isso, quando e assim que eu me vejo a ter o medo de falar sobre certos pontos, eu páro, respiro e, em vez de exteriorizar este conflito interno, eu comprometo-me primeiro a resolver este ponto em mim, para estar completamente ciente daquilo que eu digo e daquilo que eu faço, sem prjectar no mundo as minhas dúvidas e medos. Eu comprometo-me a comunicar em honestidade comigo mesma, sem querer parecer mais ou melhor aos olhos dos outros - que são um espelho de mim. Logo, eu apercebo-me que ao querer enganar os outros eu estou de facto a querer enganar a mim própria, em vez de me dar a oportunidade de estabelecer uma relação de confiança incondicional comigo própria, com aquilo que eu digo e com aquilo que eu faço, e aplicar este "trabalho de casa" na minha realidade, com paciência mas ao mesmo tempo com direção e vontade própria.

Quando e assim que eu me vejo a desejar dizer mais do que aquilo que eu trabalhei em mim (através do perdão-próprio e das realizações pessoais), eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta vontade de espalhar ideias no ar está relacionada com a esperança de ter uma "solução vinda do ar" ou de ver algo que ainda não tinha visto antes, quando na realidade o que acontece é acumular mais ideias sem qualquer estrutura nem direção. Logo, eu comprometo-me a ajudar a mim própria a organizar os meus pensamentos, a escrever regularmente, a ver por mim e a ser responsável por dar direção à minha vida, sem esperanças que as soluções apareçam literalmente do nada!

DIA 120: Esquecer-se dos outros é puro interesse próprio

sábado, outubro 20, 2012 0 Comments A+ a-



Já alguma vez te aconteceu planeares uma coisa com um amigo e durante o dia pensares nisso, dares todos os passos para fazer o evento acontecer e, de repente, começas a pensar noutras coisas e a fazer outras coisas até que te apercebes que te esqueces-te do teu plano inicial?

Às vezes ajuda pôr nomes às coisas e hoje dei a este fenómeno o nome de interesse-próprio. Ao estar distraída com a minha vida, acabei por ignorar a vida dos outros e desprezar a realidade dos outros, sem fazer um esforço por viver o compromisso de estar ciente de mim e das minhas ações. Esta foi a prova viva que viver na mente é ignorar a Vida; estar focada na minha mente é puro interesse-próprio.


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na obcessão da mente e acreditar que neste momento só os problemas da minha mente interessam.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido tomar a decisão de ver as preocupações da minha mente, escrever, percebera origem e permitir-me parar de pensar nisso.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar atenta à minha presença neste espaço temporal e assim ter noção do tempo a cada respiração.
EU perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que tenho de falar sobre o meu problema e assim exigir a atenção dos outros como uma necessidade, quando na realidade eu tenho de resolver o problema em mim, através do perdão-próprio e do meu empenho em avançar no meu processo de honestidade própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido deliberadamente distraído do tempo com base na ideia que  sou uma vítima e que mereço um "desconto".

Eu comprometo-me a ser constante no meu compromisso de viver as palavras e auto-correção que me apercebo durante o meu processo de escrita e de introspeção.

Quando e assim que eu me vejo a pensar muito numa coisa como se esta fosse a única coisa a tratar neste mundo,eu páro e respiro. Eu apercebo-me que "este mundo" que eu acredito ser real é de facto a mente e que aquilo que eu interpreto à minha volta é um reflexo da mente que eu tenho de limpar em mim.

Quando e assim que eu me vejo a querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo em vez de me focar naquilo que combinei com a outra pessoa, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas distrações têm que ver com pontos que eu tenho mesmo de ver em mim e resolver que até agora eu tenho evitado ver. Vejo que a minha "vontade" de fazer as coisas varia ao longo do dia e que esta é uma forma de auto-sabotagem porque significa que não estou estável incondicionalmente comigo e com os outros. Eu comprometo-me a trabalhar a minha assertividade comigo e com os outros de modo a parar o interesse-próprio e a conseguir ver para além daquilo que a mente vê.

Quando e assim que eu me vejo a começar a interromper aquilo que eu havia pensado fazer à hora do meu encontro, eu páro e respiro. Eu permito-me parar a mente de pensamentos para me dedicar à minha direção e decisão de completar a minha tarefa e de trabalhar estas resistências a ser constante comigo própria e nas minhas ações.

