DIA 190: Estar estável COMIGO nas discussões com os outros

domingo, março 31, 2013 0 Comments A+ a-




Ultimamente tenho lidado com reações dentro de mim no seguimento de uma discussão. Apercebi-me então que nenhuma destas reações eram novas: era como se este nervosismo, os tremores, o frio corporal, a mudança no meu tom de voz, a minha expressão, o stress, o cansaço e a fraqueza física me fossem familiares, de situações de conflito no passado.
Passei grande parte da tarde a escrever sobre memórias e ainda estou a trabalhar nos vário pontos que entretanto explorei em mim, baseados nas minhas conversas da mente, nas imagens, pensamentos e nos meus medos associados a momentos de conflito-aberto com outra pessoa.

Por agora, gostava de partilhar com vocês duas entrevistas que foram muito úteis para eu perceber o que se passa em mim ainda hoje quando enfrento uma reação da outra pessoa.
Nesta entrevista, a pessoa explica como uma experiência de conflito acabou por comprometer toda a sua vida de uma forma que ela não estava ciente, e dá também uma nova perspectiva de como cada um de nós tem a responsabilidade de ser a resolução de conflito dentro de si próprio e, assim:


Permitir-me criar a minha própria estabilidade independentemente daquilo que o outro diga ou faça; 
Ser responsável por mim e por isso não responder na mesma moeda;
Não me permitir reagir com o outro e assim não alimentar o conflito com mais energia da mente;
Levar a minha estabilidade ao extremo através da respiração; 
Permitir-me manter a voz mais estável e serena do mundo e por isso ser consistente na minha estabilidade dentro de mim; 
Ser o exemplo vivo para mim própria de estabilidade incondicional, de autoconfiança e senso comum na minha relação comigo própria e com os outros.

As entrevistas estão em Inglês. A versão Portuguesa de entrevistas da eqafe estarão disponíveis em breve.


DIA 189: "Quem foi ao ar perdeu o lugar"?... Educados a ser rivais e a competir

sexta-feira, março 29, 2013 0 Comments A+ a-


Isto de estar ciente das minha personalidades tem que se lhe diga! Tem sido cada vez mais fácil ver as personalidades surgirem no meu dia-a-dia, como se visualizasse o padrão e percebesse como ele funciona desde o momento em que me torno a personalidade e as consequências na minha realidade. Estar ciente destas personalidades é o primeiro passo para ver a origem, perceber as consequências que ando a criar para mim própria e finalmente mudar para o melhor de mim.

Hoje enfrentei a personalidade da rivalidade numa situação que talvez vos seja familiar: a famosa lenga-lenga do "quem foi ao ar perdeu o lugar". Fomos tão "bem educados" que continuamos a viver essa ideia na vida adulta. No meu exemplo, eu estava num lugar no ginásio durante a primeira parte da aula de dança e, quando saí para beber água no intervalo, uma pessoa tinha ocupado aquele lugar.  No espaço de segundos, perante aquela MUDANÇA eu senti a reação, depois a vergonha e a raiva: a reação de ver o meu lugar ocupado; vergonha ao pensar que as outras pessoas que assistiram à cena estavam a pensar que eu fui "ultrapassada" e portanto sou inferior; e raiva em relação à pessoa que eu pensei ter tido a lata de usar o intervalo para avançar para a linha da frente.
Ao escrever esta situação, vejo que este cenário se repete todos os dias na fila para entrar para o metro: há quase sempre uma fila e, quando o metro abre as portas, há pessoas que tentam avançar e ultrapassar a pessoa da frente. Perante este comportamento social eu manifesto uma sensação de inferioridade em relação à pessoa que avançou sem respeito. Pergunto-me: - Porquê julgar como superiores aqueles que não respeitam os outros? Por outro lado, porque é que eu me deixo afectar quando assisto (ou sou vítima) deste tipo de comportamento? Porque é que não me permito estar estável em mim, naquilo que eu faço, sem ir para o backchat da mente de julgar a outra pessoa como superior ou como imbecil?
Em relação à experiência desta manhã, eu apercebi-me o quão perturbante foi ficar permeável aos pensamentos da mente porque a partir deste episódio estive menos focada, distraída e mais descoordenada. Levei alguns momentos a estabilizar-me com a respiração e a fazer paz com a muDANÇA, ver que havia MAIS lugares e realizar que "ter perdido o lugar" era irrelevante para o meu propósito de DANÇAR, me divertir e de seguir os passos. Escrevo aqui o perdão próprio e as afirmações de auto-correção para prevenir esta reação dentro de mim e esta auto-sabotagem no futuro.

Perdão-Próprio:
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sabotar a minha decisão de dançar com o episódio inesperado de ter "perdido AQUELE lugar na sala".
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que AQUELE lugar é um lugar num espaço que é a sala e que serve apenas o propósito de ter pessoas, sem necessidade de criar uma relação com AQUELE lugar.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar incondicionalmente estável em vez de absorver as ações dos outros e tomá-las como pessoais. Nisto, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido comparar a minha dança com a dança da pessoa que ocupou o meu lugar, o que mostra a competição da mente para manter esta luta dentro da mente contra a outra pessoa.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido levar a atitude da outra pessoa como uma ofensa e como uma "guerra aberta" ao ter ocupado o meu lugar. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar em guerras de competição dentro da minha mente e assim estar a criar separação física que na realidade não existe - eu vejo agora que estávamos ambas na mesma sala e que os lugares são criados onde quer que haja um espaço livre.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me pelo lugar onde eu estou em vez de viver a decisão de ser estável e ciente de mim em qualquer lugar e a qualquer momento.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na imaginação da mente de falar com a rapariga para sair do meu lugar.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido reagir com um "grrrrr" e submissão à vontade da outra pessoa, em vez de decidir dar-me direção-própria, observar um lugar livre e em senso comum criar a minha estabilidade, sem ficar "agarrada" à atitude da outra pessoa. 
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar imediatamente que a outra pessoa foi ruim e que fez de propósito para aproveitar o intervalo para ser gananciosa. Ao trazer o ponto para mim própria, eu vejo que EU estava  a ser gananciosa sobre aquele lugar e a considerar a hipótese de "ter o lugar de volta" no próximo intervalo.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido dançar no lugar novo contrariada e pensar que o outro lugar era melhor porque via o espelho. Nisto eu apercebo-me que as conversas da mente criam mais distração e "estragos" do que o facto de não ver o espelho!
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido calar a mente e o conflito da mente para me permitir viver a decisão de SIMPLESMENTE estar ali, sem relações com o lugar ou com as pessoas, mas SIMPLESMENTE presente, em mim, física, a dançar!
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que se a outra pessoa tivesse comunicado comigo com um "desculpa" ou ao perguntar se eu queria aquele lugar de volta, então eu não ficaria chateada. Eu apercebo-me que o ponto de não ficar chateada é independente da atitude da outra pessoa. Nisto eu apercebo-me que QUEM EU SOU não é dependente de quem OS OUTROS SÃO.

