Dia 168: Não dar ouvidos à mente

quinta-feira, janeiro 31, 2013 0 Comments A+ a-


Como é que posso confiar na mente se esta cria o caos? Como é que eu posso aceitar a ira da mente se isto não cria um mundo melhor para mim e para todos? Para quê perder a vida a seguir a mente humana se a história da humanidade prova que não tem resultado?

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido continuar e alimentar a conversa que se passa na minha mente e que normalmente surge quando alguma coisa corre diferente daquilo que foi planeado.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que estes diálogos mentais são Eu e que são aceitáveis.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que eu sou responsável pelas conversas que eu tenho na minha mente.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido PARAR estas ideias pre-definidas e pre-programadas na minha mente.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar um e igual com a situação que se está a passar à minha volta e agir em senso comum em vez de procurar justificações e desabafos da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que é normal desabafar as coisas que se passam na minha mente, em vez de primeiro perceber quais são os padrões da mente que eu estou a enfrentar e puxar por mim para perceber como é que eu posso mudar a minha atitude comigo própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desabafar a merd* de conversas da mente na esperança que a outra pessoa me ajude a ver as coisas de outra maneira.

Apercebo-me que é uma questão de prática e que eu tenho de praticar PARAR a mente, PARAR as imagens e escrever sobre os pontos, desabafar no papel para ver a origem dos padrões e permitir-me ver as coisas em senso comum,
Quando e assim que eu me vejo a criar conversas na minha mente sobre o meu trabalho ou sobre o meu cansaço ao fim do dia, eu páro, eu respiro. Nesse momento, em vez de agravar a situação, eu páro o ciclone mental e tomo a decisão de procurar uma solução para me expandir no trabalho ou para descansar.

Quando e assim que eu me vejo a criar conversas da mente sobre os problemas que eu vejo à minha volta, eu páro os pensamentos e respiro - eu comprometo-me a estabilizar por dentro e, a partir daqui, ajudar-me a ver como é que posso criar soluções para mim e talvez criar soluções para o ambiente à minha volta, quer seja em casa ou no trabalho.

Eu apercebo-me que sou capaz e que tenho a responsabilidade de criar soluções para mim própria e ser o exemplo para mim própria. Quanto mais estou ciente das conversas da mente e das personalidade da mente, mais rapidamente realizo que a mente não é aquilo que é o melhor para mim e que não beneficia o mundo à minha volta. Saber lidar comigo própria e criar soluções para mim própria tem sido um processo fascinante, ao mesmo tempo que desafiante e cativante!

Quando e assim que eu me vejo a julgar o processo de perdão próprio e de auto-correção como sendo lamechas, ou punidor ou inútil, eu páro esta sabotagem da mente e respiro. Dou-me então a oportunidade nesta Vida de mudar o meu destino que até agora tem sido ditado pela mente consciente e dedico-me a aplicar as realizações e as soluções práticas baseadas em honestidade própria e na estabilidade física (através da respiração).

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Dia 167: Escrever sem emoções ou sem "inspiração" da mente

quarta-feira, janeiro 30, 2013 1 Comments A+ a-


Para quem me conhece há algum tempo, provavelmente já tinha notado no meu deslumbramentos com as coisas- uma mistura de ingenuidade e de desejo de fazer as coisas parecerem mais do que aquilo que elas são. Alimentei tanto a mente ao longo dos anos que ainda dou por mim a acreditar em tudo o que se passa na minha mente como sendo real/honesto. A única inspiração que funciona é a inalação de ar. Tudo o resto que é baseado nos altos e baixos da energia das emoções é falso - se fosse real mantinha-se estável. A respiração é estável, embora a maior parte do tempo nem estejamos cientes disso.

Hoje estava no metro e decidi escrever - não fazia ideia sobre o quê. No momento em que estava a começar a escrever apercebi-me da sabotagem da mente "o que é que as pessoas vão pensar de mim", "e se elas lêem o que eu escrevo?", "tenho vergonha". Em vez de ouvir a mente ou esperar por uma inspiração não sei de onde, dei eu própria uma inspiração de ar e comecei. Comecei por escrever o perdão próprio sobre um ponto que tinha reparado na noite anterior e, a partir dali, a escrita fluiu. Escrevi também sobre a resistência que eu estava a ter a estar simplesmente ESTÁVEL no metro a escrever, ou a fazer qualquer outra coisa. Realizei que este desconforto mental é baseado na aparente separação para com os outros. Porque é que eu tenho medo de olhar nos olhos das pessoas à minha volta?
O que é que eu estou a evitar ver em mim? Estou a evitar tomar responsabilidade pela minha presença e pelas minhas ações. Segundo a mente, é mais fácil fingir que se está distraído e fingir que se está "noutra" do que estar-se ciente daquilo que fazemos e por isso garantir-se que se considera o mundo à nossa volta. Apercebo-me que esta separação em relação às outras pessoas tem a ver com o medo de conflito - medo que as pessoas reajam, ou projectem a sua raiva com violência de palavras ou física-mente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a separação com as pessoas à minha volta é real somente porque não as conheço.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido assumir e acreditar que aquilo que eu não conheço é diferente de mim (ou melhor ou pior).
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar na imaginação da mente de ver violência acontecer à minha volta.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que se eu evitar olhar para os olhos das pessoas eu estou a evitar entrar em conflito, quando afinal de contas fui eu quem criou a ideia de conflito em primeiro lugar na minha mente. Nisto, eu apercebo-me que todas as ideias de conflito começam em mim e que sou responsável por parar estas imagens de violência/gritos/conflito da minha mente e parar de projectá-las na realidade à minha volta.

Eu comprometo-me a olhar para as pessoas nos olhos e a estar clara e firme na minha atitude de parar a separação da mente.
Eu comprometo-me a estar estável em mim e nas minhas ações onde quer que eu esteja, que esteja na rua ou em casa ou no trabalho - é igual, sou sempre eu. Apercebo-me que a zona de conforto é um refúgio da mente baseado na separação/ideia de limitação.

Quando e assim que eu me vejo a procurar motivação ou alguma coisa que me dê conforto, eu páro e respiro. Eu crio a minha estabilidade em mim através da minha respiração e bem-estar pessoal, de dentro para fora.
Eu comprometo-me a parar o interesse próprio da mente, para realmente me permitir viver em honestidade própria e a ser/fazer aquilo que é o melhor para mim (tal como escrever) e em senso comum.

Quando e assim que eu me vejo com resistência a escrever por ter medo que alguém leia aquilo que eu escrevo, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta ideia/medo/julgamento que eu acredito que alguém possa ter de mim é de facto um espelho a mostrar-me aquilo que eu estou a permitir pensar de mim/definir-me.
Comprometo-me então a usar a mente para ver os julgamentos e ideia que eu tenho aceito em mim e PARAR esses julgamentos e ideias sobre mim própria. Eu vejo como estes pensamentos limitam a minha expressão e como tenho sido somente eu a limitar a minha expansão como Vida aqui.
Quando e assim que eu me vejo a pensar nos outros como estando separados de mim/contra mim, eu páro e respiro. Se eu estou no meio das pessoas, eu estou um e igual com as pessoas e sou um e igual com as pessoas. Qualquer separação ou medo ou julgamento meu e dos outros é uma projeção da MENTE QUE NÃO TEM DE SER SEGUIDA. A mente existe neste mundo para cada um de nós lidar com aquilo que temos criado para nós próprios e que temos de ser capazes de resolver por nós próprios. Não temos de seguir as conversas da mente; não temos de acreditar na violência da mente; não temos de copiar as imagens da mente!