Dia 119: Aplicar soluções no meu mundo...

sexta-feira, outubro 19, 2012 0 Comments A+ a-




Quantos vezes é que será preciso bater com a cabeça para finalmente ver que tenho/posso desviar-me? Ou que posso mesmo ver que fui eu que criei a parede e que posso também tirá-la? Esta metáfora descreve como às vezes me permito sentir quando passo pelo mesmo padrão uma vez, duas vezes, três vezes, sem me aplicar a mudar a minha história.

Hoje fiquei desiludida comigo própria porque mais uma vez me distraí de mim. No entanto, em vez de continuar a acumular esta frustração de actos-falhados, decido escrever e a comprometer-me a viver esta resolução.

Momentos antes tinha estado a pensar sobre soluções para o mundo e para as relações inter-humanas de cooperação - soluções rápidas e fáceis aos olhos da mente, mas sem primeiro testar a eficácia na realidade. Justamente esta tarde, tive a oportunidade de aplicar estas soluções na minha relação com a minha equipa no trabalho mas não o fiz. Isto porque nem sequer me apercebi que estava perante essa oportunidade de aplicar as soluções no "meu mundo". Ao reflectir sobre esta situação - como se visse a situação em câmara lenta - vejo que o meu ponto de partida inicial foi o de pensar numa solução "para os outros", convencida que eu já tinha passado por esta fase. Como é óbvio, a minha eficácia está dependente da minha consistência e, como  não estava um e igual com esta solução, acabei por não viver  esta solução para mim própria. Na realidade, estamos todos no mesmo barco de mente flutuante, esperanças e assumpções errantes!

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar e imaginar soluções para os outros, sem ver e perceber que eu própria me tenho de tornar na solução para todos os meus problemas e tornar-me num exemplo de consciência e auto-correção.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que estava a separar-me da solução ao pensar que seria uma solução "para os outros".
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que se eu esto ua pensar numa solução, então é sinal que esta solução vem de mim, começou em mim e que isso me indica que o problema está também manifestado em mim.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido comprometer-me a estar ciente de mim mesma para me corrigir e aplicar as realizações que me percebo.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido realizar que aquilo que eu vejo nos outros (padrões, ideias, julgamento) é de facto o que eu vejo a partir de mim e que é um espelho daquilo que ocupa a minha mente.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido criar na minha realidade a oportunidade de aprender comigo própria (ao ver o padrão e ao ver a solução) e de aplicar a solução no meu mundo, em vez de esperar que os outros mudem magicamente.

Quando e assim que eu me vejo a julgar como sendo fácil viver a solução, eu páro, respiro e apercebo-me que o primeiro passo para de facto começar a viver/criar/ser as soluções para mim própria é abrandar a mente e estar ciente da minha presença.

Quando e assim que eu me vejo a projectar a minha mente/padrões de pensamento nos outros, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a estar ciente de mim própria quando estou a comunicar com a minha equipa e permito-me ser eficaz a aplicar a solução em mim e assim garantir que vivo o exemplo por mim, para mim, um e igual com os outros seres-humanos.

 Apercebo-me que temos todos uma mente para lidar e que a primeira coisa a fazer é ajudar-me a mim própria a andar este processo de mudança, de sair da minha zona de conforto de erro, para realmente expandir-me para além das expectativas que eu delimitei para mim própria.

Quando e assim que eu me vejo a ficar zangada ou desiludida comigo própria quando repito o mesmo erro, eu páro, respiro e investigo qual é a origem da minha reação, qual o contexto do meu erro e comprometo me a estar ciente de mim a cada momento para que em qualquer situação eu esteja perfeitamente capaz de auto-corrigir-me em senso comum e honestidade própria.

Eu comprometo-me a abrandar a mente ao estar ciente da minha respiração e da minha presença em auto-correção -- eu dedico-me a aplicar as minhas realizações em tempo directo e a aplicar o melhor de mim e o melhor da minha ação nas relações à minha volta.

1+1=2 solução para o mundo de cada um.

