DIA 180: Começar pelo que aparenta ser complicado

segunda-feira, fevereiro 25, 2013 0 Comments A+ a-


Tenho-me apercebido desta resistência para fazer certas coisas que à partida me parecem ser complicadas. É genial ver que ao escrever esta frase as próprias palavras dão-me a resposta: neste caso, vejo que me tenho andado a sabotar com base no ponto de partida da complicação. Ao julgar algo como sendo complicado estou a criar separação em relação a isso.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido evitar começar as coisas que eu penso serem mais complicadas ou trabalhosas, quando é exactamente esta ideia/pré-julgamento com a qual eu estou a criar separação em relação à minha ação.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver e realizar que o julgamento da mente funciona como um "peso a mais" que é desnecessário e que faz as coisas parecerem maiores do que são na realidade (em senso comum).

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido evitar ver quando eu estou a resistir fazer algo, em vez de ser honesta comigo própria, enfrentar a resistência (denominada às vezes por preguiça) e ver por mim como eu estava a exagerar na mente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido usar experiências do passado para sabotar a minha própria ação neste momento.

Eu apercebo-me que neste processo de aperfeiçoamento eu dou-me a possibilidade de criar soluções para mim própria e aplicá-las. Para isso, a mente pode servir como referência (daquilo que eu já conheço) mas não como ponto de partida. Por isso, eu dedico-me a auto-investigar em honestidade própria os meus padrões de resistência em relação a certas coisas e a investigar por que é que há certas  resistências que eu não alimentei em mim.

Eu comprometo-me a respirar de cada vez que eu enfrento uma resistência a fazer qualquer coisa que aparentemente é "contra a minha vontade". Eu ajudo-me a perceber as resistências e a andar a solução para mim própria através do perdão próprio e da criação de uma estabilidade dentro de mim.

Eu dedico-me a ver a igualdade entre as diferentes coisas que faço e a começar pelas coisas que me parecem ser mais complicadas de modo a recriar a minha estabilidade em relação a esse ponto. 

A continuar....

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DIA 179: PERGUNTA-TE: Quem é que eu me permito e aceito ser?

segunda-feira, fevereiro 18, 2013 0 Comments A+ a-


Quem é que eu sou em honestidade própria?
Quem é que eu sou sem medo dos outros e sem medo daquilo que pensam ou dizem de mim?
Quem é que eu seu se eu não levar a peito aquilo que dizem ou pensam de mim?
Quem é que eu sou estável nas minhas decisões?
Quem é que eu sou sem a complicação da mente?
Quem é que eu sou sem os auto-julgamentos?
Quem é que eu sou sem o medo de me expressar?
Quem é que eu sou sem a pressão dos outros ou da mente?
Quem é que eu sou se eu não me permitir ser influenciada pelos outros?
Quem é que eu sou se aprender com os bons exemplos?
Quem é que eu sou sem o medo de acidentes?
Quem é que eu sou sem o medo da morte?
Quem é que eu sou sem o medo da dor?
Quem é que eu sou sem as imagens da mente?
Quem é que eu sou sem a imaginação?
Quem é que eu sou sem o medo de engordar?
Quem é que eu sou sem o medo de estar sozinha?
Quem é que eu sou ciente de cada respiração?
Quem é que eu sou sem as memórias da mente?
Quem é que eu sou sem vergonha de mim própria?
Quem é que eu sou sem inveja dos outros?
Quem é que eu sou sem me comparar aos outros?
Quem é que eu sou sem as projeções no futuro?
Quem é que eu sou sem as 'minhas' personalidades?
Quem é que eu sou em total confiança em mim própria?
Quem é que eu sou sem preocupações?
Quem é que eu sou sem me definir pelo passado?
Quem é que eu sou como a solução para mim própria?
Quem é que eu sou sem o ego?
Quem é que eu sou sem a energia da mente?
Quem é que eu sou sem ciúmes?
Quem é que eu sou sem o medo da perda?
Quem é que eu sou sem o medo da ruptura?
Quem é que eu sou sem desejo?
Quem é que eu sou com assertividade?
Quem é que eu sou sem o medo de mudar?
Quem é que eu sou sem o medo de me corrigir?
Quem é que eu sou sem a realidade paralela da mente?
Quem é que eu sou sem desistir antes de começar?
Quem é que eu sou com paciência comigo própria?
Quem é que eu sou sem medo de falhar?
Quem é que eu sou sem stress em mim?
Quem é que eu sou pontual?
Quem é que eu sou em estabilidade própria?
Quem é que eu sou sem desconfiança?
Quem é que eu sou sem a competição?
Quem é que eu sou em senso comum?
Quem é que eu sou a viver o perdão-próprio?
  
Quem é que eu sou um e igual com toda a gente?

Quem é que eu me permito e aceito ser? 


Ilustração: 'Alternate Realities' by Andrew Gable


DIA 178: Álcool - supressões e personalidades à tona do Iceberg...

domingo, fevereiro 17, 2013 0 Comments A+ a-


Este artigo vem no seguimento dos dois artigos sobre a minha decisão de parar de beber.
DIA 177: Sobre o desejo de beber
DIA 176: Pensei em beber após três anos sem álcool...

Esta não foi uma decisão difícil de tomar - simplemente  parei de beber e continuo a viver esta decisão. Às vezes perguntam-me como é que eu consigo não beber, como se fosse a coisa mais normal do mundo abusar o meu corpo e permitir a pressão da sociedade em mim! Aqui no Reino Unido é bastante comum sair-se para beber ao fim do dia e, enquanto falava com uma amiga minha, apercebi-me da pressão que se sente dos colegas (peer pressure ). A meu ver, a pressão que vem dos outros é indiferente desde que não se permita que a pressão passe para nós e que sejamos influenciados pelo que quer que se diga sobre a decisão de não se beber.

Ainda não estamos cientes dos efeitos do álcool e do design da química do álcool. Esta estrutura é explicada neste vídeo que eu recomendo ouvir:




Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de dizer que não bebo álcool quando toda a gente à minha volta bebe álcool.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a pressão dos média, dos amigos ou dos colegas para eu beber é real.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que esta realidade paralela do "eu bezana" é uma distração da minha Vida aqui e uma forma deliberada de me suprimir e limitar o meu potencial de Vida aqui.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que é mais fácil culpar o álcool pelas coisas que se diz ou pelas coisas que se faz, do que se tomar responsabilidade própria por cada palavra e cada ação minha.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar beber para ser mais atraente e interessante para os homens.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido associar o álcool ao sexo e pensar que o "verdadeiro" sexo é baseado na energia da mente!
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ignorar o meu corpo físico quando afinal o sexo e o prazer em honestidade própria são expressões físicas e não energias da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ingerir bebidas que eu nem sequer gostava do sabor mas que queria simplesmente sentir o efeito aluado e flutuante do álcool em mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de tomar decisões definitivas na minha Vida, mesmo quando eu sei que estas são o melhor para mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser masoquista ao repetir os mesmos episódios com as noitadas de álcool na esperança que algo de novo aconteça ou que as personalidades do efeito de álcool decidam coisas por mim que eu depois terei de lidar o resto do tempo em que estou sem o efeito.