Afirmações para auto-correção:
Eu comprometo-me a parar a sabotagem da mente quando vejo que estou a ser perturbada por um evento que não estava "agendado". Em vez de reagir, eu ajudo-me a procurar uma solução perante a nova situação e a garantir que me ajudo a estabilizar, em vez de agravar a situação dentro de mim!
Quando e assim que eu me vejo a lutar na mente contra uma pessoa que tenha ocupado o meu lugar, eu páro a mente e respiro. Eu apercebo-me que a luta da mente é uma luta comigo própria e que não é isto que eu quero para mim.
Quando e assim que eu me vejo a julgar-me como fraca porque eu não reajo com a outra pessoa, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a ver as coisas e agir em senso comum - se vir que é relevante falar com a outra pessoa eu falo, se não eu permito-me viver a decisão de não falar e de parar qualquer conversa na mente.
Quando e assim que eu me vejo a julgar a outra pessoa como "má", "ruim", "estúpida", "gananciosa", superior" (curiosamente associamos a ganância à ideia de superioridade), eu páro e respiro. Eu apercebo-me que na minha Vida sou eu quem decido quem eu quero ser a cada momento. Nisto, eu comprometo-me a não ser influenciada pela maneira como as pessoas à minha volta são - porque eu só somente responsável por quem eu sou e, portanto, não me permitirei fazer aos outros aquilo que não quero que seja feito a mim.
Eu comprometo-me a ser SEMPRE o exemplo para mim própria e portanto não me permitir estar instável ou reagir mesmo quando esteja perante uma situação de competição. Aliás, eu apercebo-me que só existe uma situação de competição se eu permitir viver em competição. Realizo que a competição começa em mim e que existe primeiro em mim e que, ao permitir existir competição em mim, vou acabar por projectá-la na minha realidade/nos outros.
Comprometo-me a estar ciente dos pensamentos de competição na minha mente e a parar esta PERSONALIDADE competitiva e de rivalidade que eu crio e participo na minha mente sem qualquer benefício para mim nem para a realidade à minha volta.
Comprometo-me a parar de ver as outras pessoas como minha rivais como se esta vida fosse um jogo de soma nula - eu apercebo-me que há lugar para todos se todos criarmos lugar para todos. Eu apercebo-me que ao criar a minha estabilidade e ao adaptar-me a dançar no meu novo lugar, eu fui o exemplo para mim própria. Comprometo-me então a ver sempre o senso comum da situação e em viver uma solução prática para mim e que seja também o melhor para nós todos em cada momento.
Quando e assim que eu me vejo a ser inflexível comigo própria (que é uma forma de amuo!) ao estar a julgar o novo lugar como prior que o anterior, eu páro este julgamento da mente e respiro... E continuo a dançar no/com o meu corpo físico.
Quando e assim que eu me vejo a culpar a outra pessoa pela minha instabilidade, eu páro e respiro.
Eu apercebo-me que culpar a outra pessoa é a "easy way" e que desejar que a outra pessoa resolva o assunto é uma ilusão da mente. Vejo que a única maneira de garantir que resolvo a minha instabilidade é ao tomar responsabilidade por mim e criar soluções para mim nesta realidade física 

Quando e assim que eu me vejo a desejar que a outra pessoa seja simpática comigo para eu ser simpática com ela, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta ideia de ser simpática é a ideia de agradar a outra pessoa, em vez de perceber que eu sou simpática com a outra pessoa no sentido de respeitar a outra pessoa e de comunicar sem reações.
Eu apercebo-me que a instabilidade da mente é uma mentira porque QUEM EU SOU ESTÁVEL COMO VIDA é incondicional e portanto a minha estabilidade como Vida não está dependente do "desculpa" da outra pessoa, ou de um sorriso. Eu comprometo-me a não me permitir estar à mercê nem da minha mente nem da mente/atitude dos outros.

Foto: Image courtesy of photostock / FreeDigitalPhotos.net

DIA 188: Três exemplos de resistências para escrever...

terça-feira, março 26, 2013 1 Comments A+ a-


Hoje identifiquei a manifestação de uma resistência: esta tarde decidi escrever sobre um ponto e deixei a escrita para mais tarde porque estava a fazer outra coisa. Quando acabei aquilo que eu estava a fazer, tive a sensação que havia um peso em mim - e por momentos esqueci-me daquilo que eu tinha inicialmente planeado fazer (mais uma resistência...) e senti-me aliviada, como se um peso saísse de cima de mim. Até que me lembrei do tal tópico que eu queria escrever, e a sensação de peso voltou! Havia (e ainda há) esta ideia que tenho tanto para escrever que me desencoraja sequer começar. Ou seja, num espaço de 1h enfrentei três resistências: a procrastinação baseada na ideia do "escrevo mais logo", o súbito esquecimento e alívio por ter nada para fazer, e o peso/ideia que o tópico sobre o qual eu vou escrever é interminável e nem sequer começo a escrever.