Decido então viver pelos princípios de Unidade e Igualdade inerentes a esta realidade física (tudo o que está aqui e agora) e dedico-me a escrever sobre os padrões de separação da minha mente, a abrir-me comigo incondicionalmente e a recriar-me com base em soluções práticas respeitadoras da integridade física.

Percebo então aquilo que a Sunette quer dizer quando diz: "Sê neste mundo mas não deste mundo".

  Ilustração: CAPTIV(E)ated by Own IMAG(E)ination (Part Two): DAY 280
http://heavensjourneytolife.blogspot.com/2013/01/captiveated-by-own-imageination-part.html#

Dia 166: Não aceitar andar aos altos e baixos...

terça-feira, janeiro 29, 2013 0 Comments A+ a-



É uma questão de consistência baseada em viver a decisão de parar de andar aos altos e baixos, a começar pela minha estabilidade/consistência  interior (respiração) - externa (ação).

Eu perdoo-me por aceitar e permitir que o meu processo, aplicação e direção tenha altos e baixos.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que qualquer instabilidade (altos e baixos) na minha aplicação e dedicação no meu processo é sempre responsabilidade minha.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar de acumular coisas por fazer e focar-me em realmente mudar a minha açção/direção para ser assertiva comigo própria e fazer aquilo que está mesmo aqui ao meu alcance - ao fazer uma coisa de cada vez, focada, a cada respiração e em total auto-confiança.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido usar a desculpa de "estou muito cansada" ou "hoje já trabalhei imenso" ou faço amanhã" para evitar manter a minha consistência pessoal e em dedicar-me ao meu processo em honestidade própria.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a justificação do "não me apetece" é uma justificação da mente baseadaem energia e baseada no padrão de fazer coisas ligadas à excitação da novidade ou da recompensa.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver e realizar que ao dedicar-me à minha consistência no meu compromisso de escrever todos os dias, ou de trabalhar todos os dias, ou de me alimentar todos os dias, ou de respirar a cada momento, é de facto viver o meu compromisso de vida e de tomar conta de mim como Vida.

Quando e assim que eu me vejo a usar desculpas de "não ter tempo" para manter o padrão de"adiar" as minhas coisas, eu páro e respiro.
 Eu apercebo-me que esta ideia que "eu não tenho tempo para mim" é um engodo da mente porque na realidade é tenho a oportunidade de dar-me a mim própria e de me auto-ajudar a cada momento a estar ciente da minha respiração/corpo.

Quando e assim que eu me vejo a ver que as coisas estão a desmoronar-se, eu páro e respiro. Eu realizo que sou capaz de parar esta tendência de passar de altos e baixos ao parar de participar na procrastinação da mente. Quando e assim que eu vejo a sabotagem da mente a desencorajar-me de tomar decisões e de viver as decisões, eu páro, eu respiro e eu foco-me na minha ação de maneira a ser plenamente eficaz nas coisas que eu faço.

Eu dedico-me a puxar por mim de cada vez que vejo resistência em manter a minha consistência. Para isso, eu comprometo-me a fazer exactamente aquilo que acabo por deixar "para a última", como por exemplo, escrever diariamente, fazer vlogs, traduzir produtos da eqafe, tomar notas no meu caderno e a fazer os exercícios do DIP.

Eu comprometo-me a começar por praticar a minha consistência nas coisas que em honestidade própria eu vejo que tenho estado a procrastinar.  Eu apercebo-me que, se a procrastinação/preguiça da mente é contagiante, vou então inverter esta situação e dedicar-me a recriar uma disciplina de dedicação física a fazer por mim aquilo que é o melhor para mim.


DIA 165: Desejo pela perfeição que não passa de uma imagem

domingo, janeiro 27, 2013 0 Comments A+ a-


Até agora tenho andado numa corrida constante comigo mesma e que só recentemente me apercebi que podia ser vencida - não por participar nela, mas por mudar a minha atitude para comigo mesma. Ou seja, até recentemente acreditava que as imagens da mente serviam um objectivo a seguir, como se fosse um guião que realmente me ditava aquilo que eu podia ou não fazer, aquilo que era certo e errado, o resultado das minhas ações e a noção de tempo que as coisas levavam. Foi através deste último elemento - o tempo - que me comecei a aperceber da luta que se passava em mim que a ninguém beneficia. Não é por acaso que as imagens da mente são frequentemente desfasadas da realidade, ou que sentimos a frustração de não conseguirmos realizar as coisas que foram idealizadas na mente. Mas este desejo de ser-se visionário e de se trazer para esta realidade aquilo que vai nas mentes humanas é perigoso e doentio - o tempo da mente NÃO é o tempo físico, a força da mente não é a força física, a velocidade da mente não corresponde àquilo que é sustentável aos corpos físicos. Ao seguirmos a velocidade da mente estamos a massacrar o nosso corpo - sinais de stress no meu corpo e uma sensação repentina quando o coração começa a bater demasiado depressa, ou quando atropelo as palavras por querer falar tão rápido como as palavras que voam na mente. Todos estes são indicadores de desfasamento com a realidade física e com o MEU corpo físico! Quantas vezes não estamos aqui e a nossa mente noutro lugar qualquer? E se não estamos atentos ao nosso corpo, como é que garantimos que tomamos conta de nós próprios? A resposta é simples e ao mesmo tempo desafiante - conseguir estar ciente da respiração a cada momento que passa.
As imagens de aparente perfeição da mente não são reais - Tomemos como exemplo a simples ação de cozinhar - penso em fazer o jantar em 20 minutos e, na minha mente, os tais 20 minutos dão perfeitaMENTE para fazer tudo. O que acontece é óbvio: passados 20 minutos, olho para o relógio e reajo comigo própria porque não fui rápida o suficiente. Começo a pensar que não sou suficientemente boa na cozinha, que cozinhar é uma perda de tempo e que alguém vai estar à minha espera porque eu tinha dito que só demorava 20 minutos. De um momento para o outro, a esperança de conseguir fazer tudo em 20 minutos passa a ser uma corrida contra o tempo e contra mim própria. Estou a contar os minutos enquanto corto com uma faca (err, não é boa ideia), reajo com aquele que me relembra que já passaram 20 minutos e começo a pensar que para a próxima encomendo uma pizza. Nãaaaaao! Aquilo que supostamente era uma imagem de perfeição - preparar os legumes e fazer uma sopa do princípio ao fim em apenas 20 minutos tornou-se num pesadelo de stress e de obrigação. A certa altura já não estava presente, já não me estava a divertir, já não me estava a dedicar. Comecei a sabotar a minha expressão a participar no arrependimento de ter começado sequer a cozinhar  e a culpar tudo à minha volta por me estar a atrasar, mas fui só eu quem permitiu criar tal limitação em mim própria.

E como estes há muitos exemplos de como seguir-se a ditadura da mente não beneficia ninguém. Os altos e baixos de esperança VS frustração e stress são auto-destrutivos. E tenho visto que até agora a minha vida tem sido composta de altos e baixos baseada nesta corrida atrás das imagens da mente que eu tenho acreditado ser o máximo que eu posso e devo fazer.