Eu questiono-me: porque é que eu desejo estar aluada e a flutuar? O que é que na minha vida eu não estou satisfeita e por isso acredito precisar de um escape de mim própria? Onde é está a minha vontade própria para mudar aquilo com o qual eu não estou satisfeita para me ajudar a criar esta satisfação e plenitude?

Eu apercebo-me que em honestidade própria eu vejo aquilo que eu posso corrigir em mim para o meu próprio bem. Eu apercebo-me também que tenho usado o álcool como uma desculpa para fazer coisas que eu acredito não poder fazer SEM ÁLCOOL!!

Logo, eu apercebo-me que o desejo de ser extrovertida com os outros não é real porque é uma personalidade da mente com base em medo de não se ser aceite. Aquilo que pode ser real é a minha atitude de me expressar com os outros sem medo dos julgamentos da mente. Eu apercebo-me que não preciso do álcool para me libertar dos meus pensamentos, visto que posso tomar a decisão de parar os pensamentos e personalidades, perceber a sua origem e ajudar-me a resolver os problemas da minha mente em total cooperação comigo mesma.

Quando e assim que eu me vejo a pensar que os outros me estão a pressionar para eu beber com eles, eu páro e respiro. Eu realizo que ninguém me pressiona a fazer nada porque sou eu quem decido aquilo que eu faço ou não faço. Nisto, eu comprometo-me a tomar responsabilidade pela minha atitude em relação ao álcool e comprometo-me a parar de culpar a "pressão dos colegas" por qualquer desejo que existe em mim e que eu ainda não resolvi em mim.

Quando e assim que eu me vejo a desejar que o álcool ou outra droga qualquer decidam aquilo que eu deva ou não fazer, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a tomar todas as minhas decisões em plena ciência de mim, a estar um e igual com a decisão, de modo a viver a minha decisão em honestidade própria a cada momento sem hesitações nem dúvidas.

Comprometo-me então a trazer estes pensamentos ao de cima, analisá-los, escrever sobre eles e a dar-me direção para parar estes padrões em mim e a mudar a minha atitude para da próxima vez que enfrentar o mesmo pensamento.
Ao escrever estas frases, tornou-se claro para mim como eu usava o álcool para cobrir personalidades que eu não queria ver em mim e que portanto culpava o álcool como o causador das personalidades. No entanto, em senso comum eu vejo que estas personalidades existem em mim sempre só que não estão ao de cima, tal e qual um iceberg. Ao ingerir bebidas álcoolicas, em vez de dar direção a cada uma dessas personalidades que surgem, eu continuo a ver estas personalidades como separadas de mim - por isso beber álcool nunca será uma ajuda no meu processo.
Ao escrever apercebo-me que me permitido trazer pontos ao de cima que até agora estavam submersos e que realmente os vejo, mesmo à minha frente nas palavras que escrevo e que em honestidade própria não me posso ignorar.



DIA 177: Sobre o desejo de beber

sábado, fevereiro 16, 2013 0 Comments A+ a-




Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que beber álcool não tem a ver com ser certo ou errado, mas tem a ver com o facto do efeito do álcool na mente e no corpo humano suprimir a essência da vida e limitar a minha expansão.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que beber é normal só porque a maioria das pessoas que eu conheço bebe - apercebo-me que esta é uma influência do ambiente/cultura em que eu nasci mas que fui eu quem me permitir ser influenciada por isso.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de fazer as coisas diferentes daquilo que é supostamente a norma no ambiente à minha volta, em vez de decidir por mim aquilo que é o melhor para mim e aquilo que não é o melhor para mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que ficar bezana me faz sentir mais do que quem eu sou sem o efeito de álcool.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a extroversão da minha mente sob o efeito de álcool é real.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido anular a minha direção sob o efeito de álcool no meu corpo em demasia, sem ver que quanto mais eu bebo mais eu amplifico a mente e suprimo o meu Ser.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver e perceber os interesses que existem por trás da publicidade para se consumir álcool, porque isso desempodera as pessoas, separa-nos da nossa vontade própria e nos mantém entretidas nos altos e baixos da mente.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que o  álcool cria sistemas nos seres humanos e que estes sistemas não representam a Vida que realmente somos.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que eu era honesta na minha conversa com os outros quando estava bezana, em vez de ver que não estava a ser honesta comigo própria (com a Vida que eu Sou).

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar tirar as preocupações de cima de mim com a ajuda de álcool e acreditar que magicamente isso fosse resolver as minhas preocupações.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido manipular as minhas memórias de modo a pensar que tudo era tranquilo nos momentos de embriaguez, quando afinal estas memórias escondem momentos de agonia, de confusão, de má disposição matinal e de impotência motora.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar e até desejar que o álcool me trouxesse "a luz" para os meus problemas, sem ver que com isto eu estava a suprimir-me ainda mais e a não me permitir ver e ser a solução real e a longo prazo para os meus problemas.

Eu apercebo-me que a instabilidade que o excesso de álcool ou qualquer traço de álcool me dá não é o melhor para mim. Visto que aquilo que eu quero é empenhar-me em auto-ajudar-me a resolver os meus problemas da minha mente, o efeito supressivo e superficial do álcool não me ajuda de todo no meu processo, antes pelo contrário, o álcool alimenta os padrões da mente.
Quando e assim que eu me vejo a lembrar os momentos de diversão e festa em que eu estava sob o efeito de álcool, eu páro as imagens e respiro. Estou ciente que qualquer ideia, imagem ou associação que surgem da mente são feitas de energia que manipula a minha presença no momento presente. Por isso, comprometo-me a respirar, a permitir-me estar estável no presente e a desvendar os padrões que existem em mim e que a mente me está a mostrar.
Comprometo-me então a escrever sobre os padrões de comportamento e pensamento que visualizo na mente e dedico-me a fazer as pazes comigo própria através do perdão próprio e a restabelecer a minha relação comigo própria.