Para começar, é importante estar ciente destas resistências e estar atenta quando estas surgem. Agora o próximo passo é parar que a resistência me controle e puxar por mim para me dar direção e escrever...
Apercebo-me que a força de vontade é real quando há um movimento físico, como por exemplo, sentar-me e começar a escrever.

DIA 187: O vício de "deixar para amanhã"...

segunda-feira, março 25, 2013 0 Comments A+ a-


Apercebo-me que o pensamento do "vou deixar para amanhã" funciona como uma bola de neve de tarefas acumuladas de um dia para o outro, sob a imagem da perfeição de que "amanhã" irei dedicar tempo para "isso". Apercebo-me também que esta conversa na minha mente equivale a varrer o pó para debaixo do tapete somente para não lidar com ele e não tomar a responsabilidade de realmente limpar a sala.
Por experiência própria, este pensamento funciona com base numa projecção/imaginação sem verdadeiro compromisso da minha parte, porque não passa de um desejo/imagen da mente - por exemplo, o desejo de escrever no meu blog todos os dias, ou de acabar um exercício, ou fazer desporto, ou ler, ou acabar uma tarefa no emprego.
É como se inicialmente houvesse um entusiasmo da novidade (fazer uma tarefa nova), depois começasse a entrar no hábito de deixar a tarefa para o dia seguinte, até retomar a iniciativa de cumprir a minha decisão de fazer todas aquelas coisas que eu sei são o melhor para mim.

Um dos pontos a pôr em prática esta semana é colocar um "red flag" de cada vez que o pensamento do "vou deixar isto para amanhã" surge. Vou também aplicar algumas soluções práticas quando adio alguma coisa - por exemplo, em vez de simplesmente "varrer" para o dia seguinte, vou garantir que no meu horário do dia seguinte disponibilizo tempo na agenda para realmente fazer aquilo que eu me propus fazer.
Vejo que se eu me der direção e ajudar-me a parar a bola de neve, acabo por ver que afinal não era assim tão complicado finalizar as tarefas. Agora, e como em tudo, é preciso praticar para aperfeiçoar...


DIA 186: O que fazer perante a reação dos outros...

sábado, março 23, 2013 0 Comments A+ a-


Esta noite tive um sonho bastante revelador - nada de místico mas revelador no sentido de me aperceber quem eu tenho sido a enfrentar as reações dos outros. No meu sonho eu estava a presenciar uma discussão entre um familiar meu e a funcionário da agência de aluguer de automóveis - alguma coisa tinha corrido mal e este meu familiar estava a levantar a voz e a exigir uma solução - do outro lado do balcão, a rapariga (da minha idade) estava desfeita em lágrimas. Curiosamente, no meu "papel" naquele episódio eu estava a dizer à rapariga "- não leves a reação dele a peito! Não tem nada a ver contigo porque tu fizeste o melhor que podias e sabias. Não há nada que possas fazer para evitar a reação do outro". Lembro-me também de chamar a atenção do meu familiar para acalmar e ver que reagir não resolve o problema e só gera mais stress.


Que pontos posso tirar deste sonho? Ao contrário da vida real, fui capaz de ser direta com a pessoa que estava a reagir - não me permiti deixar levar pela reação do outro, não fui como uma esponja a absorver as emoções e não me permitir ser influenciada pelas emoções da "vítima".
Ao trazer estes pontos para mim própria, vejo que a rapariga do outro lado do balcão também sou eu, ou melhor, a imagem que eu tenho de mim quando me permito ser influenciada/afectada pelas reações dos outros. E, finalmente, a pessoa a reagir também era um espelho de quem eu me permito ser às vezes!
Ou seja, neste sonho visualizei a minha versão de vítima/passiva, a minha versão de estabilidade e firmeza em momentos de stress e a minha versão reactiva ao acreditar que reagir vai resolver os problemas mais rápido...

Por isso,
Eu perdoo-me por não me permitir e aceitar manter-me estável quando estou perante uma reação, quer seja uma reação em relação a mim ou em direção a outra pessoa.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido levar a peito as reações dos outros ao longo de todos estes anos, em vez de ver que a reação dos outros tem a ver com algum ponto neles próprios e que está simplesmente a ser manifestado em relação a mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que se eu reagir e levantar a voz as outras pessoas vão-me ouvir e vão resolver o assunto mais rápido.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a reação é uma forma abusiva de comunicação com os outros e que começa por ser uma reação energética DENTRO DE MIM auto-destrutiva. Apercebo-me que ao projectar esta reação de dentro para fora eu estou a desconsiderar/desrespeitar os outros à minha volta.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter receio de dizer a um familiar meu para acalmar aquando de uma reação, com base no medo de agravar a situação e de fomentar a reação contra mim. Mais uma vez vejo realizo que eu não sou responsável/causadora da reação do outro.

Nisto, eu comprometo-me a cria a minha estabilidade a cada momento e a cada respiração independente do ambiente à minha volta de reação ou stress e comprometo-me a tomar responsabilidade por qualquer reação que comece a surgir dentro de mim, de modo a não alimentar esta energia e a não me permitir projectar a reação no mundo à minha volta.

Quando e assim que eu me vejo a ser afectada pela reação do outro, eu páro, respiro e decido não levar a reação a peito. Em vez disso, eu dedico-me a dar o exemplo a mim própria e comprometo-me a responder em senso comum e sem qualquer energia da reação. Realizo que parar a reação em mim requer prática porque ao longo de muito tempo me tenho habituado a pensar na reação como algo normal e como uma "solução rápida" para resolver os problemas. Por isso, quando e assim que eu me vejo a alimentar uma reação dentro de mim com base numa ideia de como as coisas deviam ser e com base no meu julgamento sobre a outra pessoa, eu páro a mente e RESPIRO. Nesse momento, eu vejo que se trata de uma reação e relembro-me que esta reação não é o melhor para mim nem o melhor para os outros.