Actualização: joanaferreira-renascendo é agora joanajesus-renascendo.blogspot.com

domingo, outubro 14, 2012 0 Comments A+ a-


Para quem tentar aceder o endereço http://joanaferreira-renascendo.blogspot.com irá deparar-se com a mensagem que o blog foi removido, no entanto, o blog apenas mudou de nome! O novo site é http://joanajesus-renascendo.blogspot.com/ que continua activo! Agora é altura de viver as palavras...

Para além desta confirmação de mudança do nome do meu blog, aproveito para incluir o meu mais recente vlog. O do próximo fim-de-semana será sobre a personalidade "Eu não sou boa o suficiente".



DIA 118: Personalidades por trás do nome

sexta-feira, outubro 12, 2012 0 Comments A+ a-


Quando o nosso nome é pronunciado, que reações temos? E quais são os pensamentos que surgem mediante a tonalidade da voz - por exemplo, quando ouvimos alguém a chamar-nos e a ansiedade do " que é que eu fiz desta vez.." ou "não fui eu" escondem aquilo que nós tememos acontecer e sentimos as nossas agendas secretas ameaçadas.

Hoje e amanhã vou investigar esta relação com o meu nome quando sou chamada e ver quais são as personalidade/julgamentos/definições que se manifestam em mim e que eu projecto no estado de reação. Como já tem sido partilhado no meu blog, as reações são resistências a ver a situação em senso comum e honestidade própria e a ir-se para além da mente de aparências. Ao projectarmos a nossa própria mente confusa nos outros, a reação funciona como uma distração porque adiamos mais uma vez a nossa oportunidade de nos conhecermos e consequentemente vermos a urgência e inevitabilidade de mudarmos para a nossa melhor versão. Por isso é essencial trazer os pontos para nós próprios e, com a ajuda do perdão próprio, tirando estas camadas de personalidades, medos, definições, crenças e limitações.

Vou começar por fazer uma lista de associações e julgamentos ao ouvir o nome Joana pronunciado (é importante estar ciente das diferentes reações para com diferentes pessoas, que serve de indicador para vermos outras dimensões de nós próprios manifestados nos outros como um espelho)

"ó Joana"
A primeira coisa que associo é a personalidade de irmã-mais-nova; Associo o meu nome a ser chamado para fazer um recado para os outros;
A ideia de ser obrigada a fazer aquilo que me pedem;
"Lá vou eu outra vez"
"Não sou boa o suficiente"
"Sou uma chata"

Joana!
Como se me pregássem um susto; "O que é que eu fiz desta vez!"; "Onde é que eu errei?";

Tonalidade animada: Joana!
Curiosidade - vontade de largar tudo para ir ver a novidade, normalmente associado a expectativas, desejo e esperança.

Joaninha
Associo a que está tudo bem e não há problema - uma zona de conforto.
Vejo também que há um ponto de manipulação quando se diz o meu nome no diminutivo e eu simplesmente derreto-me e participo neste jogo de favores.

"Joana Ferreira", associo a coisas sérias, por exemplo; entrega de exames; Associo também à personalidade de desejar ter um nome forte no sistema; associo a ser forte como o ferro.

"Joana, can I talk with you for a second?"
Associo a que há algo de errado comigo e com o meu desempenho no trabalho - "vou ser despedida!" Oh Shut" - nervosismo,  inferioridade, arrependimento de algo que não fiz a tempo; auto-julgamento.

Joana Jesus
Ainda "não sou eu" - perdi a minha personalidade "Ferreira", vendi a minha "alma"; desejo de mudança, tenho uma nova oportunidade para recomeçar, pena VS entusiasmo, falta de compromisso, estou presa ao passado;  associo à ideia de Viver as Palavras; parar a imagem/ideia de Jesus e estar um e igual com o nome/comigo.

Para além destas ideias pré-feitas que surgiram à superfície, li também sobre o significado dos nomes e reparei como, com base neste tipo de informação, nos convencemos que somos isto ou aquilo, como se um papel definisse quem somos...

DIA 117: Bipolaridade, Esquizofrenia e Obcessão PARTE 2

quinta-feira, outubro 11, 2012 0 Comments A+ a-

                         
Pergunto-me: Quem sou eu sem estas ideias da mente? Quem sou eu sem medo? Quem somos nós enquanto Humanidade sem a energia do conflito? Quem somos nós enquanto Humanidade sem Deus ou vozes da mente? Quem somos nós em total auto-responsabilidade para resolvermos a confusão das nossas mentes?

