DIA 153: O peso que eu deixo para trás e decido não carregar comigo no novo ano

segunda-feira, dezembro 31, 2012 0 Comments A+ a-





O que é que é real neste mundo, se a mente não o é?
O que é real neste mundo se aquilo que eu vejo é só o reflexo da minha mente?

Aquela conversa que eu achava que ecoava na minha mente era afinal uma casa de espelhos, ou seja, tratou-se sempre de mim e daquilo que eu pensava e temia que acontecesse, num estado de deterioração mental que só se agrava com o passar do tempo.
Enquanto há um mundo físico para descobrir, vejo que ainda estou coberta pela minha própria mente (merda) que me prende, que me isola, que me limita e me cola a este estado mental de problemas.

Apercebo-me que cada evento do meu dia-a-dia é material para eu trabalhar em mim, para eu ver e perceber como me tenho criado, cheia de manias, regras e medos, e mudar a partir daqui porque é realmente cansativo manter esta armadura de proteção e de constante necessidade de me defender do mundo out tHere. E este é o peso e cansaço que eu deixo para trás e decido não carregar comigo no novo ano.  Aquilo que trago comigo são as realizações destes dias de escrita para serem aplicadas a cada momento a partir de agora. Este blog e os vlogs têm sido sem dúvida uma aproximação a mim própria e um processo de auto-descoberta e mudança pessoal.

New Year, ou melhor, new Here a viver o compromisso de me auto-ajudar a cada momento e a ser a solução para mim própria; para isto, apercebo-me que tenho mesmo de sair do meu mindset de culpa e medo, de projeções surrealistas e de parar de complicar a minha existência aqui e a minha própria Vida!

DIA 152: Não permitir ser controlada... Pela mente dos outros?

domingo, dezembro 30, 2012 0 Comments A+ a-


Se eu não posso confiar na minha própria mente, como é que ainda me permito confiar na mente dos outros?
Até agora ainda não tinha dado um nome a este fenómeno de influência mental, mas tornou-se claro que se trata de permitir ser controlada pela conversa da mente dos outros e que ecoa na minha.

Apercebo-me que aquilo que me é dito pelos outros torna-se numa semente de pensamentos que eu adopto como meus, sem ver que na realidade estou a permitir ser controlada por toda esta conversa da mente tal e qual uma esponja que absorve aquilo que ouve, vê e aceita. Estou neste momento a investigar a origem desta influencia que eu tenho aceite como sendo normal, sem ver no entanto que estou a permitir-me ser controlada pela instabilidade típica da mente humana. O facto de ser a filha mais nova implicou ter como referência pessoas mais velhas e acreditar/confiar que estas estavam sempre certas e, consequentemente, eu estaria confiante ao segui-las. Recentemente vi este padrão manifestar-se na minha vida, mas desta vez num cenário diferente e sem qualquer laço familiar, embora se mantivesse a diferença da idade. De um momento para o outro, adoptei a opinião do outro como sendo a minha.
Durante este processo, não me apercebi como eu estava a participar no problema em vez de ser a solução - como se me tivesse juntado à causa como mais uma vítima, a queixar-me e a entregar-me à sensação de inferioridade. Passado alguns dias a reflectir e a escrever sobre este controlo mental, eu apercebo-me que esta sensação de injustiça e a vontade de "largar tudo" em tom de amuo tiveram como ponto de partida o estímulo de mudar o sistema e, ao mesmo tempo, a sensação de vergonha por não o ter conseguido, tal e qual expectativas da mente que não foram correspondidas na vida real.
Ou seja, no final de contas a minha vontade de mudar as coisas não vinha de dentro para fora, mas de fora para dentro, pela vontade de querer ser bem vista pelos outros e ser reconhecida. A verdade é que é inútil querer ser reconhecida pelos outros sem primeiro me conhecer a mim própria e Ser quem eu realmente quero ser, livre de julgamentos, de ideias, de crenças, de expectativas e de condições que eu impus para mim própria como se a mim me encostasse à parede. 

Ilustração de Scott Cook

DIA 151: O hábito de deixar as coisas pela metade...

sábado, dezembro 29, 2012 0 Comments A+ a-


Vou começar por desmistificar  o padrão de deixar as coisas por fazer, que é também uma manifestação da desistência pessoal. Curiosamente, a própria palavra desistência implica um deixar de existir (d-existência) e isto reflecte o que se passa em mim quando participo na ideia/imagem de desistir de algo. Não me refiro à teimosia ou ganância de querer fazer algo a todo o custo - em senso comum é óbvio que há coisas e situações que tenho de largar e parar o apego. Mas neste caso, refiro-me à sabotagem da mente em que permito que a falta de confiança em mim própria tome conta da mim e eu me "deixe ficar pelo caminho" da minha própria Vida...