Quem eu sou fora da mente? Como é que eu agiria se estivesse ciente do tempo que eu realmente levo a fazer as coisas fisicamente? Quão rápida sou se estiver plenamente focada na minha ação física e não nas conversas da mente? Tenho dado a resposta a mim própria ao estar focada na minha respiração. Nisto, tenho-me apercebido que quanto mais física eu estou (ciente do mundo à minha volta, ciente da minha respiração, ciente das minhas ações), mais me dedico à minha ação e por isso mais gozo tenho ao fazê-la, como se a minha ação fosse uma continuação de mim própria em estabilidade.

Estas realizações e a aplicação da respiração no meu dia-a-dia têm sido essenciais no meu emprego que requer a gestão de vários projectos ao mesmo tempo e uma total dedicação na preparação de todos os detalhes para que seja tudo tomado em consideração. It is a work in progress / in process...

Reparo também que a minha comunicação está a ser mais clara porque já não ponho cá para fora os pensamentos soltos da mente - em vez disso, eu primeiro procuro compreender aquilo que se passa e, depois, sou capaz de comunicar e explicar com clareza.
O mesmo acontece com a velocidade da fala - lembro-me de ouvir o João dizer  que às vezes não percebe aquilo que eu digo porque eu engulo as frases ou porque faço com um comentário "vindo do nada". Quando isto agora se passa, em vez de reagir ofendida, eu comprometo-me a tomar esse alerta como um apoio para que eu me foque na minha respiração e que não tente seguir desalmadamente a mente - em vez disso, eu dou-me direção a cada respiração, dedico-me a dizer cada palavra com clareza, a realmente estar ciente das palavras que eu estou a dizer/viver e a falar um e igual à velocidade dos meus lábios e língua.

A mente serve então de indicador do meu estado pessoal para que eu veja os medos que ainda permito em mim, veja as noções e ideias que criei para mim própria e veja os padrões em que eu tenho participado - Ao realizar que a mente não é o melhor de mim e não me traz a estabilidade e perfeição na minha vida, eu comprometo-me a usar estes indicadores em auto-ajuda para finalmente ver onde é que posso/tenho de mudar para o meu próprio bem/para a minha criAção em estabilidade e real perfeição física.


DIA 164: As relações públicas tomam-nos como estúpidos

domingo, janeiro 27, 2013 0 Comments A+ a-


Nem sei por onde começar, mas esta aparente indecisão é também uma distração da mente. Começo por respirar fundo e foco-me naquilo que quero partilhar.  Este "querer partilhar" não é baseado em desejo - é simplesmente um partilhar daquilo que é necessário saber-se. Curiosamente, neste artigo vou falar sobre o desejo que tem sido implementado nos nossos cérebros, mentes e corpos, tal e qual um chip que reage a emoções. Muita desta informação é partilhada em documentários e artigos que eu recomendo investigar-se. Um deles chama-se The Century of Self e explica claramento como é que nós, cidadãos/humanidade temos sido tomados como estúpidos. Estas são palavras do famoso Edward Berneys, sobrinho de Segmund Freud, que aplicou os vários estudos do comportamento das massas nas correntes do consumismo e do mercado livre. Podemos dizer que as gerações antes da nossa foram acorrentados por tal deslumbramento que até hoje nós próprios mantemos certos comportamento irracionais ligados ao consumismo.

Quantos de nós não sente uma energia miudinha quando tudo parece que está "no lugar certo" e se tem um vaipe para fazer compras?

Ou, por outro lado, quando tudo parece estar a desabar, um belo chocolate traz miraculosamente uma estabilidade de infância?

E ainda, sabes de onde e como é que as mulheres começaram a fumar e porquê?

Todos estes fenómenos sociais são explicados e demonstrados neste documentário através de imagens da época alta dos anos 20-30 do século XX. Eu pergunto-me, que Self é este? Será que realmente NÓS somos máquinas de felicidade? Tudo depende daquilo que permitimos e aceitamos ser e fazer. A grande revolução daquela altura foi uma mudança nos hábitos de comportamento através do apelo aos sentimentos e emoções - que tem o nome de lavagem cerebral - num momento em que o desejo tomou conta da necessidade. Esta foi a resposta à pergunta de Edward Bernays sobre como incentivar a produção e consumo em tempo de paz.

Esta manipulação é assustadoramente real - basta ver-se as reações que se manifestam em estádios de futebol ou em comícios políticos, em que a mente de uns quantos comando a vontade da maioria. Enquanto uns se entretêm com emoções, outros enchem os bolsos aos milhões em apostas e investimentos...

Quem dita as regras do socialmente aceite? Vejamos: durante o movimento das sufragettes conseguiu passar-se a vender cigarros a um novo público alvo: as mulheres. Como? Promoveu-se a ideia que um cigarro na boca era sinal de emancipação sob os homens (elemento fálico do cigarro) e que daria poder às mulheres. Mas será que foi realmente este benevolente acto de compaixão e igualdade para com as mulheres que incentivou tanta publicidade? Obviamente que não! Como foi dito pelo Presidente da American Tobacco company, havia potencial no mercado feminino e a sua exploração era como "abrir-se uma mina de ouro no quintal da frente" (It will be like opening a gold mine right in our front yard.”, George Washington, 1928). Ou seja, foi uma encenação com sucesso - juntou-se a conotação emocional da "guerra dos sexos", Edward Bernays pagou às mulheres para percorrem as ruas com cigarro na boca, contratou fotógrafos para capturarem boas imagens, intitulou o evento como as "tochas da liberdade" e distribuiu as noticias nos canais onde tinha influencia.

Assim se criou a ideia de desejo em nome de uma liberdade vendida, sem se ver qual era o grande esquema de controlo a segurar as marionetas. Mais uma vez,  tudo depende daquilo que permitimos e aceitamos ser e fazer. Seremos a mente estúpida em que não se pode confiar, ou somos a decisão de mudar o rumo da História em por uma humanidade verdadeiramente livre da corrupção mental e financeira?

A continuar...


DIA 163: Entretida com as desonestidades dos outros...

sexta-feira, janeiro 25, 2013 0 Comments A+ a-


Aquilo que julgo nos outros é um espelho daquilo que eu julgo em mim.
Este estado de "cansaço de ver e ser padrões" é um indicador de instabilidade própria que eu mesma estou a criar em mim.

  • Porque é que me afecto com os padrões que eu vejo nas pessoas à minha volta?
  • Porque é que eu procuro ver soluções para os padrões dos outros e não para os meus?
  • Porque é que a minha estabilidade de auto-direção e a minha aplicação não são uma constate?

Ainda dou por mim a acreditar neste jogo da mente e a sentir vergonha "do outro", quando em honestidade própria apercebo-me que é de mim que tenho vergonha, que é a imagem de mim que julgo, e que é assim que me estou a massacrar e a criar separação.  No meio da informação constante e da agitação de um dia-a-dia citadino acabo por muitas vezes me distrair do meu processo e passo para o lado da mente, que funciona como um olho que tudo quer saber e que tudo julga! A outra coisa que me tenho apercebido é que eu crio separação com as pessoas à minha volta porque existo em separação comigo própria, a começar pelos julgamentos próprios, pelas ideias que projecto nos outros, pela minha ideia de como as coisas devem ser e pela imagem que eu desejo projectar para os outros.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser afectada e influenciada pelos padrões que eu vejo à minha volta e acabar por comprometer a minha vida ao querer intervir e resolver o problema do outro.

 Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que ocupar-me com os pontos dos outros é uma forma de não olhar para mim e portanto manter-me entretida com a vida dos outros, enquanto que aquilo que eu posso e devo mudar (- eu!) não o faço.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido focar-me nos meus padrões da mesma maneira que analiso e vejo os padrões nos outros.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver a solução para os meus padrões e permitir-me Ser essa solução, ao direcionar-me em honestidade própria e realmente aplicar-me a mudar os padrões em mim a cada momento.
  
Eu comprometo-me a dedicar a minha atenção a resolver os padrões em que eu tenho participado. Por experiência própria (e ao ver o estado do mundo) eu apercebo-me que estes padrões não são o melhor para mim e não me permitem ser/criar-me em estabilidade.

Eu dedico-me a escrever, a analisar e a questionar-me sobre cada ponto que identifico como desonesto, e comprometo-me a aplicar as minhas realizações na prática. Quando e assim que eu vejo um padrão a manifestar-se na minha realidade, eu páro e respiro. Nesse momento, eu apercebo-me que tenho as "ferramentas" para me direcionar e não me permitir ser dis-traida pela mente.

Quando e assim que eu me vejo entretida a pensar nos padrões das outras pessoas, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que se eu vejo o padrão é porque esse mesmo padrão existe em mim! Logo, eu dedico-me a analisar e a ver onde é que eu estou a participar nessa personalidade e ajudo-me a ver como é que eu posso mudar esse ponto em mim de modo a tornar-me numa melhor versão de mim própria.

Realizo também que a melhor maneira (ou a única) de ajudar os outros é a ser a mudança e a viver como um exemplo de VIDA (honestidade própria) para mim mesma no meu dia-a-dia. Vejo também que para me mudar tenho primeiro de saber aquilo que tenho de mudar - para isso, parar e respirar é uma ótima ajuda para parar o rodopio da mente e dar-me espaço para ver aquilo que eu estou a fazer a mim própria. Estar ciente do meu processo, estar ciente das minhas desonestidades próprias e estar ciente da minha mente é essencial para perceber aquilo e COMO é que eu posso mudar.
A honestidade própria  é trabalhada e praticada. Quanto mais eu escrevo, quando mais eu leio sobrehonestidade própria e quanto mais eu me dedico ao processo, mais fácil é direcionar-me, expandir-me e muDar-me.


Ilustração: “When Can I Just Relax” – An Artists Journey To Life: Day 228
http://anartistsjourneytolife.wordpress.com/2012/12/29/when-can-i-just-relax-an-artists-journey-to-life-day-228/


DIA 162: A mudança é uma atitude física, hurrey!

terça-feira, janeiro 22, 2013 0 Comments A+ a-


Hoje tive um daqueles momentos em que tomei e vivi a decisão física de mudar um padrão for real. Ao mesmo tempo, o facto de estar a escrever este blog hoje é um sinal de direção própria e de viver o compromisso de recomeçar a cada momento aqui - parar, dar tempo a mim própria e escrever, mesmo quando tenho a casa cheia!
Em relação ao primeiro ponto, não lhe posso chamar um momento de "sucesso" porque este é um processo no qual a eficácia se baseia na minha consistência, no entanto, foi um indicador que vale a pena investigar um ponto em mim e dar-me a oportunidade de "tirar o hábito". Comecei o dia a escrever - primeiro sobre a camada mais superficial de pensamentos e, ao "escavar" mais fundo, fui parar a uma série de realizações - a escrita tornou-se fluente e o perdão próprio foi óbvio. Nesse momento apercebi-me que o meu processo é incondicional ao lugar onde eu estou, àquilo que eu faço ou com quem eu estou. O mais curioso é que ao escrever sobre os pontos que me estavam a ocupar a mente esta manhã, outros pontos vieram ao de cima, como se os tivesse desbloqueado e me permitido tomar responsabilidade pela minha mudança.

A mudança de atitude foi óbvia e apercebi-me do meu poder de criar/mudar a minha realidade. Não vou referir aqui qual foi a ação específica porque trata-se de um padrão - o padrão da zona de conforto. Aquilo que eu vejo ter sido essencial para ver a solução foi o facto de ter desacelerado a mente e ter-me dado o benefício da dúvida de agir de maneira diferente daquela que tenho agido até agora. Não houve um desejo energético, mas foi antes o meu movimento físico (caminhar passo a passo) a criar as condições para que a ação se realizasse, em vez de pensar sobre o assunto!

Apercebo-me que é neste estado de cientização que me quero permitir estar e ser - ciente da mente, mas fora da mente. Um e igual com o meu processo, um e igual com o mundo e pessoas à minha volta, um e igual com o meu corpo e movimento físico, em plena direção própria.
Partilho neste blog partes da minha escrita matinal que foram extremamente reveladores e que serviram de plataforma para passar à ação física.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar na resistência que surge enquanto eu escrevo, baseada na ideia de "isto não é relevante", quando afinal eu estou a escrever para mim e só eu sei o que se passa na minha mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido evitar questionar-me sobre aquilo que eu penso, sobre aquilo que eu digo, sobre a maneira como eu falo, sobre a minha tonalidade, sobre o Porquê de reagir a certas coisas ou a certas pessoas.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar o papel de apreciar "os outros" sem ver que sou eu quem está a alimentar estes papéis em total interesse-próprio porque estou a usar a ideia que "tenho de agradar os outros" como uma capa e justificação que me mantém presa ao ao medo de mudar. Por trás do medo de mudar, vejo que está o medo de sair da zona de conforto/defesa porque isso implica sair da personalidade de medo.

Apercebo-me que a minha honestidade própria é ser honesta com os outros, e que a minha desonestidade própria é ser desonesta com os outros. Nisto, eu apercebo-me que tudo aquilo que se passa à minha volta é um indicador daquilo que eu Eu permito e aceito ser cúmplice, quer sejam as relações, reações, frustações, sistemas da sociedade, etc. e que a mudança da realidade à minha volta depende da mudança da minha relação comigo e com as coisas à minha volta.

Quando e assim que eu me vejo a entrar nas imagens e pensamentos de antecipação da minha mente, eu páro e respiro.
Quando e assim que eu me vejo a acreditar nas emoções que eu sinto, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que depende sempre de mim criar a minha estabilidade e para isso Parar o programa automático da mente. Eu apercebo-me que em direção própria eu sou muito mais do que a minha mente - eu apercebo-me de coisas que não eram visíveis antes e que sou capaz de transcender a sensação de vitima e impotência.

Quando e assim que eu me vejo a ter resistência para aplicar aquilo que eu realizo, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estou a sabotar a minha própria vida porque a informação está aqui e eu estou a evitar aplicá-la na minha Vida! Não é este um padrão familiar no nosso mundo, em que sabemos aquilo que tem de ser feito mas continuamos a brincar às personagens e a viver papéis para encaixar na sociedade?