Ao realizar aquilo que tenho andado a permitir em mim própria, chega o momento de tomar a decisão de se recomeçar, desta vez com um ponto de partida que não é o da polaridade da mente. Escrevo então as frases de auto-correção, como um acordo que faço comigo própria para parar de continuar a recriar as mesmas situações descritas anteriormente.
Nota: se achares que estas frases são repetitivas, aconselho a que se páre esse julgamento e se continue a escrever/ler. Vejamos: as nossas memórias também são repetitivas, os nossos medos, as imagens, os padrões de pensamento - ou seja, o processo de se viver em auto-correção para o melhor de nós próprios vai levar a mesma dedicação e tempo que nos levou a criar estas ideias sobre nós próprios.

Quando e assim que eu me apercebo que estou a criar e a acreditar na ideia que se eu não fazer "qualquer coisa", alguma coisa de mal vai acontecer a mim ou a alguém da minha família, eu páro e respiro. Através desta ideia eu consigo o que é que eu de facto temo e, em vez de continuar a esconder os medos de mim, eu dedico-me a enfrentá-los,a parar o medo e a garantir que a minha ação não é controlada pelas ideias da mente.

Quando e assim que eu me vejo a acreditar que há alguém que me quer fazer mal, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que primeiramente sou eu que estou a auto-destruir-me ao criar ansiedade e medo dentro de mim.
Quando e assim que eu me vejo a auto-punir-me com base em julgamentos sobre o meu passado, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que os julgamentos da mente são sempre contra mim e contra os outros, logo não me posso permitir que os julgamentos decidam por mim. Eu vejo que a mente funciona como uma realidade paralela e através da qual eu me isolo dos outros, em vez de me aperceber que passamos todos por semelhantes situações porque todos temos uma mente para lidar. Logo, eu comprometo-me a estar um e igual com cada ser, e ao ajudar-me a mim própria a resolver os meus padrões da mente, estou a parar de participar no meu conflito (energia da mente) com os outros.

Quando e assim que eu me vejo a projectar em algo ou alguém o meu medo, que ultimamente trata-se do medo da morte, eu páro e respiro. Eu dedico-me a parar de projectar nos outros os pontos que eu tenho de resolver em mim, pois em honestidade própria eu tenho visto que são ciclos e que os mesmos padrões se têm manifestado ao longo da minha "vida" com pessoas e em cenários diferentes.

Quando e assim que eu me vejo a punir-me com escolhas, ou seja a pensar que alguma coisa de errado vai acontecer se eu for por um caminho diferente, eu páro e respiro. Apercebo-me que esta necessidade de controlar tudo e todos não é real e que só existe como um conforto ilusório na minha mente. Eu apercebo-me que o conforto da mente é irrelevante. Eu comprometo-me a garantir que estou fisicamente PRESENTE, atenta a mim própria no momento em que eu estou, ciente da minha ação egarantir que a minha ação é baseada em senso comum daquilo que faz sentido fazer e não baseado em desejos/ideias/medo da mente.

Quando e assim que eu dou por mim a acreditar na força de Deus, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que eu permiti estes pensamentos durante tanto tempo que acabei por me tornar neles. Comprometo-me então a tomar responsabilidade por mim nesta vida, e assim a parar de participar na dependência da mente de acreditar que estou protegida por um Deus injusto que protege uns e ignora outros.

Quando e assim que eu me vejo estar a fazer mal a mim própria ao criar instabilidade e ansiedade em mim, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só permito a ideia que os outros me possam fazer mal porque eu própria trato-me mal ao desrespeitar a vida que eu sou. Logo, eu comprometo-me a parar o julgamento que não sou digna de ser Vida ou a estar estável ou a ser capaz de mudar - é da minha responsabilidade parar qualquer polaridade em mim, quer seja a excitação VS depressão, estar bem comigo própria VS estar mal comigo própria, orgulho VS punição. Ao parar a mente, estou a mudar.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar a empurrar alguém na rua ou a magoar alguém, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta curiosidade de ver acidentes é baseada em imagens e no tabu de que desde pequenina quando haviam acidentes criava ideias baseada nas descrições que ouvia. Eu apercebo-me que estas imagens foram criadas na minha mente e que eu sou responsável por limpar a minha mente e parar de projectá-las no mundo. Ao estar um e igual com a outra pessoa,eu comprometo-me a parar de criar acidentes à minha volta e comprometo-me a não fazer nada que vai contra a nossa igualdade enquanto vida aqui.