Sobre o hábito de deixar as coisas pela metade, se podemos fazer as coisas perfeitas, porque não as fazemos? Se podemos ser perfeitos, porque nos desleixamos de nós próprios? O que nos limita a completar as tarefas e a estar confiante de ter completado aquilo que temos em mãos?

As correntes do hábito são leves demais para serem sentidas até que são demasiado pesadas para serem quebradas. Bertrand Russel.

Tenho recentemente visto as consequências da minha participação nesta distração de mim própria. Por exemplo em casa, quando cada um de nós deixa as coisas fora do lugar, o que resulta numa acumulação de desarrumação que não é agradável nem prática para ninguém; no trabalho, onde deixar qualquer coisa por fazer e me arriscar a esquecer de completá-la pode ter consequências gravíssimas no produto final; na cozinha, pois esquecer-se de algo ao lume ou de algum aparelho ligado pode ser perigoso e provavelmente comprometer a refeição; etc.

No seguinte perdão próprio, vou passar pelos pensamentos que estão na base deste padrão de desistência permitido em mim e nas minhas ações até agora.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar a imagem da mente em que me imagino as fazer ou a completar a minha ação e acabar por acreditar que a imagem aconteceu na realidade, quando afinal não foi feito. Em vez de me iludir com o facilitismo da imagem na mente, eu comprometo-me a realmente completar a minha ação e a dar tempo a mim própria para criar uma realidade consistente que seja o melhor para mim e consequentemente, para os outros.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que deixar as coisas a metade é um sinal que ainda não estou a tomar plena responsabilidade em cada ação que eu tomo e que por isso é uma forma de desistir de mim própria. Nisto, eu decido focar-me em tudo aquilo que eu estou a fazer, mesmo aquelas pequenas ações que eu julgo como aparentemente insignificantes.

Quando e assim que eu começo a pensar numa coisa completamente diferente daquilo que eu estou a fazer neste momento, eu páro e respiro. Eu não me permito saltar para a correria da mente e, em vez disso, eu foco-me em completar aquilo que eu estou a fazer para então me dedicar a 100% na nova ação. Desta forma, eu garanto que dou sempre o meu melhor naquilo que eu faço, sem estar preocupada com a ação que ficou incompleta.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar que as pessoas à minha volta sejam responsáveis e deixem a casa arrumada, sendo que em honestidade própria estou ciente que eu tenho de fazer a minha parte e me tornar num exemplo para mim própria. Apenas posso garantir que eu mudo o padrão de desleixo/distraçãoe que eu estou estável para chamar a atenção do outro se o padrão se manifestar.

Eu perdoo-me por deliberadamente não me querer dar ao trabalho de fazer qualquer coisa POR MIM!

Eu perdoo-me por deliberadamente ter preguiça para me aperfeiçoar naquilo que eu faço e naquilo que eu digo ou escrevo, que tem a ver com o meu processo de auto-aperfeiçoamento a todos os níveis, incluindo a minha comunicação.

Eu perdoo-me por deliberadamente querer escapar de mim própria quando evito escrever durante o dia, ciente que à noite vou estar cansada para completar o meu texto.

Eu perdoo-me por deliberadamente me distrair de mim própria e depois sabotar a minha correção porque fico zangada por ter deixado as coisas por fazer, em vez de parar, respirar e viver a decisão de cooperar comigo própria e me auto-corrigir para o melhor de mim.

Quando e assim que eu me vejo a reagir comigo ou com os outros por termos deixado algo por fazer, eu páro, eu respiro e nesse momento eu empenho-me em fazer aquilo que não foi feito inicialmente. Deste modo, eu estou a re-educar e a recriar o hábito de completar aquilo que eu começo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na emoção energética de estar quase a completar uma coisa e usar esta ideia para justificar a vontade de começar a fazer outra coisa. Apercebo-me que a ideia de "estar quase a acabar" é irrelevante porque em senso comum faz mais sentido completar o projeto e depois começar o novo. Eu comprometo-me a ver se a mudança de planos é uma sabotagem da mente para eu desistir do meu plano inicial ou se é simplesmente ser flexível. Nesse caso, se eu vir que tenho necessidade de adiar aquilo que eu estou a fazer para fazer outra coisa que entretanto surgiu, eu comprometo-me a planear o meu tempo de modo a contar acabar aquilo que ficou incompleto temporariamente.

Quando e assim que eu me vejo a cair na tentação de "deixar as coisas arrastarem", eu páro e respiro. Eu apercebo-me que aquelas coisas que eu normalmente tenho tendência para deixar "pelo caminho" (os exercícios do DIP, a minha escrita diária, a contabilidade, fotografia) são aquelas que eu tenho mesmo de fazer por mim - a resistência para voltar a pegar nelas é um indicador da resistência da mente. Por isso eu comprometo-me a começar o meu dia (especialmente os fins-de-semana) a fazer aquilo que tenho o hábito de deixar para mais tarde e assim parar o estado de "standby" para de facto me aplicar no meu processo.