DIA 161: QUESTIONAR, QUESTIONAR-ME, QUESTIONARMOS!

segunda-feira, janeiro 21, 2013 0 Comments A+ a-


Há quando tempo é que eu não me questionava: "Como é que eu estou?". Parece uma pergunta óbvia, mas a verdade é que não criei esta relação de total cooperação comigo própria, na qual daria tempo a mim própria para me acalmar e restabelecer-me neste momento. E afinal é tão claro para mim que me estou a evitar - e acabo por evitar abrir-me com os outros em total honestidade própria e a ser simples no meu approach. Em vez disso, acabo por trazer à conversa assuntos triviais, conversa fiada, exemplos de sucesso no meu processo que possam compensar os menos eficazes. Não é ridículo? Eu a fugir de mim própria - eu a perder-me de mim própria - eu a procurar-me nos outros através das comparações e julgamentos, quando afinal de contas todas estas máscaras são para tirar. Como é cansativo transportar estas personalidades de um lado para o outro! Habituei-me tanto a elas que nem comigo me tenho permitido ser incondicionalmente honesta - parar, acalmar, respirar e entregar-me, quer seja a escrever, ou a questionar-me, ou a perdoar em voz alta. E estou a carregar estas personalidades por quem? E porquê? Tem sido bem mais fácil culpar a "sociedade", ou as "influências" ou o "passado" mas no entanto, agora está tudo invertido e a resposta está em mim - tenho sido a única responsável por permitir e aceitar usar máscaras e esforçar-me por encaixar cenários de perfeição da mente (minha e dos outros) só para acreditar que está tudo bem, sem ver que com tal esforço eu estou a abusar o meu corpo com a exaustão de controlar tudo à minha volta. Se eu tomar conta de mim, o mundo à minha volta será um espelho de honestidade própria.
Apercebo-me então que no processo de Vida, ou cuido de mim como Vida, ou então estou a descuidar-me da Vida que eu sou. Ao falhar a minha parte, acabo por querer auto-compensar-me ao dar-me aos outros, como se o acto de manter os outros satisfeitos fosse curar a minha insatisfação...

Sintoma 1 a ter em atenção esta semana: O momento em que me disperso e estou literalmente a tentar chegar a todo o lado menos a mim própria, a falar mais rápido ou a ler mais rápido do que aquilo que eu realmente consigo compreender,  e lançar pontos para o ar à espera que estes se abram por magia, em vez de me dar direção com planos de ação para analisar um ponto de cada vez; O momento em que eu acredito nas imagens de perfeição em que estou a agradar os outros, em vez de realmente me questionar sobre aquilo que é o melhor para todos naquele momento e agir de acordo com o senso comum, não com base em imagens de suposta perfeição que nunca corresponde àquilo que realmente acontece.

E tu, já te questionaste hoje como estás em termos gerais neste momento da tua Vida?


Ilustração de Andrew Gable

DIA 160: "E no final do dia parece que não fiz nada..."

sábado, janeiro 19, 2013 0 Comments A+ a-


Ao passar tempo na mente,  eu estou a "viver" o tempo da mente e a desprezar o tempo físico. No final do dia parece que não fiz nada, porque todos os planos ficaram na mente e não vivi a decisão. Apercebo-me então que a decisão de parar a mente ainda não foi tomada, ainda não escrevi sobre o ponto e ainda não decidi viver as palavras. No entanto, a sensação de que não fiz nada é uma sabotagem e uma espécie de queixa pessoal, em vez de perceber que este é um padrão a analisar e a corrigir - and that's the fun bit of this process!
As seguintes frases de auto-correção vêm no seguimento do Perdão próprio em Dia 159: Estar na Lua? Ou tempo passado na mente?


Quando e assim que eu me vejo a fazer altos planos na minha mente, eu páro e respiro.
Quando eassim que eu me vejo a criar/seguir as imagens de mim a fazer coisas, eu páro e respiro.
Quando e assim que eu me vejo a ter conversas na minha mente, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas conversas mostram-me quem eu me tenho permitido ser até agora - personalidades, medos, ideias, crenças, esperanças - e que nada disto sou realmente Eu, aqui, um e igual ao meu corpo em unidade e igualdade com a realidade física. Nisto, eu comprometo-me a confiar na minha respiração e na minha capacidade de parar a mente, porque a mente não é quem eu realmente sou como VIDA. Nisto, eu tomo direção e FAÇO aquilo que tenho a fazer!

Eu comprometo-me a focar-me no físico e a viver a decisão de criar as ações no físico e não na mente. Eu literalmente levanto-me e tomo direção de viver a decisão que eu tomei em mim, ciente do meu corpo e dos passos que dou para completar a ação.

Quando e assim que eu me vejo a permitir e aceitar separar-me do meu corpo de cada vez que navego na mente, eu páro e respiro. De volta ao físico, eu dedico-me então a ver qual a melhor maneira de começar a agir.

Quando e assim que eu me vejo a participar na frustração do tempo porque o tempo físico que as coisas levam não corresponde ao tempo que eu imaginei na mente, eu páro e respiro. Eu realizo que o tempo da mente não é um indicador de tempo físico e que não tem em consideração todas as ações físicas que eu realmente tenho de fazer para completar a minha ação aqui. Por isso, em vez de me permitir sentir frustrada, eu páro esta sabotagem da mente e dedico-me às minhas ações no físico de modo a ser eficaz e a criar o melhor de mim com o tempo que eu tenho.

Eu comprometo-me a auto-ajudar-me com a respiração de modo a estar ciente de mim, a estar estável no meu corpo e a estar ciente de tudo o que se passa à minha volta. Ao parar a minha participação nas imagens/ideias da mente, eu apercebo-me que estou a fazer aquilo que é o melhor para mim porque me estou a permitir agir livre-da-mente, ver as coisas em senso comum e a agir um e igual com a vida que eu/todos somos.

Quando e assim que eu me vejo a julgar-me por ter perdido o dia na mente, eu páro e respiro. Em honestidade própria eu permito-me ver se esta é uma sabotagem da mente ou se realmente passei o dia em planos da mente. Nesse caso, eu comprometo-me a direcionar-me e a recomeçar a cada momento, a cada respiração - eu não me permitido manipular o meu futuro com base no passado - eu crio o momento agora. Se, pelo contrário, esta é uma sabotagem da mente em que eu penso que o dia foi inútil quando na realidade houve pontos importantes que eu realizei, eu páro, respiro e ajudo-me a ver que a mudança não surge em pensamentos da mente - a Mudança é física e, portanto, tenho agora a responsabilidade de aplicar na prática os pontos que eu realizei/trabalhei em mim e aperfeiçoar-me.

Eu ajudo-me a parar a acumulação de planos na minha mente - para isso, dedico-me a tomar notas no papel, ou simplesmente dizer o perdão-próprio no momento, e parar a mente - Respiro e dou-me direção no momento seguinte de modo a parar o padrão de acumulação e da passividade.

Quando e assim que eu me vejo a participar na energia da ansiedade que surge ao ver  que tenho pouco tempo para tudo aquilo que eu planeei fazer, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a parar as ideias da mente sobre o tempo que as coisas levam e ajudo-me a ser realista e a estar ciente do tempo físico que eu realmente levo a fazer as coisas. Ao mesmo tempo, dou-me a oportunidade de me focar na minha ação e a parar de desperdiçar tempo entretida nas dúvidas/ilusões da mente. Dedico-me a estar um e igual com o meu corpo, logo, um e igual com o tempo físico que as minha ações físicas requerem e dedico-me a ser honesta comigo própria quando faço o plano das minhas ações diárias.