Realizo que a solução para os meus problemas está no senso comum e na honestidade própria, por isso dedico-me a olhar para a situação sem uma reação energética da mente mas antes a olhar para a situação com o intuito de sugerir uma solução prática que seja o melhor para todos, e ver como é que eu posso fazer parte da solução ao estabelecer uma comunicação estável e de igual respeito para com os outros.

Ilustração de Andrew Gable: http://anartistsjourneytolife.wordpress.com 

DIA 185: As projeções que vão e voltam...

quinta-feira, março 14, 2013 0 Comments A+ a-



Vejamos: crio uma imagem de mim numa certa situação - noutras palavras, crio um julgamento sobre a minha atitude naquele momento e penso que a pessoa com quem eu estou a falar está a ter esse julgamento sobre mim. Ontem apercebi-me então que esta projeção é como um boomerang: o julgamento sai de mim em direção ao outro, instala-se a ideia que é o outro a julgar-me e este julgamento volta para mim, por exemplo em forma de vergonha ou arrependimento (e o pensamento de que devia ter agido de outra maneira).  Vejo que ao investigar este ponto comecei claramente a trazer os pontos para mim própria e a ver aquilo que eu permito passar-se em mim (ideias de mim própria acumuladas ao longo do tempo).

Aquilo que até agora me estava a escapar era esta estrutura de como os julgamentos/projeções funcionam - e tive uma resistência para realmente ver isto. 
Em relação aos próximos passos, primeiro tiro a outra pessoa desta equação - os julgamentos de mim própria não têm nada a ver com o outro e afinal a pessoa com quem eu falava apenas me ajudou a ver isto. Cada um de nós está cercado pela nossa mente de preocupações, agendas, medos, resistência e crenças por isso não vale a pena procurar desculpas para cobrir aquilo que só eu posso entender e resolver por mim: a minha mente, aquilo que eu aceito e permito em mim e naquilo que eu aceito participar na minha realidade.

Por isso, participar no boomerang da mente é uma escolha que até agora tenho visto como uma obrigação do "tenho de seguir este pensamento" ou "este julgamento é real", em vez de olhar para o espelho das projeções, ver-Me e perceber onde é que eu estou a complicar a minha vida e realmente a prejudicar a minha estabilidade.  O passo que se segue é a ser brutalmente honesta comigo própria e enfrentar os julgamentos/pensamentos com especificidade e começar a parar de cair nestes vicíos/energia da mente, que tal como um boomerang, vão e vêm até serem parados para não mais serem lançados. 

Ilustração: Sem dúvida, este boomerang nas nossas mentes não é um salva-vidas.


DIA 184: Imagina-a-ação e a vida passa ao lado...

sexta-feira, março 08, 2013 0 Comments A+ a-

Neste blog continuo a analisar as dimensões por trás do caráter/personalidade dos julgamentos próprios aquando da minha última saída à noite.

Quanto à dimensão da imaginação, consigo ver que na altura em que eu estava naquele espaço físico, a minha mente vagueava "fora de mim"... imaginava quem eram aquelas pessoas e onde é que elas iam. Ao mesmo tempo, imaginava-me a libertar-me dos julgamentos e a simplesmente dançar, a falar com as pessoas sem vergonha e sem medo de ser observada. Em relação ao medo de ser observada, vejo que a outra polaridade também se manifestou, em que imaginava a observar-me de fora, como se me visse ao espelho. e apontasse o dedo...  Assim se vê que a imaginação é mais uma dimensão da mente e, em honestidade própria, consigo então descobrir pontos em honestidade própria:

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na imaginação da mente que funciona como uma telenovela de entretenimento mas em que as personagens que eu vejo nos outros são personalidades que eu projecto e que, portanto, existem em mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que os outros (personalidades) estão separados de mim quando, ao participar na imaginação da mente, é de mim que eu me estou a separar. Apercebo-me que este tipo de entretenimento funciona como um mecanismo de defesa para não  enfrentar estes pontos da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido limitar a minha expressão naquela altura ao participar nos episódios da mente e ao imaginar como é que as coisas/eu estaria diferente se tivesse ido a casa por exemplo, ou se tivesse com outra disposição, ou menos cansada, ou mais produzida. Nisto, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido condicionar a minha vivência aqui/agora com base na ideia de que faltam coisas para eu estar simplesmente presente! É óbvio que a única coisa que verdadeiramente determina eu estar ou não presente é a minha presença física!

Quando e assim que eu me vejo a cair nas teias da imaginação da mente em que me começo a entreter com a ideia de como as coisas seriam se tivessem corrido de maneira diferente, eu páro e respiro. Foco-me então em parar a imaginação e em ver, no momento presente, o que é que eu estou a impor a mim propria como uma condição para eu ESTAR AQUI, em vez de simplesmente estar e SER aqui; 
Comprometo-me também a ver qual é a atitude que eu acredito e imagino que eu devia estar a ter para supostamente aproveitar melhor aquele momento (por exemplo: a imagem de mim a dançar incondicionalmente e sem vergonha) - apercebo-me que funciona como uma imposição que, se não for cumprida, significa que não me estou a divertir/ que não estou "aqui a fazer nada".

Dedico-me então a ver e a parar o julgamento e a ideia de que estaria melhor a fazer outra coisa do que aquilo que eu estou a fazer naquele momento (mais não seja estar simplesmente sentada em silêncio, ou a observar, ou a conversar); dedico-me também a ver e a parar as ideias de "vida perfeita" que eu projecto nos outros , cuja comparação é desonesta comigo própria e eu me distrai de estar aqui presente a criar o melhor de/para mim onde quer que eu esteja.