Ao re-alinhar-me com a Vida que sou em honestidade própria e ao parar de permitir o abuso psicológico e físico resultante da participação na mente, em senso comum eu estou ciente que não farei a mim própria aquilo que não quero que me façam e não farei aos outros aquilo que não faço a mim própria!


DIA 116: Bipolaridade, Esquizofrenia e Obcessão - Parte 1

terça-feira, outubro 09, 2012 0 Comments A+ a-


Quantos de nós já andaram pelas pedras da calçada de modo a evitar as pedras pretas? 
Ouvi uma série de entrevistas (projecto the multimédia 4 goes Mad) de pessoas que partilhavam a sua experiência de vida, cada uma com sintomas de um destes tres distúrbios mentais: Bipolaridade,Esquizofrenia e Distúrbio Obsessivo-Compulsivo. Ao ouvir as histórias, apercebi-me que eu ja tinha tido pensamentos semelhantes e reaçoes que se enquadravam nos sintomas e tinha passado por situações de extrema alegria e extrema tristeza, 
Apercebo-me que estes comportamentos são a consequência da nossa participação na mente e que, se não for dada direção, todos nós temos o potencial de desenvolver estes transtornos psíquicos.
Consegues desvendar a origem do teu medo? Como é que a associação de palavras nos faz julgar as coisas como positivas ou negativas, quando na realidade a associação da mente não tem qualquer valor a nao ser o valor que nos permitimos dar? Porque é que nos permitimos ser ditados pela mente,em vez de nos movimentarmos como expressão de vida?

Vou começar por abordar pontos que são aparentemente simples mas que fazem toda a diferença na nossa relação com a nossa mente...            

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que as vozes da mente são reais ou que são um Deus e que estas vozes têm controlo sobre mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de ser punida se não seguir as vozes da mente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar ae acreditar que alguma coisa de mal vai acontecer a mim ou a alguém da minha família se eu andar pelas pedras pretas da calçada.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que eu posso parar as vozes da mente porque fui eu que as criei e portanto sou responsável por devolver-me a "sanidade", que passa a ser a minha expressão de vida, através da qual eu movimento-me nas pedras da calçada livre-mente, um e igual com as pedras brancss e com as pedras pretas.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sabotar a minha estabilidade ao seguir as ordens da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar na ideia que se eu seguir as vozes da mente então vai correr tudo bem, sem reparar que esta segurança é uma armadilha da mente que eu própria alimento contra mim, pois estou assim a justificar a outra polaridade que é a ideia que alguma coisa negativa aconteça.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que se não tocar 3 vezes nas coisas, os meus segredos serão descobertos.


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar a imagem e participar na imaginaçõa de empurrar alguém para a linha do metro ou magoar alguém. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar imagens de acidentes em mim e nos outros como uma punição, em vez de realizar que a única punidora aqui sou eu ao permitir que a mente controle quem eu realmente sou como expressão de vida.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que é da minha responsabilidade parar o tornado da mente que são as imagens, os auto-julgamentos, as ideias de superioridade/inferioridade, a polaridade excitação/depressão e a desigualdade na minha relação com os outros e no mundo.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que através da mente eu tenho a possibilidade de ver aquilo que me preocupa. Ao ver os medos, dedico-em então a desconstruir as preocupações e os medos, e a ajudar-me a não permitir que a preocupação e o medo controlem a minha Vida/quem eu sou.

Continuação...