DIA 159: Estar na lua? Ou tempo passado na mente?

domingo, janeiro 06, 2013 0 Comments A+ a-


Tenho-me apercebido que grande parte do tempo que eu levo a fazer as coisas é desperdiçado na mente. Isto lembra-me a música dos Xutos e Pontapés chuva dissolvente "O que foi feito de TI!, O que foi feito de TI ! Já me lembrei, já me esqueciiii"... E assim se passam os momentos, as horas, os dias, os anos... Vividos na mente esquecendo o físico.
Provavelmente esta sensação de "estar na lua" é familiar a muitos de nós, porque todos temos uma mente com que nos preocupar que nos tira desta realidade física.
Este tem sido um dos pontos que eu tenho trabalhado esta semana, ou seja, estar ciente dos meus passos e das minhas conversas na mente enquanto faço uma coisa - quantas vezes eu penso em fazer uma coisa e quando dou por mim estou a fazer outra? Ou então decido fazer uma coisa e depois penso que para essa ser feita tenho de fazer outra antes, e assim sucessivamente, numa continua acumulação de planos que não passam da mente.
Uma coisa que me tem ajudado é parar, respirar e ver aquilo que estou a fazer. Se reparo já estar presa nesta cadeia de pensamentos, dou-me a oportunidade de recomeçar, desta vez numa ação física e não meramente na mente. Viver ações na mente é uma mentira, por isso é uma perda de tempo - tal e qual é uma perda de tempo inventar desculpas para cobrir algo que é simples de fazer - ver a situação em senso comum, ser honesta comigo própria e agir para corrigir a minha realidade.
Às vezes tenho esta sem(s)ação quando vejo filmes, como se estivesse a viver a vida das personagens na minha mente e a partilhar os medos, preocupações, ansiedades - na realidade, eu estou sentada no sofá ou no cinema, mas a minha mente anda por aí...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que as ações que eu imagino dentro da minha mente são reais e que são uma espécie de sinal que eu tenho de seguir.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a mente me "está a dizer qualquer coisa" ou que a conversa da mente é uma conversa de Deus!

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que as conversas da mente são um reflexo dos medos que eu tenho de resolver em mim e que não vão "passar" com o tempo - tenho de ser eu a lidar com as ideias/medos que eu criei para mim própria e a garantir que não participo nestas ideias/medos.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido limitar a minha expressão física com medo que as conversas da mente passassem para a realidade, em vez de perceber a origem das conversas da mente e PARAR de fomentar tais conversas. 

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido dedicar-me a criar a minha realidade física livre-da-mente, a viver em senso comum, a viver aquilo que é melhor para mim e a auto-ajudar-me a expressar-me livremente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ignorar o meu corpo físico, ignorar a minha realidade física e ignorar as pessoas à minha volta de cada vez que me permito navegar (enterrar) na mente, mentindo a mim própria porque não estou físicamente presente um e igual ao meu corpo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido separar-me da vida que eu (corpo) sou.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que a mente/os medos/as ideias me destroem quando afinal sou eu a responsável pela minha criação e por aquilo que eu permito e aceito, a começar por aquilo que eu permito e aceito na minha mente!

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar a conversa da mente que surge quando eu faço alguma coisa - apercebo-me que qualquer coisa para além da minha presença física é uma distração daquilo que eu estou a fazer e, portanto, uma distração de mim própria.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que sou obrigada a seguir a conversa da mente como se fosse algo que "mandasse" em mim ou como um cockpit que desse ordens ao meu corpo. Nisto, eu apercebo-me que Eu sou um e igual ao meu corpo - eu sou o meu corpo! - eu dou-me direção!

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no medo de "me perder", "de desperdiçar a minha vida", de "desgastar o meu corpo", de envelhecer", sem me aperceber que é exactamente nesta distração da mente que eu me perco de mim mesma e desperdiço o meu tempo/existência física e desleixo o meu corpo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido absorver as mentes que eu vejo nos filmes em vez de me permitir estar estável e, no momento em que eu vejo que há um ponto que criou algum tipo de ansiedade em mim, perceber que é um ponto que eu tenho de mudar em mim e viver a decisão de realmente mudar.

DIA 158: Dar prioridade à vida que sou

sábado, janeiro 05, 2013 0 Comments A+ a-


"Passamos mais tempo a pensar naquilo que os outros pensam em vez de vermos aquilo que nós próprios pensamos", excerto da entrevista Life Review sobre as prioridades da nossa vida.

Como dar direção aos julgamentos que pairam na minha mente? Apercebo-me que há um leque de julgamentos próprios que eu teimo em acreditar serem eu - vejo que estes pensamentos mostram aquilo que eu tenho permitido e aceite como sendo eu, mas que até agora não me têm ajudado - antes pelo contrário, as coisas só se complicam e acumulam. Até eu parar. E hoje decidi questionar-me, dar-me esta oportunidade de dar direção aos pensamentos e aperceber-me que não me posso permitir desperdiçar o meu tempo a "reviver" padrões da mente. Eu tenho-me a mim aqui e sou responsável por ser eu aqui como Vida, na prática - Parar a mente, respirar e enfrentar qualquer resistência a mudar-me.

Mas quem é que afinal eu sou sem estes julgamentos? Quem é que eu sou sem as relações que eu tenho estabelecido comigo e com as coisas à minha volta? Como é que eu tenho existido sob tal influência da mente sem me aperceber que me tenho limitado a mim própria?

Estou a aprender a ajudar-me neste processo. O mais interessante de tudo é ver que eu sou capaz de andar através deste processo de auto-conhecimento e de enfrentar a minha mente por mim. Até agora tenho feito exactamente o contrário: tenho passado a maior parte do meu tempo nas relações da mente, nas preocupações da mente e nos desejos da mente. Ou seja, as relações que eu criei com as pessoas e eventos à minha volta são um reflexo da relação que eu criei comigo própria, um e igual, por dentro e por fora. Em vez de dar prioridade à vida em mim/nos outros, tenho dado prioridade à minha mente e à mente dos outros. Nisto apercebo-me do desperdício de tempo e da falta de respeito-próprio quando eu acredito mais na mente do que em mim aqui, e esta desigualdade é desonesta comigo enquanto vida. 
Curiosamente, até há pouco tempo julgava que cuidar de mim era um acto egoísta, no entanto vejo que afinal manter-me nos padrões de pensamentos/comportamento é baseado em total interesse-próprio, porque é baseado em medo, em conforto mental e na crença que é um destino/personalidade que me foi "dado". Agora percebo o que se quer dizer com o "until this is dONE" ou seja, vou caminhar este processo até resolver em mim cada um dos pontos/preocupações/padrões que eu permiti tornar-me, até eu tornar-me um e igual com a Vida que  (potencialmente) sou.



DIA 157: Soluções práticas para gerir o meu tempo e dar-me direção a cada ação

sexta-feira, janeiro 04, 2013 0 Comments A+ a-


Após ter escrito em honestidade própria sobre os pontos que até agora eu tenho repetido como hábitos da mente, tornou-se claro para mim que preciso de ser/criar a solução para cada um deles.

Quando e assim que eu me vejo a pensar que preciso de fazer uma coisa e pensar para mim própria "faço mais tarde", eu páro e respiro. Em vez de simplesmente descartar esta ação para a noite (como se tivesse todo o tempo do mundo), eu tomo nota da ação para que não me esqueça de a fazer. Tenho assim uma nota física que me relembre dessa tarefa assim que houver um momento livre do meu dia, sem arriscar que esta fique perdida nos "desejos da mente".

Quando e assim que eu me vejo a pensar que "farei algo enquanto faço outra coisa", eu páro e respiro. Eu apercebo-me que eu faço uma ação enquanto Respiro, e que faço a outra tarefa enquanto Respiro - qualquer coisa mais do que isto será double booking e querer fazer coisas distraída de mim própria.