Eu comprometo-me a restabelecer a minha confiança na decisão de não adoptar influências nem personalidades que não são o melhor para mim. Quando e assim que eu me vejo a pensar que eu ou os outros somos superiores sob o efeito de álcool, eu páro a mente e respiro. Apercebo-me que qualquer julgamento da mente não é real e que é uma distração para não ver a igualdade e unidade entre todos nós.

Ao mesmo tempo, comprometo-me a viver a decisão definitiva de não usar o álcool com o intuito de ficar bêbeda. Em vez disso, quando e assim que eu me vejo a pensar na possibilidade de beber, eu páro, respiro e ajudo-me a ver o que está por trás deste desejo e ajudo-me a ver como é que eu posso mudar o meu dia-a-dia para não criar desejos separados de mim.

Por exemplo no emprego, eu comprometo-me a ter calma comigo própria e a não criar pressão no meu dia-a-dia. Para isso, ajudo-me a planear as várias tarefas realisticamente e a ser honesta com o tempo que as coisas levam a fazer. Em vez de querer parecer aos olhos dos outros mais organizada do que aquilo que eu estou a ser, eu dedico-me a ver a pressão que EU estou a criar para mim própria. Nisto, quando vejo que a mente está a ir demasiado depressa, eu ajudo-me manter o plano e a ser consistente na minha organização e a comunicar aos outros quando não irei conseguir cumprir o plano.

Eu comprometo-me a investigar as supressões sexuais que se manifestaram da última vez que bebi, em vez de levar a peito quaisquer desses desejos e imagens da mente. Por exemplo na minha relação com os homens, eu dedico-me a investigar os desejos de uma imagem de perfeição física ou os desejos de afecto. 
Apercebo-me que passei a ver o afecto/conforto como algo que me é dado por alguém (um homem) em vez de me dar afecto e criar o meu conforto e confiança em mim incondicionalmente, sozinha ou acompanhada. Por isso, eu comprometo-me a ver as situações eu não me estou a dar afecto e, nos momentos em que surge o desejo de ter alguém a dar-me esse afecto, eu páro esta separação e respiro. Dedico-me então a cooperar comigo própria, a ter paciência comigo  e a dedicar tempo para as minhas coisas que requerem a minha atenção/afecto e dedico-me a cuidar do meu corpo.

Apercebo-me que se trata de aplicar o princípio de auto-compaixão: Dar-me a mim própria o relaxamento que desejo que os outros (ou o álcool) me dêem. 


DIA 176: Pensei em beber após três anos sem álcool

sexta-feira, fevereiro 15, 2013 0 Comments A+ a-


Enquanto caminhava para casa dei por mim a pensar na sensação de descontração que eu tinha quando bebia bebidas alcoólicas. Não foi por acaso que esta ideia surgiu - apercebo-me que funcionou como um escape à exaustão sentida após uma semana de trabalho intenso. A minha mente saltou para imagens dos meus tempos de Erasmus, das longas conversas, da lata que eu tinha sob o efeito de álcool e foi como se nesse momento percebesse porque é que as pessoas desejam beber no final da semana - aparentemente o álcool anestesia as preocupações  durante algumas horas, como se se tirasse a carapaça de um peso às costas.
Esta foi provavelmente a segunda vez que pensei em álcool  desde que parei de beber há cerca de três anos, cuja decisão foi tomada no momento em que realizei que o álcool trazia supressões ao de cima sem qualquer direção - como se fosse uma realidade paralela que, ao passar o efeito, nada daquilo faz sentido porque não era real em mim. Ao ver que o hábito de beber álcool não me trazia a estabilidade que eu quero criar em mim, foi claro para mim que iria parar para sempre e que iria dedicar a minha vida a direcionar todos os pontos em plena sobriedade para realmente resolver os pontos/supressões em mim.

Vejo o álcool como uma forma de passar "paninhos quentes" e evitar ver as coisas como elas são, por isso o desejo de voltar a beber surgiu como uma alternativa ao meu cansaço do dia-a-dia. Foi como se a mente tentásse intervir na minha decisão de não beber e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para eu rever a minha posição em relação ao álcool. Curiosamente, estava a ter resistência em escrever sobre isto e em partilhar os pontos sobre o álcool no meu blog. Porquê? Porque beber é cool. Lembro-me das primeiras vezes que disse que não bebia álcool de todo, vi o ar espantado da pessoa à minha frente, como se fosse anormal não beber! Aqui em Inglaterra perguntaram-me se a minha religião não o permitia... Em Portugal pensavam que eu tinha aprendido a lição com um coma álcoolico ou coisa assim. Felizmente não foi preciso aprender a lição da forma  dolorosa - no entanto, lembro-me daquelas manhãs de ressaca horríveis em que passava horas a respirar na casa de banho para não vomitar e em que prometia a mim mesma que não tocaria em álcool nunca mais. Claro que estas palavras ficavam perdidas algures no tempo e voltava a beber ao sabor do momento, da festa e da companhia.
Nunca fui de beber para "partir" mas tinha a ideia que podia beber sempre mais e que aguentava! O momento em que me apercebi do quão prejudicial este hábito podia ser foi durante uma house party em Portugal há cerca de quatro anos. Apesar de estar com um namoro estável, permiti-me sentir uma espécie de atração por um rapaz que estava na festa - já nos conhecíamos há mais tempo mas foi como se naquele momento visse que podia haver mais qualquer coisa entre nós - e pelos vistos ele também estava interessado. A aparente liberdade de poder curtir com aquele rapaz não era real porque não existia antes de estar com o efeito de álcool! Como é que posso acreditar que há alguma liberdade na ditadura da mente sobre o corpo?

Apercebi-me que não estava a permitir-me dar-me direção em honestidade própria (e com o compromisso da minha relação com o João)e estava a desistir dos meus princípios de integridade e de responsabilidade.
A parte boa desta experiência foi o facto de ter aberto em mim a minha atenção para os efeitos do álcool na minha mente e permitir-me dar-me direção mesmo assim. Outra coisa curiosa de ver nesta experiência foi o padrão da imagem - aquele rapaz correspondia à imagem de perfeição da minha mente porque era loiro, de olhos verdes e estrangeiro... Posso dizer que resisti à tentação da mente, no entanto, sei que não resolvo os pontos se não escrever sobre eles e realmente me dedicar a viver a mudança. Nisto, apercebo-me que nunca tinha escrito sobre este episódio e que ainda estava a permitir dar asas a estas ideias e à associação entre álcool e sexo.