DIA 115: Boa aluna, ser ou não ser?

domingo, outubro 07, 2012 0 Comments A+ a-


Ultimamente, tenho percebido o que é estar do outro lado, ou seja, como é a sem(s)ação de não se fazer o trabalho de casa e de não conseguir manter as lições em dia. Esta resistência tem-se manifestado na minha aplicação num curso que eu estou a fazer por opção própria - é curioso que durante o meu percurso escolar obrigatório fui sempre muito aplicada e tirava boas notas e, agora que se trata da minha direção própria, estou a adiar a minha dedicação.
Lembro-me de me questionar como é que se sentiam os meus colegas que estavam sempre a perder o comboio ou a ser puxados pelas orelhas para acompanharem a matéria e não percebia como é que se podia simplesmente não fazer os trabalhos e ser-se passivo em relação a isso. Mas será que eram passivos? Ou sera que era o jogo de papéis, no qual uns representam uma polaridade e os outros a outra? Infelizmente não somos educados para nos colocarmos nos pés do nosso colega e vermos a perspectiva do outro lado da sala...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como "má aluna" em relação ao curso que eu estou a tirar porque não tenho as lições em dia, sem com isso ver que não ter as lições em dia é apenas a consequência de ter permitido adiar a minha dedicação a mim própria e ao que eu faço. Apercebo-me que ao definir-me como "má aluna" com base nas situações passadas, eu estou a limitar a opção de parar de viver no passado para mudar quem eu sou a quilo que eu faço no presente.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver e realizar que o não fazer o "trabalho de casa" é de facto uma resistência que me mostra a solução para mim própria -- a solução é ultrapassar esta resistência e dedicar-me A MIM, que é exactamente isso que me tem estado a escapar. Eu apercebo-me que são estes exercícios que realmente me têm ajudado a conhecer-me e a realizar tantas coisas em mim própria. Vejo então que esta resistência é o medo de largar o passado (baseado na memória daquilo que eu me tenho habituado a ser/fazer) para avançar para o novo - que sou eu no meu processo de mudança.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que dedicar-me neste curso é o melhor para mim, porque me estou a DEDICAR A MIM. Eu dedico-me a trabalhar no meu Ser e em viver a decisãode me conhecer em honestidade própria e de me tornar a honestidade própria a cada momento.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar avançar no curso para mostrar que sou capaz ou que sou "de valor" em vez de realizar que não há nada para provar a não ser eu própria garantir que faço e que me torno aquilo que é o melhor para mim em honestidade própria.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como "má aluna" com base na ideia daquilo que um bom aluno deve ser, em vez de ser honesta comigo própria e ver se de facto me estou a ajudar neste processo e se estou a dar o melhor de mim. Neste caso, eu perdoo-me por não me estar a permitir e aceitar dar o melhor de mim e dedicar o meu tempo livre para trabalhar no meu Ser, para Ser aqui, em vez de ser a mente no ciclo de preocupações e medos.

Quando e assim que eu me vejo a ter resistência para de facto me sentar e começar a fazer os exercícios novos, eu páro e respiro. Eu estou a fazê-lo por mim e para mim, logo, qualquer resistência em dedicar-me a mim é desonesto comigo própria pois é a mim que eu me estou a limitar! Eu tenho-me apercebido que a partir do momento em que eu começo o exercício, eu estou de facto a avançar na minha descoberta das personalidades e a perceber novos padrões que até agora estavam automatizados e que passavam despercebidos. Associo este processo à descoberta fascinante de perceber como as fórmulas mantemáticas fazem sentido depois de se ter visto o processo passo-a-passo, tal e qual uma construção no nosso cérebro que até então era chinês para mim.

Quando e assim que eu me vejo a sentir aquela "falta de vontade" em começar, eu páro e respiro. Esta falta de vontade é só da mente em busca de uma zona de conforto, de um passado de definições e de entretenimento, porque eu Sou o meu corpo activo. Quando e assim que eu vejo a mente a entrar no modo da passividade, eu páro, respiro e permito-me estar ciente do meu corpo - posso até tocar em alguma coisa física (mesa, cadeira) e foco-me na minha decisão de me direcionar para aquilo que eu decidi fazer.

Quando e assim que eu me vejo a distrair-me a meio do exercício com pensamentos de coisas que eu tenho de fazer, eu páro e respiro. Ao parar e respirar, eu dou-me a oportunidade de começar de novo, corrigir-me e finalmente direcionar-me fisicamente para viver a decisão de começar a escrever. Vejo que o pensamento/imagem de mim a completar o curso é irrelevante, pois eu só irei completar os exercícios se fisicamente me mover e dedicar a fazê-lo.