Eu comprometo-me a parar o hábito de pensar e imaginar-me a fazer uma coisa enquanto na realidade estou a fazer outra. Em vez disso, eu começo a planear cada uma das minhas ações antecipadamente, ciente que a minha eficácia é o resultado de todo o processo de planeamento. Apercebo-me que posso dedicar este plano de ação em tudo aquilo que eu faço, desde as tarefas da casa, ao trabalho ou até mesmo um jantar com amigos.

A outra coisa que eu também me dedico fazer é a trazer o futuro para o momento em que me encontro e perguntar-me: "o que é que eu preciso para que esta ação seja completada; o que eu que eu preciso de preparar com antecedência para que nada falte; o que é que posso fazer já para facilitar o momento da ação?"

Quando e assim que eu me vejo a pensar fazer duas coisas ao mesmo tempo, eu páro, respiro e vejo se, em honestidade própria e de acordo com o tempo que eu tenho disponível, é realmente possível ou se estou a tentar agradar a outra pessoa.

Quando e assim que eu me vejo a desejar agradar o outro quando penso em largar tudo para fazer a ação que me é pedida, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que cada uma das minhas tarefas e daquelas que eu adoptei dos outros têm igual relevância e que, portanto, não é justo largar tudo num impulso para agradar uma personalidade. Em vez disso, eu dou-me algum tempo para analisar a urgência do pedido (ou seja, a urgência do tempo que a tarefa necessidade ser completada) e a partir daqui tomo a decisão de a fazer imediatamente ou de a agendar tendo em consideração todas as outras tarefas que eu já tinha adoptado e planeado fazer.

Eu comprometo-me a assimilar cada compromisso como uma prioridade individual, sendo que cada uma requer igual atenção e dedicação da minha parte. Sendo assim, apercebo-me que no momento em que eu aceito uma tarefa, eu comprometo-me a adoptar a ação como sendo minha e a inclui-la na minha lista de tarefas e no cálculo do tempo que eu tenho disponível.

Quando e assim que eu me vejo a dizer que as coisas levam 15 minutos quando na realidade levam 30 minutos, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estou a evitar ser realista para não decepcionar o outro, quando na realidade estou ser desonesta em nome do interesse próprio só para evitar o conflito. Em honestidade própria eu vejo que qualquer reação que o outro tenha sobre o tempo que as coisas levam é da responsabilidade dele. Foco-me portanto em ser honesta comigo própria e com o outro em relação ao tempo que as coisas levam realmente a fazer. 


DIA 156: Problemas na minha gestão do tempo

quinta-feira, janeiro 03, 2013 0 Comments A+ a-


Apercebo-me agora daquela sensação de "estar fora de mim" quando dou por mim separada daquilo que eu estou a fazer. Um exemplo comum do meu dia-a-dia é o chamado "double booking", em que acabo por planear fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo e acreditar que é possível estar com a mesma atenção a todas. Por experiência própria, esta é uma sabotagem que se manifesta na minha participação física de acumulação de coisas e do stress de ver o tempo a passar - na minha mente imagino-me a fazer uma coisa de cada vez, mas a tendência é começar a tarefa numero 1, enquanto espero por alguma coisa começo a tarefa 2 e entretanto estou já a pensar na tarefa 3. O resultado tem sido: torradas queimadas, ou esquecer-me de um detalhe, ou até mesmo esquecer-me de cumprir um horário combinado. Ainda na mente, tenho a tendência de culpar a realidade à minha volta, como se a culpa fosse das pessoas envolvidas nas tarefas, quando afinal fui que eu quem aceitei ser responsável e ajudar. Em honestidade própria, apercebo-me que é da minha responsabilidade gerir as diferentes tarefas e ser honesta com o tempo que eu levo a fazer as coisas, cooperar comigo própria (em nome da minha estabilidade e sanidade mental!) e estabelecer uma clara comunicação com os outros.
Antes de me lançar a delinear soluções e ser levada pelo entusiasmo de "isto é fácil de resolver", vou começar por escrever sobre o ponto através do perdão próprio e, à medida que eu escrevo, ver se surgem novos pontos que eu ainda não estava ciente (as maravilhas de se escrever em honestidade própria!)

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido imaginar-me a fazer as coisas que tenho em mente e acreditar que a imagem é real.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido aprender que o tempo quântico da mente não é o tempo físico e que portanto não posso nunca confiar na ideia do tempo que as coisas levam. Em vez disso, apercebo-me que a melhor maneira de realmente ver o tempo que as coisas levam é a fazê-las e usar este exemplo como um guia, embora esteja ciente que tenho de dar tempo a mim própria para me expressar plenamente em tudo o que eu faço.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido subestimar o tempo que as minha tarefas realmente levam e, assim, criar para mim própria a sensação de stress e de desilusão e falhanço.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido viver a decisão de cumprir um horário que eu disse que ia cumprir.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido subestimar o tempo que as coisas levam baseada na ideia que eu criei sobre o tempo que as coisas levam, em vez de simplesmente olhar para o relógio ou ajudar-me com a assistência de um cronómetro ou alarme para garantir que eu faço a minha parte do compromisso.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido dizer que as coisas levam menos tempo só para agradar a outra pessoa e querer exceder as expectativas, sendo que estou a criar a outra polaridade de decepção caso as expectativas não sejam cumpridas.
Aqui vejo que, no momento em que eu aceitei este compromisso devia tê-lo incluído na minha lista de ações e dedicar a minha atenção para viver o compromisso completamente. Em vez disso, apercebo-me que julguei esta tarefa como secundária para fazer "enquanto" completava a outra ação.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar condições em mim, do estilo: "farei x quando acabar y" e, entretanto, acabo a ação y e esqueço-me de fazer x. Nisto apercebo-me que entra aqui o padrão de deixar as coisas pela metade, fruto da minha própria distração e pressa na mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido confiar nas assumpções da mente em vez de estar ciente de cada uma das minhas ações físicas e assim garantir que completo as minhas ações passo a passo, e que só começo a ação seguinte quando estou satisfeita com as anteriores.

Curiosamente, apercebo-me que estes princípios e mudança de padrões podem ser aplicados em tudo aquilo que eu faço, inclusive quando escrevo diariamente, de modo a garantir que escrevo sobre um ponto e que estou satisfeita com a minha dedicação e realizações que surgiram antes de avançar para o próximo ponto. Apercebo-me que a eficácia da minha aplicação está dependente de todo o processo de auto-investigação, realização e vontade em auto-corrigir-me.

DIA 155: Eu mudo e os pontos mudam comigo

quarta-feira, janeiro 02, 2013 0 Comments A+ a-


Ter resistência para olhar para um ponto e escrever sobre isso é um indicaDor de onde está a dor. Porque é que eu não quero visitar este sótão de memórias? De onde vem a dor? A verdade é que enquanto eu não visitar estes pontos e limpar as reações/emoções em mim, irei continuar a transportar este peso comigo.
Ultimamente tenho sido mais proactiva em auto-analisar os pontos que "assaltam" a minha mente. Levo comigo um caderno para onde quer que eu vá e tomo nota de imagens, medos, pensamentos e memórias que aparecem. Faz parte do meu compromisso em ser transparente comigo própria e a não permitir ignorar aquilo que se passa dentro de mim. Quantos mais pontos abro, mais os pontos se desenvolvem e se o ponto está a preocupar a minha mente, sou eu a responsável por me ajudar. Este hábito de escrita começou a ser desenvolvido com o desteniiprocess e agora já faz parte do meu dia-a-dia.