DIA 150: O padrão da desistência - Vida e morte

quinta-feira, dezembro 27, 2012 0 Comments A+ a-


Este processo é um work in progress e este é um daqueles padrões que requer mais do que um artigo. Cada vez mais me apercebo do impacto e da força do hábito levados a cabo pela conversa da mente sobre planos alternativos que invalidam qualquer tentativa de ser assertiva comigo própria. Quantas vezes terei já desistido de mim e do meu poder aqui.
Curiosamente, bastou-me sentar a escrever sobre o ponto da desistência que fui rapidamente invadida pelo sono e pensei em milhares de coisas para fazer EM VEZ de estar aqui sentada a escrever sobre este ponto!
Vou começar por ver a dimensão da desistência associada à falta da pontualidade - um tópico que me é familiar e assim permito-me "descascar" as várias camadas/personalidades que eu me tenho coberto. Apercebi-me que a ideia de desistir do plano inicial é impulsionada por um plano B que inconscientemente ou conscientemente eu estou a criar na minha mente - a partir deste pensamento, dou luz verde à desistência e até justifico este padrão com uma série de des-Culpas, sem ver que estou a deixar passar ao lado este ponto fundamental que é o de desistir de mim própria, da minha palavra, da minha vivência das minhas palavras e, ultimamente, da minha vida. Parece ser dramático e exagerado? Trata-se de um padrão que tanto se manifesta mais insignificante no caso da pontualidade como na consequência desastrosa de se desistir de se viver.

Foi depois de começar a olhar para este padrão que comecei a vê-lo noutros outros pontos da minha vida, desde a ideia de desistir do meu emprego (no qual a desistência tem como ponto de partida o medo de errar e portanto fazer os possíveis por evitar essa situação mesmo que isso implique que estou a comprometer o meu processo de auto-correção), desistir do casamento (uma snap decision que surge em forma de amúo), desistir de escrever todas as noites, desistir  de me auto-ajudar e mudar, etc.
E não será a nossa sociedade o resultado da desistência diária, onde embora todos lutemos por algo, muito já desistiram de mudar os sistemas e de mudar o mundo. Aquilo que nos falta agora é desistir da mente e renascer em honestidade própria. As crianças ensinam-nos aquilo que permitimos desistir pelo caminho - a não desistir daquela tarefa nova, da paz, da mudança, do prazer, bem-estar, da comunicação e, finalmente, a não desistir de nós próprios enquanto Vida.


DIA 149: Conhecer os sistemas à nossa volta - emprEGO

sábado, dezembro 22, 2012 0 Comments A+ a-


Recentemente, um ambiente que até agora era acolhedor e justo, passou a ser um lugar de decepção e injustiça - uma volta de 180 graus aquando da minha percepção de que "estou a ser enganada". Permitir que a experiência das coisas que eu adopto como sendo "a minha experiência" tenha ditado a minha percepção sobre os eventos.
Esta mudança em mim deveu-se às expectativas criadas durante um período de tempo e que não foram correspondidas. O primeiro ponto que eu me tornei ciente foi que fui eu quem quis evitar ver o sistema e conhecê-lo. Associo este desconhecimento à ignorância promovida pela falta de educação sobre o sistema económico que dita o rumo das nossas vidas. Mais cedo ou mais tarde, todos nós passamos pela sensação de termos sido roubados, cujo peso duplica quando magicamos a percepção que temos de nós próprios como vítimas do "tem de sempre acontecer comigo"...

Aquilo que aprendi desta experiência foi a parar de participar nesta esperança imbecil de esperar que o sistema me recompense pelo meu esforço - o meu esforço e dedicação são incondicionais e eu não estou dependente do reconhecimento do sistema. No entanto, esta foi sem dúvida uma chamada de atenção para eu própria me auto-respeitar e primeiro dedicar-me a conhecer o sistema em que eu me insiro/trabalho para me permitir abraçar o próprio sistema sem medo de desapontamentos ou surpresas desagradáveis. É exactamente no momento em que julgamos o sistema como sendo demasiado confuso, que temos de investigar por nós como é que as coisas funcionam e tornarmo-nos um e iguais com o próprio sistema. Fazer perguntas! Questionarmo-nos! Por exemplo, - De onde é que o dinheiro do nosso ordenado vem?  Quais são as perspectivas do sistema em que eu me insiro para os próximos seis meses? Quais são as áreas que eu terei de me aperfeiçoar em mim? O que é que é o melhor para mim?

Há quanto tempo deixámos de fazer perguntas que, apesar de serem para o nosso bem, temos a crença que é infantil ou irrelevante? Mais uma máscara do Ego para passarmos uma imagem para fora que é uma fachada. É nestes momentos que vejo como desprezamos a nossa vida com grande pinta.

Para continuar...