Quando e assim que eu me vejo a justificar não ter pegado no exercício a semana toda com base na ideia que tive muito trabalho no emprego, ou que algo inesperado surgiu, eu páro e respiro. Em honestidade própria eu sei que é da minha responsabilidade recriar os meus horários e a parar hábitos que evidentemente não têm resultado e com os quais eu tenho comprometido  a minha dedicação. Apercebo-me que a justificação é baseada no ego e na vitimização como forma de manter as coisas como elas estão, sem isso significar que são o melhor para mim. Logo, eu dedico-me a recriar a minha estabilidade através da minha aplicação constante no curso, que serve de indicador para eu ver quem eu me permito ser naquilo que eu faço. Eu comprometo-me a ser honesta comigo própria e garantir que organizo o meu tempo de forma realista para viver a minha decisão de fazer o curso por mim e para mim.

A resistência a mudar de hábitos é um hábito que se tira.
Neste caso, estou a recriar o meu hábito da escrita, dos cursos novos, de mudar de planos, de pensar em senso comum e de descolar etiquetas que tampam os olhos.

Ao abrandar a mente através da respiração e ao estar ciente de mim no meu corpo, eu permito-me deixar de estar contra mim própria e a passar a cooperar comigo própria no meu processo de Vida. 

DIA 114: Deixar para depois mas o "depois" é nunca

quinta-feira, outubro 04, 2012 0 Comments A+ a-


Dizer a mim própria que - Amanhã é que vou chegar a horas, é o primeiro passo para mentir a mim mesma. Primeiro tenho de decidir o que é que vai mudar em mim para que o resultado da minha ação deixe de ser o atraso.

Este padrão da falta de compromisso comigo própria tem-se ultimamente manifestado em relação ao Agreement Course, como se me deixasse afundar dentro de água porque não me mantenho estável à superfície - este é literalmente o peso da acumulação do tempo a passar e a sensação que não faço tudo aquilo que quero fazer. Apercebo-me que esta é uma consequência e um indicador do padrão da procrastinação, baseado em imagens das duas polaridades: a imagem de mim a deixar para depois; e a imagem de mim a ter completado a minha tarefa - A única coisa real no meio disto tudo é a minha ação ou, neste caso, o facto de fisicamente adiar a ação.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar a ideia/imagem de mim a não fazer aquilo que eu havia prometido a mim própria. Apercebo-me que esta desonestidade própria é o ponto de partida para comprometer a minha ação e acabar por perder a confiança em fazer aquilo que eu sei ser o melhor para mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sabotar o meu processo ao ter aberto a hipótese de adiar os meus exercícios do curso para a noite seguinte, sendo que neste momento eu tenho as condições para o fazer. Vejo que este desleixo é a consequência de ter aceite em mim a hipótese de abrir uma excepção para mim própria, deixando a minha Vida para segundo plano e deliberadamente desvalorizara minha decisão de viver aquilo que é o melhor de mim. Apercebo-me que o meu processo de auto-realização e de direção própria só depende de mim e que qualquer atraso ou instabilidade na minha auto-dedicação no curso é total responsabilidade minha.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tentar compensar o meu desleixo com a ideia que "um dia" vou dedicar "a noite toda" a fazer o exercício completo - realizo que estou a imaginar a outra polaridade do desleixo sem qualquer indicador que eu vou DE FACTO mudar e DE FACTO dedicar o tempo a faze-lo. Ou seja, vejo que não me estou a ajudar a criar a consistência e disciplina na minha dedicação porque continuo a alimentar esta ilusão com base na justificação que "amanhã" irei fazê-lo, em vez de aplicar esta decisão AGORA, ou garantir que organizo o meu tempo de outra maneira para que eu não repita a procrastinação.