Viver a decisão é do melhor que há - por exemplo, decidir fazer um vlog e ultrapassar os medos de os fazer. A questão não é a ação em si mesma (não demora assim tanto tempo: montar a câmara, respirar fundo e pressionar o botão), mas é todo o reboliço de medos e questões da mente sobre o que vou dizer, sobre os julgamentos que projecto e sobre os medos de me expor. Mas qualquer resistência para falar com o mundo é uma resistência da mente. E porque é que eu quero esconder-me do mundo e dos outros que são um e igual comigo? Este processo de Vida é demasiado importante para ser ignorado; o processo de auto-conhecimento e de auto-suporte faz sentido ser partilhado porque muitos de nós passamos pelo mesmo. Pensar que certas coisas só acontecem comigo é mais uma sabotagem da mente mascarada pela ideia de impotência, inferioridade (ou às vezes a ideia que se é especial) e vitimização.



Tenho recebido mais comentários e mensagens pelo YouTube, o que mostra que os seres humanos estão abertos a partilhar, a ouvir e a apoiarem-se uns aos outros. Um Obrigado por partilharem as vossas questões, medos e comentários. A idade do armário acabou - fazemos todos parte da solução.

http://www.youtube.com/user/JoanaFerreiraAsLife?feature=mhee

Ilustração: The Secret Behind Addictions - http://bit.ly/10a8J5J - By Marlen Vargas Del Razo

DIA 154: O mundo muda quando eu mudo

terça-feira, janeiro 01, 2013 0 Comments A+ a-




Este é o ano de me abraçar a mim própria, de cooperar comigo própria e de parar esta fricção interna  - mais do que nunca vejo que o mundo à minha volta muda quando eu mudo a relação comigo mesma.
Parei e sentei-me a escrever. Às vezes o simples acto de começar a escrever é tão simples, outras parece ser tão complicado e pesado tal como a minha mente. Vou usar o dia de hoje como exemplo e parar a resistência da mente e simplesmente Escrever. Quanto à estrutura (e aqui recomendo ver-se a estrutura deste texto do blog Journey of Heaven), começo por abrir um ponto/a personalidade que tem andado a preOcupar-me e que tenho de ser eu a resolvê-lo, primeiro em mim e depois no meu mundo. Neste momento vi a sabotagem da mente com o pensamento - De que é que eu hei-de escrever? Está aparentemente tudo bem na minha vida. Mas em honestidade própria eu tenho a noção que esta é a ponta do iceberg e que se pudesse passava a maior parte do meu tempo a escrever, a fazer os exercícios de escrita do DIP e a investigar o que se passa em mim e o que se passa no mundo à minha volta.

Ultimamente tenho-me apercebido que a perfeição é ser e fazer as coisas em honestidade própria. Comecei por escrever sobre um evento que aconteceu na minha vida recentemente em que estava de tal maneira obcecada com o resultado final que não me apercebi que, como a palavra indica, o resultado seria fruto do meu empenho e dedicação - dei por mim a apressar a caminhada e acabei por desleixar cada passo, cada etapa daquilo que eu estava a fazer. No final, acabei por apressar e as coisas não correram como eu queria, especialmente porque não estava estável comigo própria e percebi onde eu tinha sido desonesta comigo própria. Nisto, apercebo-me que enganar os outros é relativo, porque o outro pode nem reparar, mas eu sei que me estava a enganar a mim própria porque não criei as condições para a minha estabilidade e para um resultado perfeito.
Em vez de chorar pelo leite derramado, comecei a analisar os pensamentos que ocorriam na minha mente relacionado com o tal evento. Curiosamente, comecei a ver padrões que não eram só de agora - eventos do passado que tinham tido pensamentos semelhantes e com o mesmo ponto de partida de medo. Por isso, não tinha a ver com o outro, ou com o evento em si mesmo, mas com o conjunto de medos e de pensamentos que criam um padrão que até agora tenho justificado como "eu sou sempre assim", "por muito que prepare as coisas há sempre uma coisa que me escapa", "devia ter tomado mais atenção". Por trás desta espécie de arrependimento, vejo o padrão de fazer as coisas parecerem melhor do que elas são -- aquilo que acontece quando se quer vender uma coisa não é?, em vez de ser realista. Ou o padrão de assumir que está tudo bem em vez de realmente garantir que está tudo bem. E ainda o padrão de achar que tudo o que vem de mim não é perfeito.
Para sair deste estado mental, tenho de parar cada pensamento que surge - porque sei que esta telenovela da mente é infinita; por isso eu páro e respiro, e dou direção a estes pontos quando escrevo sobre eles; aplico-me no perdão próprio para me preparar para mudar no futuro; e estabeleço quem eu quero ser e como eu quero agir da próxima vez para não cair na mente outra vez. Este é o meu trabalho de casa, em que eu páro e escrevo em honestidade própria e aberta comigo mesmo, sem vergonha de mim própria, sem me julgar e sem me desvalorizar. Escrevo para mim e por mim, cuido de mim para não deixar que a minha merda afecte os outros. Acima de tudo, vejo que eu não estou de todo dependente da reação ou até mesmo compaixão do outro, porque a desonestidade está em mim e é esta que eu tenho de resolver. Agora ou depois, mas não há volta a dar e o mesmo padrão vai surgir novamente para eu me enfrentar e corrigir, ou cair outra vez porque afinal ainda não me tinha preparado. Criar a estabilidade própria é perguntar-me: perante a minha decisão, sou capaz de estar estável e enfrentar todos aqueles que estão envolvido, sem qualquer arrependimento? Se ainda não estou clara na minha decisão, então terei de trabalhar em mim, perceber a origem da instabilidade, escrever sobre as preocupações, falar em voz alta comigo própria para me ouvir, desabafar com alguém para ter outras perspectivas fora dos limites da minha mente, fazer ajustes à minha decisão, até eu estar 100% clara naquilo que eu estou a fazer.

A partir daqui, não é preciso ter esperança ou estar dependente da reação do outro, porque eu estou 100% estável na minha ação, estou tranquila e firme, e o debate ou discussão não são necessários.
No entanto, a esta altura do campeonato em que estamos a caminhar o processo, há a tendência em ser dura comigo própria, e isto não é necessário. Quando vejo que errei, tomo esta como uma oportunidade para ajustar o meu processo, para mudar a minha atitude e mudar a minha abordagem, aprender a levar as coisas passo a passo, para fazer os possíveis para ser sempre clara comigo própria e ver onde é que eu posso corrigir-me. 

Como me disse a Lindsay Craver, às vezes parece que estamos a 100% mas depois andamos a decisão e vemos que afinal estava só a 30%, por isso é aqui que entra a honestidade-própria pura e dura, para verificar se todos os pontos estão alinhados e tidos em conta - leva tempo a desenvolver e é um processo que tem de ser caminhado em "tempo real".
Nisto, sugiro que se leia o meu artigo sobre "Fazer as coisas pela metade", e apercebo-me que 30% é de facto 0, porque ou é 100% ou é nada, ou respiro ou não respiro, ou é vida ou é morte, ou sou honesta comigo própria ou sou desonesta comigo própria.
Pontos simples de se ver mas extremamente difíceis de serem realmente vividos. É por isso que este processo é de volta ao básico.