DIA 148: A MENTira que mata

sexta-feira, dezembro 21, 2012 0 Comments A+ a-







Criei ansiedade em mim ao imaginar que mentia e apercebi-me que a verdade é a única solução para mim própria. Refiro-me à verdade de mim própria, sobre quem eu me tenho permitido ser e os pensamentos que me tenho permitido acreditar/alimentar em mim. Esta verdade é a verdade que eu posso mudar.
Curiosamente esta realização tem sido mascarada pelo medo de mentir aos outros - pior, o medo de ser apanhada a mentir. Ao distrair-me com este "papão" tenho acreditado que mentir a mim própria não é assim tão mau... Sem ver no entanto que a raiva acumula-se dentro de mim sem que eu a veja, mas está aqui no meu corpo - uma raiva baseada na ideia que eu não sei aquilo que é o melhor para mim, que eu não sei decidir por mim, que eu não consigo ser completa por mim e a ideia que há certas coisas que me ultrapassam. Ao acreditar nesta conversa de fundo da mente, crio as condições para a frustração, para a ansiedade, para as imagens daquilo que "pode acontecer" e é esta incerteza que me deixa de rastos.

It's more a moment of not completely standing within a point in this context of this event, meaning that "it could go both ways - them being okay or not okay" and because you don't know, creates a fear/uncertainty, so in this instances, always take the responsibility and direct it.

Procurei soluções para "o meu caso" e a verdade foi bem mais simples. Apercebi-me que a hipótese de mentir aos outros nem sequer era uma hipótese, por isso foquei-me em soluções que iriam resolver o problema tanto na prática como dentro de mim.
Curiosamente, o medo de mentir está fortemente relacionado com o medo da percepção dos outros e com dinheiro, ou seja, o medo de se perder a reputação que, por sua vez, compromete a recompensa (monetária, quer seja a mesada, ou uma prenda, ou o salário).
Quanto à incerteza, esta foi totalmente criada por mim ao não me permitir estar estável na decisão de enfrentar a consequência e direcionar-me a procurar uma solução que fosse o melhor para todos. O desafio é viver sempre em honestidade própria - a partir daqui, a VERdade foi simples de ver.

Dia 147: Não faz sentido culpar o outro pela reação que só eu criei em mim

sábado, dezembro 15, 2012 0 Comments A+ a-


O movimento energético da reação dura os minutos em que eu me permito acreditar que a mente tem razão. Durante esses minutos, os meus olhos não vêem mais nada senão culpa e uma maneira de punir o outro, de me zangar com o outro, de fazer o outro sentir-se culpado.
Tornar-me ciente deste processo da mente é assustador e ao mesmo tempo reconfortante porque apesar de ver a brutalidade da minha mente, sou agora capaz de me parar e parar de alimentar este massacre dentro de mim. Passado algum tempo, após esta tentativa de reação, a pessoa com quem eu estava supostamente enervada apareceu na sala e foi como se me lembrasse que eu devia estar zangada com ele! Não - a única coisa que eu estou interessada em fazer é em resolver os meus próprios problemas da minha mente e parar de agravar a realidade à minha volta.
Será que hei-de falar? Talvez, mas não com o intuito de culpar o outro - a questão é como é que eu lido em senso comum e garanto que participo na solução. Neste caso, não o posso culpar pela reação que eu criei em mim mas posso chamar a atenção do outro para a situação que não me agradou e juntos vermos o que é que temos de mudar para que respeitemos as coisas um do outro.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no impulso da reação e me imaginar a zangar com o outro e a gritar com o outro, sem ver que esta projeção da mente é um indicador da raiva que eu permito existir em mim.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que afinal eu estava era zangada comigo por não ter evitado que o meu material se estragasse - eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que o outro é descuidado com as minhas coisas, quando afinal fui eu que me descuidei em deixar o meu material "abandonado" na sala. Apercebo-me que esta ideia que o outro é descuidado com as minhas coisas tem a ver com a minha própria experiência em que não trato as coisas dos outros com igual estima. Aproveito este momento para me alinhar com este ponto e tornar-me ciente de quando esta separação ocorre de modo a realizar que é irrelevante saber de quem é que as coisas pertencem para as estimar incondicionalmente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido zangar-me comigo própria e participar na sensação de arrependimento por ter deixado o meu material na sala. Neste momento vejo que a sensação de arrependimento de nada adianta pois não me estou a ajudar a encontrar uma solução prática.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de comunicar com o outro aquilo que se passou porque tenho medo que o outro fique zangado comigo e pense que eu o estou a culpar. Também aqui vejo que trata-se da minha projecção de como eu quero que o outro se sinta. No entanto, eu apercebo-me que só o outro se pode ou não permitir sentir-se culpado, logo, é da minha responsabilidade falar do assunto em senso comum, sem reagir nem querer "ganhar" o argumento. Apercebo-me que a única solução para ambos é comunicarmos o que se passou com vista a evitar que o material se estrague outra vez.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar a conversar com o outro e a imaginar que o outro reage àquilo que eu digo, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que dentro da minha mente eu só vejo a minha mente e, ao ver que a minha mente "funciona à base" de reações, eu páro e respiro.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar-me a reagir com o outro, eu páro e respiro. Em vez disso, eu comprometo-me a falar pausadamente, a falar dos factos sem entrar em qualquer movimento emocional de vítima nem de defesa. Eu permito-me estar um e igual com o outro e ver que é da minha responsabilidade comunicar com o outro aquilo que se passou para que ambos possamos evitar que as coisas se estraguem e ambos ajudemos a que a nossa realidade cá em casa seja eficaz e o melhor para todos.