Aquele momento de flirt foi sem dúvida motivado pela energia da mente, pela energia do desconhecido, pela energia de fazer algo às escondidas, pela imaginação e pela energia de sair da minha vida rotineira - no entanto, também isto são personalidades passageiras porque não se mantém depois do efeito passar. Por isso, nada disto dura. A verdade é que eu não posso sair da minha Vida rotineira, mas o que eu posso fazer é recriar a minha vida, conhecer-me e mudar-me nos pontos/hábitos que requerem mudança para me tornar uma pessoa melhor para mim e para os outros.
Por isso, volto a rever a minha decisão de não me permitir ingerir álcool no meu corpo e comprometo-me a ser assertiva na minha decisão.

No próximo artigo irei escrever o perdão próprio e escrever a solução para cada vez que estes pensamentos surgem.

Foto de Malin Olofsson http://malingunilla.blogspot.com/


DIA 175: Medo de tomar decisões?

quarta-feira, fevereiro 13, 2013 0 Comments A+ a-



Hoje ouvi uma entrevista sobre o Medo de Ficar aPerder, que falava das várias dimensões por trás do medo da tomada de decisão/escolha entre diferentes opções e de onde é que a indecisão surge. Enquanto ouvia a história desta pessoa, apercebi-me como o medo de ser "excluída do grupo cool da escola" também se associa a mim ou pelo menos fez parte da minha adolescência (que pena que nessa altura ainda não conhecia o Desteni nem ouvia as entrevistas da eqafe!). Lembro-me dos pensamentos que tinha sobre o medo que as minhas amigas ficassem aborrecidas comigo se eu cancelasse os planos, ou os pensamentos de ter medo de excluir alguém do grupo porque tinha medo de criar inimizades e, ainda hoje, a indecisão sobre aquilo que eu quero fazer quando há vários eventos no mesmo dia. Curiosamente, este último ponto passou-se à pouco tempo e facilmente associei à entrevista que ouvi hoje, na qual se falava do medo de se ficar a perder e a imaginação sobre aquilo que se pensa que se está a perder, gerando arrependimento e frustração.
No final de contas, ao participar no limbo da indecisão, vejo que acabo por não me permitir estar presente naquilo que estou a fazer porque estou agarrada ao arrependimento. Não é interessante como a mente toma mais atenção àquilo que não passa de uma imagem do que àquilo que está mesmo aqui para ser vivido?! Outra dimensão interessante de ver é a esperança que algo ainda melhor surja, e então a escolha é a espera pelo momento/evento/(e príncipe) perfeito!
A tomada de decisão, que deveria ser uma rampa de lançamento para a expansão de nós mesmos, passa a ser um escorrega à mercê de medos, emoções e imaginações que não nos levam a lado nenhum e cria conflito dentro de nós. Comecei então a pensar em situações em que eu me vejo a criar este conflito/indecisão dentro de mim e reparo que isto surge quando eu estou a fazer uma coisa e penso que devia estar a fazer outra - ao escrever isto tornou-se claro para mim que este padrão é uma fonte de pressão que eu imponho em mim mesma e que me posso ajudar a parar/corrigir.
O que é que me impede de estar estável nas minhas decisões?
Porque é que eu não sou a primeira a confiar nas minhas decisões?
Porque é que penso na decisão como uma limitação em vez da expansão que eu posso proporcionar a mim própria?
Como é que eu posso garantir que tomo decisões assertivamente (com convicção, firmeza)?

É sobre estes os pontos que eu tenho escrito e aplicado o perdão próprio ultimamente. Em termos de resultados, esta semana tenho saído de casa à hora planeada e, nos momentos em que ainda me permito desleixar a minha decisão, consigo ver onde é que eu posso corrigir para que não volte a atrasar-me, ficar para trás e criar stress no meu corpo.

Eu perdoo-me por ter aceite e permitido julgar as decisões como limitações ou "portas que se fecham" quando na realidade este tem sido o meu ponto de partida por isso era eu que estava a criar essas limitações!
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no medo de perder uma oportunidade que foi imaginada na minha mente, sem ver que ao participar neste medo da mente eu estou de facto a perder a oportunidade de ESTAR AQUI e de realmente viver a decisão sobre aquilo que está aqui, em unidade, igualdade e senso comum.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar as decisões como jogos de sorte, em vez de perceber que a decisão sou eu que a crio ao investigar sobre as diferente opções e assim permitir-me tomar decisões que sejam o melhor para mim.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido abraçar as minhas decisões sobre a carreira que tenho seguido e abraçar o meu processo de contínua auto-descoberta, auto-correção e auto-melhoria em quem eu sou e naquilo que faço.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ver as decisões como limitações que imponho a mim própria em vez de realizar que eu posso expandir-me em cada decisão que eu tomo.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido VIVER as decisões que eu tomo e realmente dar o meu melhor ao participar nas minhas decisões e ao dar-me direção/iniciativa.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar as decisões "novas" como sendo perigosas, quando afinal o elemento "novo" não significa perigo, mas sim uma oportunidade para expandir-me numa direção que ainda não tinha tido antes.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir as minhas decisões como certas ou erradas, em vez de aproveitar cada uma delas como sendo parte do meu processo de transcender medos e parar os julgamentos da mente.

Eu apercebo-me que cada decisão começa com a minha respiração e que sou responsável por todos os "outcomes" ao longo do processo de dar-me direção como vida e garantir que me expando a cada passo. Por isso, comprometo-me a dar um passo de cada vez, a ter paciência comigo mesma e a garantir que me expando em tudo aquilo que eu faço.
Eu apercebo-me que depende de mim ser assertiva na minha tomada de decisão e de facto ajudar-me a decidir aquilo que é o melhor para mim. Dedico-me então a investigar e a reunir informação que me ajude a estar ciente das várias hipóteses para que tome decisões por mim em plena estabilidade e confiança.
Quando e assim que eu me vejo a imaginar a "situação ideal", eu páro e respiro. Em vez de ficar obcecada com essa imagem, eu dedico-me a ver o que é que será o melhor para mim/para os outros e realmente planear COMO é que eu posso criar essa situação para mim.
Quando e assim que eu me vejo a planear as decisões na mente, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a mente não é de fiar porque salta passos essenciais para que a decisão seja realmente vivida na vida física - por isso dedico-me a tomar notas dos vários objectivos para me ajudar a ser realista quanto ao tempo que as coisas levam a fazer.
Quando e assim que eu me vejo a decidir fazer uma coisa nova, eu páro, RESPIRO e Dedico-me a fazer isso passo a passo, sem medo de ficar a perder outras coisas. Apercebo-me que o medo de ficar a perder não é real porque aquilo que é real é a expansão/auto-aperfeiçoamento que eu proporciono a mim mesma a cada decisão que eu vivo.
Mais do que nunca apercebo-me que comparar aquilo que eu faço com aquilo que os outros fazem é irrelevante e uma distração da mente baseada em competição - em honestidade própria eu realizo que cada um de nós está a andar o seu processo de Vida e que as decisões que eu tomo e vivo faço-as por mim e para mim. O que posso então fazer é APRENDER com as boas práticas, TESTAR para ver como funciona comigo e PRATICAR para me aperfeiçoar na minha ação.