Ao escrever sobre este ponto pergunto-me:
De onde é que eu me habituei a ser passiva em relação ao incumprimento de horários e daquilo que era suposto eu fazer?
Associo este padrão imediatamente à falta de pontualidade a ir para a escola. Vejo agora que se tinha criado uma rotina matinal que claramente não resultava para que eu começasse a chegar a horas.
Em relação ao agreement course, esta resistência a mudar a minha gestão do tempo indica que eu me estou a esquecer de mim, porque por experiência própria eu realizo que é através da escrita que eu me apercebo dos padrões da mente e eu recrio quem eu sou em honestidade própria.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sobrepor as minhas prioridades com outras ações quando em honestidade eu vejo que é a mim que eu me estou a enganar e a evitar cumprir o horário que eu criei para mim própria - tal e qual um jogo da mente em que me desafio a mim própria, em vez de estar um e igual com a decisão que eu tomei sobre fazer o exercício do curso à noite e VIVER a decisão por mim e para mim.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido criar uma solução prática que é a de me sentar e começar a escrever e, com a ajuda da respiração, parar qualquer tendência para abrir o facebook, ou decidir ir comer, quando na realidade sei que tudo isso são maneiras de me distrair de mim própria.

Quando e assim que eu me vejo a colocar a minha escrita em segundo plano, eu páro e respiro. Eu estou ciente que tudo o que eu faço durante a minha vida é com base em quem eu sou, logo, trabalhar em mim, conhecer-me e aperfeiçoar quem eu sou é o primeiro passo para uma mudança constante naquilo que eu faço. Tenho-me apercebido que escrever o perdão-próprio e fazer o curso é dos melhores apoios para ver quem eu me tornei na minha mente consciente e criar a solução para mim própria a cada momento, em auto-correção e ao dedicar-me a mudar para o melhor de mim.

Quando e assim que eu me vejo a "cair" na distração da mente que na maioria das vezes é em abrir o facebook ou a pensar que tenho fome, eu páro e respiro. Eu dedico-me a continuar a escrever sem interrupções da mente, e participo na escrita física, sem me distrair de mim própria, nem das palavras nem do meu corpo dedicado a escrever.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar-me a escrever no dia seguinte, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta projeção para o dia seguinte não é real e que funciona apenas como um conforto da mente ilusório, pois eu não consigo controlar completamente que amanhã terei o mesmo cenário com tempo e condições para escrever sobre este ponto - aliás, eu apercebo-me que se resolver este ponto agora, amanhã será a altura de aplicar a minha auto-correção.
Eu comprometo-me a re-escrever o meu guião a cada respiração. Neste caso, eu dedico-me a parar a procrastinação da escrita e a fisicamente a ligar o computador e a fazer o exercício, e garantir a mim própria que durante essa hora será o tempo dedicado a este exercício. Eu apercebo-me que esta dedicação depende de mim e que qualquer distração é estar a sabotar a confiança em mim própria como VIDA. Curiosamente eu vejo que acabo por dedicar mais atenção aos outros do que a mim própria, o que é um indicador de desigualdade e ilusório - a única maneira de eu ajudar os outros é a tornar-me um exemplo de honestidade própria e Vida para mim própria primeiro.

Quando e assim que eu vejo que estou a adiar o meu exercício do curso para o dia seguinte com base em imagens, eu páro e respiro. Eu estou ciente que estou a enfrentar o padrão da procrastinação e vejo que tenho a oportunidade de naquele momento parar de participar no padrão e de facto começar a escrever, sem rodeios nem preparações, e simplesmente fazer o meu "trabalho de casa" que me comprometi fazer. Apercebo-me que somente a mente-consciente é baseada na energia do  passado e em ideias que alimentam a esperança oca de um futuro imaginário, quando na realidade eu tenho-me aqui a cada momento. Logo eu recrio em mim a vontade própria de mudar os meus hábitos  a cada momento e de viver a decisão de me ajudar a cada momento a aplicar em mim as ferramentas da escrita, do perdão próprio e de fisicamente viver em auto-correção.

Finalmente, quando e assim que eu me vejo a participar no conforto e justificação baseados na ideia que da última vez adiei e que por isso desta vez "não faz mal", eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só a mim me estou a enganar porque estou a criar um hábito que não é o melhor para mim, em vez de dar direção a mim própria e andar o meu processo de me tornar Vida e para isso dedicar-me a desconstruir as personalidades que me suprimem. Na maioria das vezes, basta apenas parar os pensamentos da mente, respirar fundo e dedicar-me a escrever sem permitir qualquer resistência para completar a minha ação.