Quando e assim que eu me vejo a distanciar-me de mim própria e, ao mesmo tempo, a participar no medo de ser observada, eu páro e respiro. Aproveito então para ver que julgamentos estou a mostrar a mim própria e dedico-me a viver a decisão de parar os julgamentos,a respirar, perdoar e mudar a minha atitude comigo própria.
Quando e assim que eu me vejo a imaginar a vida das outras pessoas, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas imagens na minha mente são de facto um espelho (normalmente coisas que eu não estou a dar/fazer para mim própria) e por isso é uma oportunidade para ficar ciente destas ideias e ver pontos que eu posso corrigir/aplicar em mim. 


Ilustração: Diss-Order Of Multiple Personalities By Carrie Tooley 


DIA 183: E depois dos julgamentos, vejo o padrão da comparação - dimensão do pensamento

sexta-feira, março 08, 2013 0 Comments A+ a-


Sugiro que se leia a introdução desta secção em que eu estou a auto-investigar as várias dimensões associadas à experiência dos julgamentos:

Dimensão do pensamento:

Estou num bar trendy em Londres e penso que "há raparigas giras. Eu não sou tao gira como elas mas sou casada". Ou seja, acabo por justificar a comparação sem ver o padrão de polaridade  em que eu me estou a permitir participar (ser menos VS ter mais).

Porque não simplesmente observar e estar um e igual com as pessoas à minha volta? Para quê comparar-me? Para quê julgar? Para quê julgar-me? Para quê entreter a mente e PERDER a expressão da Vida aqui?

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido cobrir os julgamentos de inferioridade com a ideia de "pelo menos tenho isto", quase como se fosse um -'toma, toma' a deitar a língua de fora, que é decepção, separação e uma maneira de ignorar o padrão de comparação e inveja.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter resistência a escrever sobre o padrão da inveja por ter vergonha dos meus próprios padrões, sem ver que ao esconder estes padrões de mim própria eu estou a aceitar limitar-me com estes padrões! Ao ver aquilo que se passa na minha mente, vou-me permitir estar a tenta ao padrão e AGIR pro activamente em viver a decisão de mudar a relação comigo própria para começar a viver em plena transparência comigo própria e confiança no meu processo de mudança.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido olhar à minha volta sem qualquer julgamento sobre aquilo que eu vejo e sem qualquer polaridade. Apercebo-me que a primeira polaridade começa por pensar que as outras pessoas são uma coisa e que eu sou o oposto disso, sem me permitir ver aquilo que somos/temos  em COMUM, como por exemplo o facto de estarmos TODOS, AQUI, AGORA.

Eu perdoo-me por nao me ter aceite e permitido ver/reconhecer que os julgamentos que eu tenho dos outros têm sempre a ver comigo e coisas que eu não me estou a permitir ver/criar em mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido associar o bar de Londres a um local de beleza feminina e "trendy" e assim estar a criar separação com o local e acreditar que estes lugares não são para mim depois de um dia de cansaço e de trabalho.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me pelas roupas que eu tenho vestida e julgar as roupas como não sendo adequadas para o bar trendy!

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na vulnerabilidade em relação à mente e participar em cada julgamento, ideia e desejo da mente, que em honestidade própria eu realizo que este é um mecanismo da mente/um escape para não me enfrentar e viver a decisão de parar a insegurança da mente e criar a minha estabilidade de dentro para fora, independentemente de onde eu estou, com quem eu estou, daquilo que tenho vestido ou daquilo que eu faço.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar as mulheres como bonitas ou feias baseadas no estilo que aparentam e assim participar na imagem da mente que não me permite conhecer as pessoas (eu!) realmente e estar um e igual com elas (comigo).

Curiosamente, à medida que fui escrevendo o perdão próprio vê-se que comecei por perdoar os julgamentos em relação aos outros e gradualmente comecei a focar-me em mim (por exemplo toquei no ponto do conflito em relação às roupas que eu tenho vestida). Isto mostra que cada ponto tem várias camadas e que, ao tirar as de cima, começo a ver o que eu tenho acumulado em mim e que tenho literalmente escondido de mim própria. Através da escrita é possível trazer estes pontos em tempo-real e andar cada pensamento desonesto, cada ponto de separação, cada definição e ver com os nossos próprios olhos a maldade que fazemos a nós próprios nas nossas próprias mentes.

Quando e assim que eu me vejo a pensar que a outra pessoa é mais do que eu (quer seja o "mais bonita", "mais artística", "mais inteligente", "mais interessante") eu páro as comparações da mente e respiro. Eu dou espaço a mim própria para me estabelecer "fora do filtro da mente" e permito-me olhar à minha volta sem julgamentos da mente. Eu comprometo-me a auto-investigar a admiração que eu tenho pela personalidade que a(s) outra(s) pessoa(s) representam. Comprometo-me também a ver o que é que eu me estou a ver separada de determinadas qualidade, de forma a começar a fazer aquilo que até agora só associava a ser feito pelos outros!

Quando e assim que eu me vejo a limitar a minha expressão com base nas associações que eu dou sobre "como é que este sítio é" (exemplo: bar trendy)  e "como é que as pessoas se devem comportar" (fashion e extravagantes), eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estes pensamentos são a minha própria limitação e que posso então usar estas ideias para ver a prisão que eu tenho criado em mim e à minha volta. Comprometo-me então a estar um e igual com o sítio e com as pessoas, a estar estável dentro de mim incondicionalmente do local ou com quem eu estou, em plena auto-confiança, direção própria, sem querer parecer mais nem menos, sem querer agradar os outros nem definir os outros.

Eu comprometo-me a parar o pensamento/cadeia de pensamento que vejo surgir no momento em relação ao ambiente/pessoas à minha volta e RESPIRO. Eu procuro ver qual foi o pensamento que despoletou uma determinada personalidade, ou que desejos existem em mim e que eu me estou a dis-trair de mim. Eu apercebo-me que as definições da mente funcionam como uma limitação porque não me deixam ver para além daquilo que é superficial e por isso eu não me estou a permitir auto-investigar, descobrir e resolver em mim estas personalidades. Dedico-me então a estar atenta à dimensão do pensamento e a não tomá-los como pessoais - é um espelho de padrões que me mostra aquilo que eu posso corrigir em mim.