As decisões são tomadas em honestidade própria ou em desonestidade própria. Vivemos ou morremos. Respiramos ou não respiramos... A liberdade de escolha é uma ilusão da mente.


Ilustração de Andrew Gable: Where Do Your Thoughts Come From. Find Out how your mind really works - http://lite.desteniiprocess.com/

DIA 174: Como Lidar com a Previsibilidade da Mente

segunda-feira, fevereiro 11, 2013 0 Comments A+ a-




Hoje comecei o dia com uma enorme resistência e falta de paciência para fazer as minhas tarefas diárias no escritório. Foi como se toda a motivação de fazer aquilo que eu devia estar a fazer tivesse evaporado e me tivesse esquecido do que é que eu estava ali a fazer. É nestes momentos que me apercebo da vantagem de estar ciente destas alterações da mente e vejo o caos que potencialmente era capaz de criar caso seguisse esta "falta de energia" da mente, a quantidade de reações que eu evitei ao simplesmente parar, respirar e mudar de atitude. Demorou algumas horas até me restabelecer. Já não me sentia assim há algum tempo, o que significa que este é um padrão que voltou a bater à porta e que tenho a oportunidade de lidar comigo e recriar-me.

Antes de seguir para o perdão próprio, vou expandir sobre a previsibilidade da mente:
  • Porque é que quando eu tomo a decisão em mim de fazer algo por mim (por exemplo dedicar-me ao máximo no meu emprego), começo deliberadamente a sabotar a minha decisão e a duvidar de mim?
  • Porque é que quando planeio coisas para mim e chega a altura de as fazer, tenho a resistência de realmente fazê-las e acabo por criar desculpas para fazer outra coisa?
  • Porque é que quando vejo que estou sem paciência e que estou a reagir não vejo imediatamente que esta personalidade não sou eu e deliberadamente tomo a decisão de me estabilizar?

O padrão estava mesmo ali, aqui em mim, e eu comecei a procurar justificações para a minha falta de paciência (o período, falta de descanso, má alimentação, problemas na relação) em vez de ver que eu sou o ponto comum em todas essas situações. Logo, se eu resolver o que se passa comigo, vou resolver tudo aquilo em que eu estou envolvida.

Passadas algumas horas foi como se nada daquela confusão matinal estivesse acontecido - como se diz "estava pronta para outra"! E este padrão de desistência e de dúvida e de falta de confiança vai realmente voltar - esta parte da mente é prevísivel. Aquilo que eu posso decidir aqui é garantir que também a minha iniciativa e tomada de direção para parar a mente seja também previsível. Ou seja, que eu recrio em mim esta confiança incondicional e garanto que quando surgem os padrões da mente, eu  sou a solução para mim própria a cada momento e crio esta estabilidade em mim deliberadamente, em qualquer situação.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido deixar-me dominar pela mente de imaginação e de assumpções sobre situações futuras.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido deixar-me dominar pela desconfiança dos outros (que é uma desconfiança de mim própria).
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar a mente e realmente parar de participar nos pensamentos da mente, um a um.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que eu TENHO de acreditar nos pensamentos da minha mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido levar os pensamentos a peito como se fossem ofensas pessoais, quando afinal eu própria estou a criar essas ofensas para mim própria.
Eu perdoo-me por me permitir e aceitar acreditar nos pensamentos da mente como uma religião em vez de questionar De onde é que este pensamento vem, Porquê agora, Desde quando é que eu penso isto.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser influenciada pela minha mente e desistir de mim como Vida, em vez de me permitir ver a mente e dar direção para não seguir a mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que a minha estabilidade é um part-time quando afinal o meu corpo está sempre a funcionar para mim e por mim.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar um e igual com a estabilidade do meu corpo e permitir-me Ser de dentro (estabilidade corporal física) para fora (estabilidade da minha ação na minha direção e vontade próprias).

Eu apercebo-me que a cada momento em que tenho uma invasão da mente é uma oportunidade para praticar a minha estabilidade e realmente PUXAR por mim, para permanecer aqui e sair da mente. Ao sair da mente, eu permito-me ver o pensamento, ver as ideias, ver a imaginação e trabalhar nisso ao escrever, ao perdoar-me sobre cada um destes pontos e reescrever a minha história sobre quem eu Sou aqui.

Quando e assim que eu me vejo a permitir entrar no padrão de passividade da mente e de desleixo físico, eu páro e respiro. Eu sou o meu corpo físico, eu sou cada respiração, eu sou cada movimento meu, eu sou esta oportunidade de me mudar como tenho existido em mim até agora. Apercebo-me que esta instabilidade e falta de confiança não são o melhor de mim  e que tenho existido como pensamentos que não são de todo o ponto de partida para uma criação honesta com a Vida.

Eu comprometo-me a estar ciente deste "timeloop" da mente de cada vez que eu começo a desprezar e a desvalorizar aquilo que eu estou a fazer; Eu comprometo-me a parar imediata-mente a desvalorização da mente sobre a minha vida; a partir da realização de que "Isto é a mente, isto é aquilo que eu vejo que tenho permitido fazer e existir em mim", eu apercebo-me que agora é a altura de me aplicar a mudar imediatamente e deliberadamente nesse momento. Ou seja, quando e assim que eu me vejo a ter falta de paciência para aquilo que eu estou a fazer, em vez de desejar ter energia ou motivação, eu RESPIRO fundo, estabilizo-me no meu corpo e realizo que sou a ação que eu me permito fazer. Eu dedico-me então a fazer aquilo que tenho resistência para fazer tal como começar um projecto que eu julgo como complicado; eu dedico-me a escrever sobre aquilo que tenho resistência; eu dedico-me a falar ciente de cada palavras, sem me permitir esconder de mim própria.