Quando e assim que eu me vejo a participar na energia do arrependimento por não ter agido mais cedo e tirado o material da sala, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a solução não está no passado, porque é só a partir daqui e agora que eu posso mudar o futuro. Logo, eu comprometo-me a ser proactiva comigo própria em encontrar soluções práticas e ajo por mim em senso comum - por exemplo, comunico com os outros aquilo que se pode evitar da próxima vez e procuro um local mais estável para o meu material.

Ilustração: Fear of Anger and Aggression – An Artists Journey To Life: Day 156 | by Andrew Gable http://bit.ly/QYdbw7


Dia 146: O massacre que vai dentro das nossas mentes

sexta-feira, dezembro 14, 2012 0 Comments A+ a-




Como é que será a mente de uma pessoa que deliberadamente decide entrar a matar? Que mania é esta de brincarmos aos Deuses, mas que em vez de se viver o poder de criar vida, a única coisa que se pensa é tirar a vida? Que deuses falhados andamos nós a criar em nós próprios? 
Ouvi as notícias do massacre na escola primária do Conneticut e comecei a disparar em reações, como se isso fosse fazer alguma diferença na realidade daquelas pessoas, na minha e na do mundo. Em honestidade própria, apercebo-me que a reação surgiu em modo automático, primeiro porque estava acompanhada e porque é o que é "normal" comentar-se e marcar-se uma posição. No entanto, ao decidir sentar-me e escrever, vejo que a minha participação na reação foi meramente participar no problema e não é isto que eu quero para mim. Em inglês utiliza-se a expressão "ranting", que é o acto de reclamar que as coisas estão mal e ficar-se por aí, na impotência de que não há nada a fazer. Mas em senso comum, é óbvio que também eu sou responsável pelo evento que se passou do outro lado do atlântico. 
Por exemplo, quem é que permite que os jogos de armas sejam tão populares? Nós. 
Quem é que aceita que se promova a guerra e quem é que admira os generais fardados? Nós. 
Quem é que aceita que este sistema descuide a juventude que é deixada à mercê de uma TV em constante guerra (de imagens e guerra pelas audiências)? Nós todos. 
Quando digo nós, refiro-me a esta humanidade, mas vivemos tão isolados uns dos outros e desligados da nossa responsabilidade para com tudo o que acontece neste planeta, que ainda nos ofendemos quando alguém nos diz que somos responsáveis. A vida não é somente a "nossa" vidazinha rotineira e de políticas locais... Enquanto humanidade, é bem notável que podíamos estar a fazer mais e muito melhor para o melhor de todos. Mas este blog não tem a ver com moral - tem a ver com senso comum e serve de alerta para a nossa visão pequena das coisas, fruto de uma educação compartimentada a e isolada dos sistemas que governam o mundo. Aquilo que não conhecemos parece ser gigante porque corresponde ao tamanho do desconhecimento. No entanto, quanto mais nos apercebemos de como as coisas funcionam, mais nos tornamos um e iguais ao próprio sistema e facilmente nos apercebemos que é possível mudar aquilo que não bate certo. 
Definitivamente, ataques a escolas não bate certo; matar o futuro da humanidade não bate certo; matarmo-nos a nós próprios e auto destruir a nossa espécie não bate certo. Pensar "Oh, eu não aceito isto, mas que posso eu fazer?" é uma forma de ranting, porque implica um sentimento de culpa coberto de aparente impotência e que, em honestidade própria, é uma forma de justificar a ignorância e a falta de vontade para investigar o que se passa nas nossas mentes e neste mundo. Aquilo que sem dúvida podemos fazer é pararmos o julgamento destas notícias, pararmos de tomar estes eventos/a mente como adquiridos e fazermos um esforço para perceber a origem dos problemas que afectam cada um de nós e por consequência toda gente. 

A começar por nós próprios - por exemplo, podemos levar este caso à escala do nosso dia-a-dia e vermos onde e quando é que nos permitimos ter reações contra os outros; como é que na nossas mentes nos permitimos pensar em destruir o outro; quando é que nas nossas mentes permitimos que a reação tome conta do nosso corpo e fazemos coisas contra nós próprios e contra os outros. 
Quem é que já não ameaçou acabar com a sua própria vida em busca de atenção? Quando é que já não considerámos a morte como um escape àquilo que pensamos ser demasiado grande para nós? Consegues ver o padrão? 