Quando e assim que eu me vejo a querer agir para querer controlar o pensamento que a outra pessoa possa ter sobre mim, eu páro e respiro. Apercebo-me agora da prisão que eu estou a criar para mim própria porque fui eu quem criei o pensamento em mim e que depois acreditei ser real porque projectei-o numa pessoa. Realizo então que as personalidades não são reais e que estas são criadas/alimentadas na minha mente se eu assim o permitir/aceitar.

Apercebo-me agora também que todas as personalidades que eu vejo e julgo à minha volta são pontos que eu posso verificar dentro de mim e ajudar-me a parar estas personalidades para me criar como o exemplo para mim própria.


DIA 182: JulgaMEDOS no meio da multidão

terça-feira, março 05, 2013 0 Comments A+ a-


Vejo que os julgamentos que surgem em forma de pensamento ou em forma de supressão, são espelhos de vários caráteres/Personalidades pelos quais eu me tenho permitido definir. Mas de onde vem a primeira permissão e aceitação dos julgamentos próprios?
Vou usar uma experiência recente para investigar o ponto dos julgamentos e perceber a origem e a construção deste padrão na minha mente.
Isto passou-se a semana passada quando fui sair à noite numa zona em Londres considerada trendy e cosmopolita.
Dei por mim a comparar-me com as mulheres presentes, tendo como ponto de partida o medo de não ser tão interessante/gira quanto elas - aparentemente, a origem desta comparação e competição tem a ver com o medo de não ser tão interessante como elas PARA o João! Ou seja, para além da competição do ego, eu estava a participar na potencial competição entre mim e elas, em completa separação.


Como foi explicado no blog anterior, vou começar a usar uma estrutura que inclui as várias dimensões do Caráter/Personalidade e o correspondente perdão próprio e afirmações para a mudança.

Dimensão do medo:
Julgamento próprio com base no medo da perda; medo de não ser boa o suficiente; medo de ser trocada; medo de não ser a melhor; medo de deixar de ser interessante para o João; medo de perder a minha posição de mulher do João.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar nas comparações da mente quando estou com outras pessoas, especialmente com outras mulheres que eu julgo como sendo artísticas, interessantes e bonitas.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na aparente separação da mente projectada nas mulheres à minha volta e acabar por pensar que este padrão tem a ver com o Joao. Apercebo-me que os ciúmes são um mecanismo de defesa da mente para eu não ver os julgamentos que eu criei de mim própria por trás destas projecções.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no medo de não ser interessante o suficiente, querida o suficiente ou bonita o suficiente para os outros, sem ver que em honestidade própria eu não tenho nada a provar aos outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser insegura e instável na minha relação comigo própria, que depois se manifesta quando vejo estes padrões noutras mulheres, em vez de Ser honesta comigo própria, a praticar o meu à vontade de dentro para fora, a abrir-me comigo, a parar os medos e as limitações que eu criei para mim própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar e participar na relação de competição com outras mulheres quando isto é claramente uma luta do ego/mente e que não é baseada em igualdade e unidade comigo/com outros.

Eu apercebo-me que os medos que eu projecto na minha relação com as outras mulheres é um espelho dos padrões na relação que eu tenho comigo própria. Por isso, quando e assim que eu me vejo a ser competitiva comigo própria com base no medo/chantagem de perder alguma coisa, eu páro e respiro.
Eu apercebo-me que a vida não se ganha em competição comigo própria nem com a vida que os outros são!
Quando e assim que eu me vejo a ter medo de não ser boa o suficiente para o Joao, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este medo sobre a perda de mim própria não é real e que é da minha responsabilidade conhecer-me e corrigir-me na minha relação comigo própria que depois se vai reflectir na minha estabilidade e segurança na relação com os outros.
Quando e assim que eu me vejo a ter medo de ser trocada/substituída por outra pessoa, eu páro e respiro. Nisto, apercebo-me que estou a criar separação onde esta não existe - eu sou um e igual com a existência da outra pessoa e, em senso comum, podemos/devemos aprender uns com os outros.
Eu comprometo-me a parar o medo da perda que é baseado em sobrevivência e em controlo. Eu comprometo-me a praticar o meu à vontade de dentro para fora, a abrir-me comigo, a parar os medos e as limitações que eu criei para mim própria.
Eu comprometo-me a estar estável sozinha e a não participar no medo de perder uma experiência/sensação que são puras energias da mente!; eu comprometo-me a trazer para mim própria as comparações que eu faço em relação a outras mulheres e assim ver aquilo que eu estou a admirar nos outros porque não estou a criar essa realidade em mim; comprometo-me então a aprender e aplicar as boas práticas que eu vejo nas outras pessoas.

Ao escrever esta secção do perdão próprio apercebi-me que estava a projectar no João os meus próprios julgamentos através da sabotagem da mente, de desejar mudar PARA O/PELO outro. Realizo que isso é impossível e que isso só me separa da minha própria solução. Por isso, ao escrever sobre os MEUS pontos, estou a viver a decisão de parar as multiplas personalidade, ver o stress que crio para mim própria e dedicar-me a aplicar a mudança por mim/para mim.

No próximo blog vou caminhar pela dimensão do pensamento em relação aos julgamentos que projectei naquela noite.