Quando e assim que eu me vejo a querer distrair-me com os outros à minha volta porque aparentemente os problemas deles parecem mais fáceis de resolver do que os meus, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só sou capaz de resolver os meus problemas porque fui eu que os criei. Logo, eu comprometo-me a tomar responsabilidade por resolver cada um dos padrões da minha mente sem medo de mim própria! Eu dedico-me a abrir comigo própria, a escrever sobre aquilo que até agora tenho tido vergonha de ser e fazer, dedico-me a ser a minha melhor amiga e realmente me ajudar a parar de participar nos vícios da mente. Apercebo-me que parar a mente, compreender a mente e corrigir-me na minha mudança física é um trabalho a tempo inteiro tal e qual a respiração e todo o funcionamento do meu corpo. Assim, eu dedico-me a estar um e igual com a estabilidade do meu corpo e a aplicar-me de forma consistente no meu processo de me recriar como Vida a tempo inteiro!




DIA 173: Quando é que passámos a fazer as coisas por obrigação?

sexta-feira, fevereiro 08, 2013 0 Comments A+ a-


Desde quando é que desistimos de correr por gosto? Quando é que passámos a fazer as coisas por obrigação e porquê? Porque é que aceitamos que as coisas que fazemos são por obrigação? Não será isto falta de amor-próprio?
Uma sugestão para amanhã: sugiro que se páre de julgar aquilo que se faz como sendo uma obrigação - por exemplo: levanta-te, respira, e pára os julgamentos sobre acordar cedo para se ir trabalhar. Estás de pé, estás bem e tens emprego. Para quem não tem emprego, levanta-te à mesma! Ou será que te levantas por obrigação de um patrão?
Depois nos transportes públicos pára o julgamento contra as outras pessoas: elas estão aqui, tu está aqui e estão todos na mesma situação. Quando um julgamento ou crítica ou comparação surgir sobre a outra pessoa, pára e respira. A ideia deste jogo é parar os maus hábitos da mente por isso puxa por ti para não te permitires participar na mente. Quando durante o dia de trabalho surgir um pensamento de má vontade, pára, respira e pergunta-se a ti próprio porque é que está a fazer isto, como é que o fazes e por quem: será que estás a fazê-lo pelo dinheiro*, ou porque acreditas que não sabes fazer mais nada, ou porque os teus pais de obrigaram a ir para a universidade, etc. Vai respirando. Se for preciso, escreve num papel todas essas ideias que te correm na mente e vê as palavras que te tens permitido ser - de onde é que estes julgamentos surgiram? Porque é que ainda culpas os outros por aquilo que andas a fazer ou a estudar? Ao trazeres estes pensamentos para ti próprio que reações surgem em ti? Fúria? Raiva? Tristeza? Desilusão própria? E que tal dar-se uma gargalhada nesse momento, ou talvez chorar por todas estas ideias, limitações, desejos e julgamentos que só nós impusemos a nós próprios. E já que vemos a confusão que andámos a criar para nós próprios, porque não perdoarmo-nos por todas estas limitações e imposições que só nós aceitámos e permitimos na nossa vida? Perdoamo-nos pela guerra interior que criámos em nós próprios - e sem estas ideias de sacrifício e obrigação, vê realmente como te podes expandir no teu dia-a-dia, no teu emprego, nos teus estudos, nas tuas relações: será que a oportunidade de te dedicares por gosto não estava mesmo à tua frente? E se não estiver, o que te impede de passar a ter gosto naquilo que fazes? O que te impede de tomar a iniciativa de fazer melhor aquilo que já fazes?  O que te impede de aprender novas maneiras de fazer as coisas e assim adquirires boas práticas?

Pára, respira, perdoa-te... E abraça-te. A mente funciona como um espelho que nos mostra as nossas desonestidades próprias que temos para corrigir. Requer MUITA prática mudar os maus hábitos da mente e, já que estamos aqui, vale a pena começar a Viver.

  
 * Aproveito para partilhar o site do Sistemade Igualdade Monetária que é uma solução em estudo para a criação de um sistema que põe a Vida em primeiro lugar. Mas até lá, a solução é mudarmo-nos a nós próprios, criar soluções para nós próprios e depois sermos capazes de finalmente criar soluções para o mundo.


DIA 172: Quem corre por gosto não cansa... toca a praticar, praticar praticar!

quinta-feira, fevereiro 07, 2013 0 Comments A+ a-


Esta expressão surgiu depois de ter escrito o perdão próprio sobre a Carreira profissional: pressão, limitação ou EXPANSÃO? e apercebi-me que fazer as coisas com gosto é fazê-las com gosto próprio. Ou seja, dedicar-me incondicionalmente, aplicar novas soluções para me aperfeiçoar e tornar-me mais eficaz com o tempo que eu tenho. E, como também já foi referido anteriormente, tudo isto requer prática e isso aplica-se em tudo: na escola, nas actividades profissionais, nos tempos livres, no sexo, na comunicação com os outros, no desporto, na música, etc.
É interessante que há esta crença (ou pelo menos eu costumava pensar nisto) do talento de Deus em que não se precisava de fazer nada e, como por magia, seríamos sábios, ou excelentes pianistas, ou uns génios da matemática. Isto é um exemplo de como a mente funciona - salta de um pensamento para o outro sem realmente considerar todos os passos essenciais para que se vá de um objectivo à sua realização. Apesar da mente funcionar com hábitos, aparentemente não gostamos da repetição - chamamos-lhe "monotonia" ou "seca". No entanto, será monótono ganharmos sempre a lotaria? Será monótono termos comida na mesa todos os dias? Será monótono estarmos estáveis dentro de nós?

A resistência da mente manifesta-se na resistência a mudar-se de hábitos e, para se mudar de hábitos, é preciso praticar-se soluções até nos tornarmos essas soluções e seja algo natural na nossa expressão, na nossa comunicação, na nossa relação com os outros e na nossa relação com nós próprios. E tudo isto se pratica: A escrita pratica-se, a comunicação pratica-se, a descoberta de nós mesmos pratica-se, o perdão próprio pratica-se, a honestidade própria pratica-se, a segurança pratica-se, a auto confiança pratica-se...