Porque é que nos permitimos cegar com o fumo, em vez de desbravarmos a nuvem e vermos a origem do problema dentro de nós mesmos (normalmente um chama(da) de atenção)? 


Em vez de me querer separar do serial killer, eu vejo que somos iguais enquanto seres, mas por diversas razões eu consigo estar estável enquanto que ele acabou por projectar a raiva dele e disPará-la na vida dos outros. O meu perdão próprio é baseado na minha experiência das reações que, apesar de serem a uma escala diferente daquela que aconteceu na escola primária, qualquer reação não deixa de ser uma forma de abuso próprio e de abuso para com os outros à minha volta: 


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na energia da reação que, em honestidade própria, eu vejo que sou responsável por parar e ver que me cabe a mim não permitir ser contagiada pelo mundo de conflito à minha volta. 
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver e perceber que as reações só existem porque eu crio a reação em mim própria e acredito que vai ajudar-me a ter aquilo que eu quero - tal e qual um bebé chorão em pleno interesse próprio. 
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar reagir para me impor aos outros, quando na realidade não tenho de me impor a ninguém porque todos são iguais em mim, sem haver seres inferiores nem seres superiores. 
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a reação é uma forma de espalhar o fogo e me distrair da origem do MEU problema e que funciona com um entretenimento da mente, quando afinal o problema está e esteve sempre aqui para eu o apagar e fazer as pazes comigo própria e MUDAR. 
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me com a energia/o fumo da superficialidade da reação, que aparentemente é a maneira fácil de se ser ouvida mas que afinal de contas é a mim mesma que estou a ignorar. 
Apercebo-me que a reação é a explusão da acumulação de conversas, julgamentos, ideias, auto-definições, crenças, medos e projeções da minha mente, mas que nada disto é a expressão da vida que sou/somos. 

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido habituar-me a reagir com as pessoas à minha volta, sem ver que a reação é uma auto-limitação da mente para eu me manter nesta ideia que tenho razão e que sou uma vítima separada dos outros. Em vez disso, eu comprometo-me a estar ciente de mim própria e a estar ciente da minha capacidade de dar direção em momentos de reação. 
Ao parar a personalidade da reação, eu estou a recriar-me fora do padrão da reação e portanto sou capaz de ser, falar e existir em senso comum e ver/fazer aquilo que é o melhor para todos. 
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a reação às coisas deste mundo é a reação que eu tenho dentro de mim, e que portanto tenho visto o mundo sempre pelos olhos da reação e a tomar estas personalidades/eventos como garantidos, em vez de pôr em prática a realização que eu sou responsável por mudar a maneira como tenho existido e que é possível mudar os eventos que afectam o nosso mundo. 

Quando e assim que eu me vejo a culpar o outro pela reação que eu própria sinto dentro de mim, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a reação não tem a ver com as pessoas mas sim com aquilo que me é dito ou com padrões que vejo nelas e que julgo em mim própria. Assim, eu comprometo-me a investigar em mim própria a razão pela qual eu reajo a determinadas palavras, julgamentos, ideias e comprometo-me a tomar responsabilidade pela reação dentro de mim própria e a parar esta energia dentro de mim.

Quando e assim que eu me vejo a reclamar e a reagir porque há algo que vai contra o senso comum, em páro a reação e respiro. Apercebo-me que se quero partilhar o senso comum, a única maneira é passar a existir em senso comum, a dar direção a mim própria, a falar em senso comum, a dar-me aos outros em senso comum. Apercebo-me que a reação é um ponto de separação comigo própria e com os outros, por isso nunca é a solução. 
Quando e assim que eu me vejo a ter a "necessidade" de deitar tudo cá para fora, eu páro e respiro. Eu deito ar para fora, e respiro fundo outra vez até eu parar a mente e me permitir estar estável no meu corpo.
Eu apercebo-me que o meu corpo, um e igual ao corpo dos outros, é o nosso ponto de estabilidade. Eu comprometo-me a ajudar-me a mim própria a criar a minha estabilidade a cada respiração, a cada bater do meu coração e a cada passo. A partir daqui, dou-me direção e começo por escrever a reação ou a partilhar com o outro em auto-ajuda. 

Quando e assim que eu me vejo a entrar no rodopio e labirinto da mente em que o fumo é demasiado grande e me cega daquilo que é o óbvio (a vida humana aqui), eu páro e respiro. Eu não me permito participar na curiosidade das imagens da mente e decido pará-las. Eu páro a ideia que o mundo é demasiado complicado e que não há nada a fazer para nos melhorar.
Apercebo-me que se quero começar a criar estabilidade no mundo, tenho de começar por mim e a parar de complicar nem sabotar a minha própria vida. Apercebo-me que os eventos do mundo são um espelho do massacre que vai nas nossas mentes em que perdemos o respeito pela vida que somos. 