DIA 181: Como 'livrar-me' dos julgamentos (Dimensões do carácter) - Parte 1

sábado, março 02, 2013 0 Comments A+ a-


A partir de certa idade, os julgamentos passaram a fazer parte do meu dia-a-dia. Recordo-me que esta preocupação constante sobre a minha aparência, sobre o cabelo, sobre aquilo que eu digo, sobre aquilo que eu não digo, sobre aquilo que eu sei, sobre aquilo que os outros sabem, etc., começou a ser desenvolvida por volta dos 13 anos na escola secundária. Até esta altura, não me lembro de dar tanta atenção a estes elementos e não me limitava por eles.
Antes de aplicar este processo a resolver a personalidade dos julgamentos, vou primeiro escrever sobre as dimensões do Carácter/Personalidade. A partir de hoje, vou começar a usar esta estrutura para analisar cada ponto em mais detalhe para que me ajude a perceber cada dimensão por trás das minhas personalidades e aplicar o perdão próprio e afirmações de auto-correção para cada uma delas, e assim ajudar-me na mudança prática. Ou seja, vou perceber como posso manter-me estável perante a "força" da mente/energia, em que não me deixo "cair" na mente e desistir do Eu, utilizando estes momentos de mudança prática como uma oportunidade/etapa decisiva no meu processo de mudança/transformação da mente para o físico.

Em geral, cada carácter/personalidade da mente é composta por várias dimensões - o medo, o pensamento, a imaginação, as conversas internas/backchat, as reações de emoções/sentimentos, e o comportamento.


Dimensão do medo


Em geral, o que se vai encontrar nos Caráteres/Personalidades é que estes têm a sua origem num/através de um medo gerado na infância/na nossa vida em relação a algo/alguém, e que o medo se manifesta numa personalidade como um mecanismo de defesa/protecção baseado em individualismo / interesse / desejo. Assim, para cada Personalidade/Caráter pode-se identificar a Dimensão do Medo: qual foi o ponto original / medo que trouxe a construção/programação de uma personalidade específica?
Para identificar a Dimensão do Medo, terá de se caminhar pela História dentro de si mesmo e ver onde, dentro dos limites do passado/memórias, é que este carácter/personalidade originou/começou. Às vezes, vai-se encontrar a memória imediatamente a surgir na mente, outras vezes poderá ter de se rever as experiências passadas / memórias para ver quais as relações / eventos relacionados com ao carácter/personalidade, outras vezes não haverá indicação de qualquer memória que ajude a ver o ponto.

(Pode ser inicialmente difícil encontrar a memória no seu passado que tenha originado o caráter particular com que se está a lidar. Por isso, se não se conseguir identificar o medo/memória que originou a personalidade, não há problema. A dimensão do medo pode inicialmente ser mais difícil de identificar porque esta dimensão está situado dentro da Mente Inconsciente, embutida na carne-física como a raiz de um sistema de personalidade da mente no físico. Então, se ainda não se consegue identificar a Dimensão medo/Memória, sugere-se que se pratique a respiração para se estar fisicamente presente. Quanto mais se praticar esta presença física, e caminhar as personalidades através de todas as dimensões e começar a estabelecer uma relação de unidade com a Mente e suas Dimensões / relações e quanto mais se está/torna um e igual com o plano/networking da Mente, mais se será capaz de ver todas as dimensões e relações)


Dimensão do Pensamento 

O pensamento é aquilo que activa a personalidade e é bastante difícil identificar o pensamento específico que pertence a um carácter específico, porque o pensamento move-se tão depressa na mente, e porque o Ser não está aqui no físico na/como respiração a mover-se em tempo-real com o físico, mas sempre preocupado em todas as outras dimensões e experiências da mente.
Portanto, aqui - o que se deseja identificar é o pensamento que ativa o Carácter. Este será capaz de se identificar quanto mais se caminha o processo físico da respiração, permanecendo aqui na realidade / espaço-tempo físico e neste processo ser capaz de estabilizar-se a si mesmo no físico, de modo a que acabará por ser capaz de ver um pensamento a mover na mente e parar de participação nele ANTES que este ative um caráter / personalidade. Mas, neste momento, estamos tão separados até das dimensões / componentes de caracteres, que tudo se manifesta  automaticamente / rapidamente e, antes de se saber - já se está participando simultaneamente na Imaginação, no Backchat / conversas internas, nas reações e Comportamento Possessivo - tudo isto começou a partir de um momento quântico na relação que se tem com a realidade física, que ativou um pensamento e, por sua vez, uma Personalidade / Caráter. Essencialmente, este processo implica que se pratique um "abrandar" através/com a respiração física para se poder ver como a mente se move dentro de nós próprios.

Para identificar a dimensão do Pensamento, aqui também se pode praticar a aplicação de 'desaceleração' com e como respiração. Então, quando se está prestes a escrever a dimensão do pensamento - a considerar aqui é que, o pensamento será uma imagem como um "flash fotográfico instantâneo" que irá acelerar pela mente, e o pensamento estará em contexto particular para/como o carácter/personalidade. Assim, aqui - quando você está no momento da escrita, pode sentar-se, acalmar e na/como respiração caminhar a memória de quando se participou num Carácter. O que é engraçado aqui é como se pode praticamente utilizar  a Mente e as Memórias para ajudar no próprio processo de identificação e redefinição de Caráteres. Assim, pode trazer-se para si mesmo aquele momento de quando se ficou possuído com o caráter e ver se é possível identificar a imagem de quando o pensamento cruzou a mente, antes de se ir para as conversas internas, imaginações, reações e comportamento de/como um caráter/personalidade, e o que aconteceu na mente que levou a uma tentação pela energia - esta força como/da Mente leva à tentação de se sentir bem na experiência de energia, do que se avançar na realidade prática física em Auto-Disciplina.

Ou seja - a dimensão do medo é essencialmente a raiz do caráter, a Dimensão do pensamento é a ativação de um caráter, e da dimensão do Pensamento pode-se experimentar simultaneamente a Imaginação, as conversas internas / backchats, reações de emoções/sentimentos e do sistema comportamental. Mas, dentro da Mente - todas as dimensões ativam-se numa sequência até que finalmente se é possuído pela personalidade. No entanto, em algumas ocasiões, a dimensão da imaginação pode não ativar - isto é essencialmente determinado pela extensão da convicção que se passa dentro de si mesmo com a mente para deliberadamente sabotar / comprometer-se num momento de auto-mudança para preencher uma energia experiência/desejo. E assim, de vez em quando a dimensão da Imaginação pode ser inexistente -, mas vai-se sempre encontrar os principais componentes/dimensões como as conversas internas/backchat, as reacções das emoções e sentimentos e os sistemas específicos de comportamento,  de como a Personalidade vai mudar o comportamento no físico.