Talvez seja por isso que eu sempre adorei estar com crianças e aprendo com elas, porque normalmente as crianças não desistem daquilo que estão a fazer - as crianças crescem a praticar as coisas novas e nós assistimos ao seu desenvolvimento e progresso. Elas praticam a linguagem, praticam a expressão corporal, praticam a escrita, praticam a curiosidade, praticam a memória, praticam as brincadeiras, etc... A partir do momento em que nos definimos como personalidades e julgamentos próprios começamos a perder a vontade e agilidade de mudar - porquê? Porque paramos de praticar as coisas novas, focamo-nos na mente de ideias, julgamentos e definições e deixa de haver tempo e espaço para expandirmos quem somos fora destas ideias, julgamentos e definições. Para além disso, passamos a acreditar que as pessoas à nossa volta esperam que nós nos comportemos de determinada maneira e acreditamos que essa relação com o outro é real.
E não será isto também uma monotonia? Não serão os adultos uma "seca"; não será por isso que a política actualmente é vista como uma "seca"? Onde é que existe liberdade de escolha quando afinal nem a nós mesmos nos conseguimos libertar de ideias acumuladas ao longos dos anos que afinal já não se aplicam a esta realidade?
Quando é que nós aceitámos e permitimos que a ideia de que as "coisas são sempre assim" nos limitasse enquanto sociedade? Quando é que nós nos permitimos e aceitámos ser sacrificados? - A religião? Garanto-vos que Jesus não era nenhum sacrificado!

O medo inicial de romper estas ideias é forte - vejamos, há o medo da perda de relações, o medo de largar a âncora dos sacrifícios, o medo de se voltar à "estaca zero" que representa o medo de se perder as personalidades, o orgulho, a riqueza, a imagem que se criou de si próprio. E se eu vos disser que todas estas ideias, personalidades, relações, sacrifícios, riqueza e imagem não são reais? E se afinal isto não seja realmente Viver quem nós somos? Faremos ideia daquilo que andamos a perder?

DIA 171: Carreira profissional: pressão, limitação ou EXPANSÃO?

quarta-feira, fevereiro 06, 2013 0 Comments A+ a-


Novos pontos relacionados com o apego a uma ideia de carreira profissional ficaram mais claros depois de ter feito este vlog e me ter aberto comigo própria.


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar e acreditar que tenho de "voltar às origens" em relação à carreira profissional que um dia idealizei para mim própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que "estava no bom caminho" quando comecei a usar fato de executiva.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido abraçar áreas profissionais que eu excluí à partida porque não correspondiam à imagem de sucesso que eu idealizei para mim e para os outros.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que eu julgo as pessoas pela carreira profissional que têm em vez de conhecê-las por quem elas realmente são.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar esconder-me de mim por trás de uma carreira profissional, em vez de criar a minha carreira à medida que eu caminho a minha carreira.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar uma pressão dentro de mim mesma com a ideia daquilo que eu tenho/devo fazer no futuro, em vez de tomar decisões aqui por mim e vivê-las de facto.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido limitar a minha expansão ao procurar corresponder com uma imagem que só eu criei para mim própria mas que só tem em conta o meu interesse-próprio porque não é baseada nos princípios de igualdade e de fazer parte da mudança que eu quero ver neste mundo.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que alguém separado de mim sabe melhor aquilo que é o melhor para mim em termos profissionais do que eu para mim própria - apercebo-me que esta tem sido uma projeção da separação que eu tenho permitido em mim.

Eu comprometo-me a dedicar-me a tudo o que eu faço sem participar nos julgamentos da mente baseados na imagem e ideia de sucesso profissional, quando afinal são apenas imagens que servem de distração e de auto-sabotagem. Apercebo-me que a minha expansão pessoal não é limitada pela minha actividade profissional - afinal, eu apercebo-me que me posso dar e criar a oportunidade de me expandir com a minha actividade profissional!
Quando e assim que eu me vejo a projectar nos outros manifestações de interesse próprio e medo associados à necessidade de uma carreira profissional no sistema, eu páro e respiro.Eu apercebo-me que o sistema de interesse-próprio só existe à minha volta porque eu também participo nele. Comprometo-me então a ver como é que eu posso direcionar aquilo que eu faço para aplicar em algo que seja o melhor para todos e que posso contribuir para uma mudança de hábitos. Realizo também que ao fazer algo novo que inicialmente havia bloqueado essa hipótese estou a criar-me fora do programa da mente e que é essencial estar ciente de mim a cada momento e a cada respiração para garantir que cuido bem de mim.
Quando e assim que eu me vejo a entrar no padrão de desvalorizar aquilo que eu faço somente porque não corresponde à valorização de carreira x e y na sociedade, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que sou eu quem está a permitir participar nesta auto-desvalorização sem ver que o senso comum do nosso valor real é a Vida aqui e que todos temos em comum nesta realidade física. Dedico-me então a parar a sabotagem da mente sobre a minha vida e, passo a passo, dedico-me criar-me como a solução para mim própria em tempo-real e consistência e aperfeiçoar como ser-humano através de todas as minhas actividades do sistema profissional.
Quando e assim que eu me vejo a valorizar-me a mim e aos outros com base no salário que este sistema económico dita, eu páro, eu respiro e dou-me a possibilidade de parar de julgar-me a mim e aos outros como inferiores ou superiores conforme o seu valor monetário e a imagem que essa carreira tem sido promovida.
Foco-me então naquilo que eu estou a fazer aqui e agora, a dar e ser o meu melhor sem me limitar com as ideias/medos/insegurança/esperança nem comparações da mente. Eu sou um e igual à carreira profissional / actividade profissional no sistema, logo, eu aproveito para trabalhar estes pontos de separação que eu tenho permitido existir em mim mesma, para começar a abraçar aquilo que eu faço em plena estabilidade própria e dar-me direção para que a minha expressão/expansão de capacidades sejam aplicadas em senso comum e com resultados que sejam o melhor para todos.

Dia 170: Está tudo invertido - é tempo de abrandar

segunda-feira, fevereiro 04, 2013 0 Comments A+ a-


Quando e assim que eu me vejo reagir, eu páro e respiro. Porquê? Porque já sei onde é que a reação vai dar e não é essa a direção que quero tomar.
Reparo que a reação é cada vez mais forte mas a minha vontade e dedicação de lidar com a mente também. É tempo de abrandar a mente e ver aquilo que tenho ignorado - os diálogos mentais, as imagens, a imaginação, as projecções, os pensamentos e as projecções. Ultimamente tenho escrito mais regularmente o que me tem ambém ajudado a abrandar porque as minhas mãos não escrevem à velocidade da mente - eu escrevo tão rápido quanto o meu corpo permite e é através/como o meu corpo que eu existe em estabilidade própria.

É tempo de abrandar o desejo de estar noutro lugar - associo este padrão à minha vontade de ir para sítios novos que eu penso serem melhores, embora um ponto chave é a realização que, para onde quer que eu vá, levo-me sempre comigo. Por isso neste momento eu vou focar-me em estar bem comigo própria e a realmente ajudar-me a criar as condições para me aplicar na minha escrita, na minha direção, na minha expansão no processo, no trabalho, nas causas sociais, na informação alternativa e focar-me em mim. Ao abrandar a mente é então possível ver a origem dos julgamentos, a origem dos medos, a origem dos vícios, a origem das projeções; ao abrandar a mente é possível ver-se as soluções práticas para mim e para o mundo à minha volta e, curiosamente, estas soluções estão sempre aqui à espera de serem vividas. Ao abrandar, eu dou-me a possibilidade de me auto-corrigir e de não me permitir cair nas armadilhas da mente.