Apercebo-me que teria sido possível que aquelas 27 crianças ainda estivessem vivas se nós adultos começássemos a respeitar-nos enquanto vida, limpássemos o fumo das nossas mentes e resolvêssemos os nossos próprios desequilíbrios. Está nas nossas mãos criar vida ou deitar tudo a perder em reações.

Eu dedico-me a parar cada uma das minhas reações e a respeitar a vida que sou, a vida que os outros são e a ser criadora de vida, e assim participar na vida à minha volta e a recriar-me enquanto vida como aquilo que é o melhor para todos. 
Quando cada um de nós conseguir parar a raiva/reação dentro de nós, será possível confiarmos em nós próprios e uns nos outros; em senso comum vemos que somos todos capazes de apagar o fogo (energia) das nossas mentes que só nos tem separado e destruído o nosso mundo.


DIA 145: O mistério por trás da falta de pontualidade

terça-feira, dezembro 11, 2012 0 Comments A+ a-

A falta de pontualidade é a consequência de todo um processo de acumulação de medos e stresses da mente. Neste vlog eu começo por abrir este ponto e a ver as camadas que até agora têm sido "mascaradas" pela ideia/distração da falta de pontualidade.

DIA 144: A pontualidade não é a questão

segunda-feira, dezembro 10, 2012 0 Comments A+ a-





Tenho acreditado que ser pontual seria a solução para todos os meus problemas mas agora vejo que esta é a ponta do iceberg. A pontualidade (ou a falta dela) não é o problema - é antes a consequência de outros padrões que até agora eu estava distraída a culpar-me e a julgar-me pelo hábito da falta da pontualidade.

Como a Sunette me disse, eu tenho usado a pontualidade como uma distração dos pontos que realmente requerem a minha atenção, tais como os medos e stresses.
O medo de chegar atrasada activa uma espécie de cegueira em mim e deixo de ver as coisas em senso comum. Como se passasse a ser normal querer agradar os outros, com base na culpa de tê-los feito esperar por mim; ou fazer as coisas à pressa numa cena com estilo de filme; acreditar que tenho de fazer horas extra para compensar o meu atraso; e passar a vida a compensar o passado.

Enquanto eu estava na Quinta, fiquei ciente de como o meu andar é sempre apressado, como se estive sempre neste nervoso miudinho - até agora, esta postura de gelatina era normal - a imagem que tenho é a de um polvo a querer chegar a muitas coisas ao mesmo tempo. Se eu não estou estável em mim, como posso estar estável para os outros?
E mesmo com dois braços, duas pernas, dois olhos, duas orelhas, duas narinas, duas mão, ainda penso não ter tempo para fazer tudo aquilo que eu preciso de fazer. 

Não será da minha responsabilidade garantir que alinho o tempo que eu tenho, com o tempo em que estamos, a fazer aquilo que está ao meu alcance aqui e agora?

A frustração projectada na pontualidade reside também na ideia de desejar fazer o impossível e, nos casos em que supero esse tal impossível, é como se me sentisse um herói e assim se alimenta o ego com a ideia que o puzzle da vida faz sentido. Não - a história aqui é mais simples - eu criei o puzzle e agora entretenho-me a juntar as peças, como se me fizesse despercebida e não soubesse que afinal eu sei/sou sempre a solução para mim própria.

DIA 143: O medo de não ser pontual

segunda-feira, dezembro 03, 2012 0 Comments A+ a-



Esta sempre foi uma luta. Perguntava-me e ainda me pergunto: como é que eles conseguem? Como é que as minhas amigas conseguem chegar a horas? E ainda por cima antes da hora!

Esta luta interna durou até há bem pouco tempo. Abri este ponto durante o fim de semana entre conversas, escrita, choro e entendimento... E o ponto esteve sempre aqui, mesmo à minha frente, em cada passo, em cada pensamento, em cada plano do dia seguinte, em cada memória e stress de ser sempre a última a chegar à sala de aula.

Até agora parava na culpa dos pais - "chego atrasada porque não m levam a tempo". Ao viver sozinha, continuei a chegar tarde: A tendência de me imaginar a não acordar a horas - a imagem de acordar, olhar para o relógio e ser a hora de estar a chegar ao trabalho! Que pesadelo de cada dia... Mas já não havia des-culpa. Culpar o passado não ajuda no presente. Vivo o padrão em carne e osso e o stress é real. A insegurança de não chegar a horas, de imaginar imprevistos como se o mundo inteiro estivesse contra a minha capacidade de chegar a horas. Imagino até o cúmulo de chegar antes da hora e, por alguma contra-tempo, acabo por ficar pelo caminho! E assim aceitei a ideia de "não sou pontual; a pontualidade não é para mim." Cheguei ao ponto de deixar de usar relógio, por pensar que nem o tempo me controlava, como se pensar ser livre me fizesse menos escrava. O pior cego é aquele que não quer ver... Escrava da memória de chegar tarde aos sítios, da imagem do stress de fazer tudo a correr, do medo de reviver essa frustração, da vergonha de não cumprir a minha palavra, da resistência em não conseguir fazer aquilo que eu planeei!