Assim, a Mente ativa, inicialmente, uma sequência de pensamento, Imaginação, conversas internas / Backchat juntamente com as reações de emoções / sentimentos que, depois, vão determinar o comportamento no corpo físico. Mas, tudo isso pode mover-se tão rápido que irá parecer que foi o Eu quem tomou a decisão de não assumir a responsabilidade num ponto específico. No entanto, a mente andou  de facto todas estas dimensões em tempo-quântico dentro do Eu como a força que mudou de um momento de auto-responsabilidade/vida, para uma experiência de Energia.

Dimensão da Imaginação

Nesta dimensão, a mente vai "vaguear" ao imaginar fazer/ver/criar todos os tipos de coisas diferente/experiências - é, essencialmente, a dimensão/domínio dentro da Personalidade que a esta vai usar para "motivar" a decisão própria da realidade para/como a mente . Então, vai-se começar a imaginar-se sobre uma série de OUTRAS COISAS em completa oposição àquilo está aqui na realidade física. Às vezes, a dimensão da Imaginação será utilizada como o principal distração, noutras ocasiões a Personalidade irá possuir inteiramente o Eu para se distrair da relação consigo mesmo, com o físico e com a sua responsabilidade para com a realidade/o Aqui.

Assim, para identificar a Dimensão da Imaginação - pode-se olhar  para o onde é que se "vagueou" dentro da mente, quais foram os cenários/'fantasias'/'sonhar acordado' aos quais nos prendemos e que levaram à tentação de querer realizar a imaginação na mente, em vez  de permanecer fiel aos princípios da responsabilidade própria, de viver e de se direcionar nesta realidade física que é real.


Conversas internas / Backchat / Vozes na cabeça


É aqui que surgem as conversas consigo mesmo como uma Personalidade na Mente. Assim, conversas internas / Backchats vêm ao de cima/manifestam-se como palavras, frases, declarações curtas que podem variar em comprimento/intensidade. É dentro do domínio das conversas internas/backchat que se começam a ativar as reações de emoções/sentimentos, juntamente com as palavras que se falam na mente - ao analisarmos esta dimensão vamos então ver, perceber e compreender como a mente fundamenta as palavras com ENERGIA, de modo que haja sempre uma experiência de energia e d definição de palavras. Esta é uma das principais relações que a Mente usa para garantir que o ser humano nunca VIVE as palavras e, assim, as palavras, as suas definições e experiências tornam-se componentes que a  mente usa para juntar aos sistemas de personalidade que definem o comportamento, em vez de se VIVER no físico com base no princípio de auto-conhecimento e direção própria de quem se é como vida/comportamento físico.

Assim, para se identificar as conversas internas / backchat de uma Personalidade, pode ver-se durante e naquilo que se escreve quais são as palavras, as frases, declarações que se manifestam na mente como a "voz da Personalidade" a falar para si mesmo, essencialmente a falar/convencer a si mesmo como sendo uma personalidade, em vez de assumir a responsabilidade para si aqui como /no físico.


Dimensão da reação
Aqui identificam-se as reações de emoções e sentimentos que fundamentam/animam o Caráter/Personalidade; que reações de emoções e sentimentos se utilizou para se manipular a si próprio, para cair de volta na Mente/Personalidade em vez de se estar aqui ciente de si mesmo em estabilidade como a respiração.

Nisto, enquanto Personalidades, vamos usar as emoções e sentimentos específicos para ativar padrões de comportamento específicos/hábitos do/no processo para validar porquê/como é que nós somos uma personalidade e assim, tentar fazer uma Personalidade "mais real".
Essencialmente dizendo "bem, estou a sentir isto e o meu comportamento é assim e isto  é quem eu sou por isso eu não posso mudar" - quando, durante todo este tempo, estamos ativamente na Mente a participar na criação de experiências e comportamentos desde os pensamentos, à imaginação, às conversas internas / backchat - sabotando e comprometendo-nos deliberadamente na Mente a manifestar/validar/materializar os nossos desejos, necessidades e desejos, em vez da nossa responsabilidade para com nós mesmos, os nossos corpos físicos e as nossas vidas neste mundo.

Assim, para identificar a Dimensão da Reação é preciso olhar para quais são as emoções/sentimentos manifestados dentro da Mente no físico dentro e durante uma possessão de personalidade.



Dimensão do Comportamento




Aqui, para identificar a Dimensão do Comportamento -tem de se ver como é que a nossa experiência no corpo físico mudou dentro e durante a possessão da personalidade; como era o corpo físico ANTES da possessão e durante, para assim identificar como essa personalidade manipulou o corpo físico, e nesta manipulação física validou-se/justificou-se ainda mais a decisão de cair na Mente/Personalidade e desistir-se se si mesmo/da responsabilidade de ser-se aqui como/no físico e do seu mundo/realidade.

Assim, o que se tornará claro aqui é essencialmente a forma como utilizamos as dimensões da Personalidade para nos manipularmos à submissão da Energia/Mente, uma e outra e outra vez - não permanecendo, vivendo e estando AQUI  de facto, no/como este mundo/realidade. Assim, durante/nestes processos, vai-se compreender melhor  o que queremos dizer com a diferença entre o controlo da personalidade através da Energia/Mente e o que é realmente viver no Físico.



Para se aceder a todos estes detalhes, sugiro que se leia o blog original em inglês: http://heavensjourneytolife.blogspot.com/2012/09/character-dimensions-introduction-day.html 
No meu próximo blog vou andar o exemplo prático do caráter do Julgamento Próprio e assim especificar a minha relação com todas estas dimensões de medo, pensamento, imaginação, conversas internas/backchat, reações, comportamento e incluir/expandir a dimensão de Consequência.