AbranDar não é passividade. É Dar-se tempo a si mesmo para Viver aqui.
Lembrei-me agora do dito "devagar se vai ao longe" e até agora nunca me havia questionado para onde é que eu quero ir? Com quem é que eu estou a competir? Para quê? Um coração com batimentos estáveis permite um caminhar mais consistente, enquanto que uma vida com constantes reações é um contante pára-arranca sem direção.
Apercebo-me agora que o tempo do processo é irrelevante - e que o tempo da minha aplicação não corresponde ao tempo da mente em que me imagino a mudar!--  simplesmente não funciona querer enganar-me a mim própria.
Por isso, a frustração de querer ir mais rápido ou de me aperceber das coisas mais rapidamente do que aquilo que estou a fazer não é real nem válido. Vejo então que a minha aplicação no processo em Ser/Viver a mudança física é o meu indicador do meu progresso a aplicar as minhas realizações no meu dia-a-dia. E é nesta aplicação no meu processo que eu posso analisar como é que eu estou a participar num "ciclo da mente" ou se estou de facto a mudar a minha atitude/comportamento perante um padrão mental.
Quanto à competição, em igualdade e unidade, cada um de nós está ocupado com a sua própria mente e a lidar com os seus problemas, por isso a prioridade passa a ser em garantir que cada um se ajude o viver as soluções para si próprio, passo a passo, um ponto de cada vez, sempre a dar o nosso melhor para realmente mudarmos na nossa relação connosco, logo, com os outros. O ponto de partida é agora trazer os pontos para mim própria e resolvê-los em mim, em vez de projectar nos outros e disparatar em reações.

Respirar, abrandar e aproveitar para simplesmente andar/mudar os pontos aqui - não há nenhum lugar para se ir que não seja aqui. Apercebo-me que existir como Vida aqui implica não participar nas realidades paralelas da mente.


Dia 169: Ganhar prática a pensar nas coisas com antecedência

sexta-feira, fevereiro 01, 2013 0 Comments A+ a-


Dar tempo ao tempo ou dar tempo a mim própria? Pensar nas coisas com antecedência e dar tempo a mim própria para me preparar é algo que requer prática e... Vale a pena não deixar tudo para a "última da hora"!
Só recentemente comecei a mudar os meus hábitos em relação ao tempo - fui de certa maneira obrigada a mudar porque o meu emprego actual implica um elevado nível de preparação e uma boa gestão do tempo e de pessoas. Porque é que vale a pena pensar nas coisas com antecedência? Porque dou-me a oportunidade de aperfeiçoar os planos, de corrigir elementos, de evitar o stress dentro de mim, de aprender com os erros e ainda ter tempo para aplicar as soluções!
Por experiência própria vejo que pensar nas coisas com antecedência não é algo natural em mim porque nunca fui treinada/educada para tal - por isso quando eu agora veja que estou a desleixar a minha consistência significa que não me estou a dedicar a mudar o mau hábito de deixar tudo para a última...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido praticar até agora uma cultura de corrida contra o tempo e de deixar as coisas para a última.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que eu tenho criado stress para mim própria e instabilidade física desnecessariamente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido manter o padrão de deixar tudo para a última quando por experiência própria eu sei que é stressante e egoísta porque acabo por projectar nos outros o meu stress e a minha falta de organização.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido puxar por mim para fazer as coisas com tempo.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido estar relaxada quando tenho muito tempo para fazer as coisas e depois entrar em stress quando vejo que o tempo começa a ser apertado, em vez de me dedicar a 100% mesmo quando ainda falta bastante tempo para completar a minha tarefa.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar no conforto de fazer as coisas em "cima da hora" e ter aparentemente bons resultados - apercebo-me agora que apesar do resultado final ter sido OK o meu stress físico era escusado.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ajudar a superar a minha falta de pontualidade a partir do momento em que eu vi e senti o stress que isso causa.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter esperança que para a próxima eu seja pontual sem realmente fazer o esforço de mudar o meu comportamento!

Quando e assim que eu me vejo a participar no pensamento de "tenho tempo suficiente" ou "faço mais tarde" em relação a coisas que requerem a minha atenção e preparação, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que é para o meu próprio bem garantir que estou a cuidar daquilo que eu faço, dos meus projectos e dos meus planos mesmo quando tenho tempo suficiente para os realizar. Realizo também que o "tempo suficiente" tem de ser estipulado em honestidade própria para eu não sabotar as minhas próprias ações.

Quando e assim que eu me vejo a pensar que 1 hora chega para fazer as minhas coisas quando, por experiência própria, eu vejo que não será tempo suficiente, eu páro, eu respiro e nesse momento eu permito-me dar-me mais tempo para fazer aquilo que tenho de fazer para evitar repetir o padrão de deixar as minhas coisas para o último momento.

Quando e assim que eu me vejo a ter a memória que "da última vez não houve problema chegar tarde ou fazer as coisas à pressa", eu páro e respiro. Eu comprometo-me a garantir que dou tempo a mim própria para completar as coisas em plena estabilidade interior para garantir que estou em igualdade com aquilo que eu faço. Apercebo-me agora que, ao pensar que está tudo bem quando na realidade estou instável e acelerada por dentro, estou a ser desonesta comigo própria e estou a pensar nas minhas ações separadas de mim própria.

Eu comprometo-me a dar tempo a mim própria para fazer as coisas o melhor possível sem que a limitação "falta de tempo" seja usada como uma desculpa. Eu comprometo-me a tomar responsabilidade por mudar a minha relação com as coisas que eu faço e a abraçar os meus planos com a antecedência necessária para, quando o momento chegar, eu estar ciente e descansada que preparei tudo, tomei todos os elementos em consideração e que tomei em consideração toda a gente envolvida.

Eu dedico-me a aplicar estas realizações em tudo aquilo que eu planeio e tenho de fazer, tanto no meu dia-a-dia pessoal como nas minhas tarefas profissionais. Ou seja, eu dedico-me a estar em unidade e igualdade com as minhas realizações e praticá-las na minha realidade para finalmente mudar os meus padrões de pensamento e as minhas ações para SER e FAZER o melhor  de mim.