A dimensão do medo:
O medo de reviver a imagem de olhar para o relógio e estar a sair à hora que eu combinei estar no sítio combinado.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar na minha mente a ideia de que vou acordar em cima da hora na manhã seguinte e participar na ansiedade como se aceitásse que vou criar uma realidade contra mim própria.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido tomar a decisão de mudar a imagem que eu criei de mim própria em relação às horas e, assim, recriar esta relação parar ser uma relação de cooperação.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido castigar-me com a ideia que vou chegar tarde porque me deitei tarde, e assim permitir que a minha manhã seja definida pela minha noite, em vez de me dar direção a cada momento da minha respiração/que estou aqui.

Quando e assim que eu me vejo a pensar que se me deitar mais tarde do que a hora que sou suposta ir para a cama é sinal que tenho uma desculpa para me atrasar de manhã, eu páro e respiro. Apercebo-me que estou a criar justificações para uma situação que não existe mas que estou deliberadamente e aceitar criá-la para mim. Vejo que estou deliberadamente a criar o contrário daquilo que realmente quero fazer, porque não estou a fazer aquilo que é o melhor para mim.
Quando e assim que eu me vejo a participar no stress da imagem de mim a fazer tudo à pressa de manhã, eu páro e respiro. Em vez disso, eu permito-me planear a manhã da melhor maneira e com soluções práticas, por exemplo, escolher a roupa do dia anterior, arrumar o quarto de modo a ter o caminho desempedido de manhã, ter as coisas à mão para o dia seguinte, por exemplo.
Quando e assim que eu me vejo a imaginar que o meu telemóvel tenha uma falha e não toque o alarme, eu páro e respiro. Em vez de arquitectar justificações para me atrasar, eu posso simplesmente ter um segundo despertador e comprometo-me a viver a decisão de acordar com qualquer um dos dois despertadores. Quando e assim que eu me vejo a pensar que vou esperar pelo segundo toque, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que é aqui que reside a "porta aberta da mente" em que afinal tenho permitido a hipótese de não acordar com o primeiro despertador!
Eu comprometo-me a tomar a decisão de acordar à hora x e de realmente me levantar à hora x, sem me permitir arranjar desculpas para não o fazer, como por exemplo a ideia que me deitei mais tarde do que era suposto. Eu apercebo-me que sou responsável por parar o padrão da justificação da mente, e simplesmente fazer as coisas em senso comum - eu comprometo-me a acordar com tempo suficiente para tomar conta de mim de manhã, passo a passo, a cada respiração.


A continuar...

Dia 142: O cúmulo de me zangar comigo própria!

sábado, dezembro 01, 2012 0 Comments A+ a-









Recentemente apercebi-me deste padrão de ficar zangada comigo própria quando não faço as coisas bem à primeira. Esta reação surge da falta de paciência comigo própria e de auto-respeito, como se não merecesse aperfeiçoar-me e auto-corrigir-me. Mais uma vez, este é um exemplo perfeito da auto-sabotagem da mente...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ficar zangada comigo própria quando não faço as coisas bem à primeira.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar-me como burra e como falhada por me ter de corrigir.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na vergonha de mim própria quando dou um erro a escrever ou a falar em Inglês.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me pela experiência de errar em vez de me focar na auto-correção, em plena estabilidade e com toda a paciência para caminhar este processo de VIDA.

Quando e assim que eu me vejo a ter resistência em corrigir-me, eu páro e respiro. Em vez de me zangar comigo e entrar no modo do amuo, eu ABRAÇO-ME e dou-me esta oportunidade de me auto-corrigir, ou corrigir com a ajuda dos outros, e dedico-me à aplicação dessa correcção.
Eu apercebo-me que este é o processo de auto-aperfeiçoamento e que a resistência da mente só existe se eu me permitir participar neste programa da mente.
Quando e assim que eu me vejo agarrada ao julgamento de ter errado e portanto estar a punir-me nesta fixação da mente, eu páro e respiro e permito-me olhar para a correção.
Eu comprometo-me a andar o processo de mudança. Eu sou o processo de mudança e não me permito ficar estagnada num ponto da mente - eu abro-me comigo própria, eu escrevo sobre o ponto de errar, sobre os julgamentos que eu penso que os outros têm de mim e liberto-me deste peso da mente que só eu criei para mim própria. Eu abraço-me na minha correção e agradeço-me por corrigir e mudar por mim e para mim.

Apercebo-me que a resistência a ajudar-me é a resistência a ajudar o meu mundo e a ver/SER soluções para o mundo à minha volta.

Ilustração: Self-Defeat by Andrew Gable
Postponement Character – Reaction Dimension SF – An Artists Journey To Life: Day 166 | An Artists Journey To Life http://bit.ly/RVIBlO