DIA 225: Compromisso VS Medo de Falhar

domingo, junho 23, 2013 0 Comments A+ a-


Sugiro que se leia o meu blog anterior, onde eu descrevo várias realizações pessoais sobre o padrão da procrastinação que se manifesta quando eu estou perante o medo de falhar. Ultimamente tenho-me apercebido que o medo de falhar funciona como uma energia motivadora, com efeito de auto-controle. Ou seja, ao participar no medo de falhar, eu tenho andado a suprimir a minha expressão e a excluir soluções criativas para que eu consiga resolver os meus padrões na minha mente. Em vez disso, tenho ficado entretida com a ideia de como as coisas deviam ser sem realmente mudar a maneira como eu penso e faço as coisas -  isto chamo o Processo de Aperfeiçoamento e é este o meu compromisso de vida.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido usar o pensamento/ideia/medo de falhar sobre aquilo que eu estou actualmente empenhada em fazer, sem me aperceber que eu estou deliberadamente a comprometer o meu compromisso inicial e a sabotar a minha própria ação, visto que ainda permito que a minha mente de medo me dê direção.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar o meu próprio cenário de falhar na vida  e por isso, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tomar a decisão de falhar em mim e assim ignorar/desprezar qualquer potencial de Vida em mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar no pensamento de falhar como sendo real. Eu apercebo-me que este pensamento é alimentado pela imagem na minha mente de alguém insatisfeito com aquilo que eu fiz no meu trabalho. Apercebo-me que esta projeção no outro é um indicador do meu mecanismo de auto-avaliação punidor através do qual eu própria me suprimo e me limito.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na mente com total submissão e criando possibilidades das "coisas que podem falhar" e, perante esta medonha experiência de potencial vergonha e medo, eu perdoo-me por me permitir e aceitar participar na petrificação física de "não saber o que fazer".

Quando e assim que eu me vejo a entrar na paranoia da mente do medo de falhar, do medo de ser avaliada negativamente ou de me sentir envergonhada por falhar, eu páro e respiro. Eu determino-me a escrever sobre os medos que estão a minar e a influenciar a minha ação física e escrevo também sobre o meu objectivo e direção naquele projecto/trabalho específico.
Quando e assim que eu me vejo a usar memórias em que por ventura falhei um objectivo específico, eu páro e respiro. Ajudo-me a perceber o padrão por trás dessa memória em vez de levar a memória a peito, e eu comprometo-me a não usar experiências do passado para justificar os medos manifestados no presente. Em vez disso, eu tomo esta oportunidade para resolver esse medo específico, através da escrita, do perdão próprio, da minha self-awareness e da minha correção em tempo real.
Eu comprometo-me a alinhar a minha ação com os objectivo e com a minha decisão inicial de realizar o trabalho e comprometo-me garantir que não uso desculpas como um mecanismo de defesa e de proteção da mente. Eu apercebo-me que não sou esta mente de ideias sobre mim própria: estas ideias foram criadas ao longo dos anos com base em experiências que foram transformadas em memórias e manipuladas segundo o meu programa mental de auto-julgamento, auto-destruição e de auto-desistência. Em vez de "lutar" com estas imagens da mente e fazer o oposto daquilo que a mente me mostra (apercebo-me que seria ainda sob o efeito da "crença na mente"), eu páro e respiro.

Eu tomo a decisão que as minhas ações são baseadas naquilo que é o melhor para mim no momento específico em que eu me encontro e naquilo que é melhor para mim para a minha estabilidade física. Por isso, em vez de participar imediatamente na mente, eu dou-me tempo físico para realizar quais são os padrões mentais a "assaltarem" a minha vida, para me ajudar a parar a influência do meu programa mental e, assim, passo a passo recrio a minha mente, desta vez em plena responsabilidade e sob os princípios e auto-respeito e de desenvolver-me nos princípios da Vida em unidade e igualdade neste mundo físico.


DIA 224: Bloqueio para Estudar ou Trabalhar? Aprende a identificar os teus medos

sábado, junho 22, 2013 0 Comments A+ a-

Se é por mim que eu ando este processo, também é por mim que eu me desleixo no meu processo. Ou seja, de cada vez que eu me desrespeito em pensamentos, palavras ou ações, é a mim que eu me estou a prejudicar e que estou a atrasar/adiar a minha Vida.
Nestes últimos dias tornei-me ciente de um ponto enraizado em mim há demasiado tempo e, por nunca me ter decido parar o padrão, acabo por participar nele automaticamente - refiro-me à procrastinação baseada no medo de falhar/ego/ideia que eu quero passar aos outros/desejo de ser perfeita sem realmente FAZER por isso na prática.
Reparo então que ultimamente tenho tido como ponto de partida o medo de não conseguir acabar um trabalho - mas em vez de enfrentar o medo e pará-lo, acabei por vivê-lo. Como? Ao adiar o momento em que começo o trabalho, ao imaginar o momento em que finalizo o trabalho e supostamente "está tudo bem".
A minha pergunta de hoje é: Porque é que eu participo nesta preocupação e crio este papão na minha mente?  Quanto mais resisto fazer este trabalho, maior me parece, porque existem camadas de medo, camadas de expectativas, camadas de ideias, camadas de comparações - tudo isto são camadas de energia mental que me prende na realidade. Por isso há também uma petrificação física em que me "sinto" bloqueada e não consigo fazer mais nada do que pensar no trabalho.
Curiosamente, quando me dedico de facto a ler e a escrever para o trabalho, dou por mim a pensar "Afinal não é assim tão difícil". No entanto, aquilo que eu também não estava a ver é que esta é também uma ideia, desta vez baseada na outra polaridade --- positiva. Ou seja, ao pensar que "afinal aquilo que eu criei como um papão não é assim tão grande" estou a fazê-lo sem qualquer indicação real porque o trabalho ainda não está feito. Apercebo-me que era um a ideia mental e que é importante estar ciente do exagero mental, no entanto, qualquer emoção positiva ou até mesmo motivação que possa surgir (como por exemplo imaginar o momento em que acabei o trabalho e há satisfação e alívio) também não é real. Pode depois haver tendência para criar desapontamento pessoal quando a imagem de facilitismo na mente não acontece, porque afinal a imagem de fast-success também não é real!
 A sensação de não ser "tão difícil" é somente baseada na realização que os meus pensamentos de derrota inicias eram escusados, mas não implica que esteja a haver uma mudança prática.  A mudança prática ocorre quando eu realizo que nem os pensamentos negativos nem os positivos são reais, e ponho em prática a realização que o trabalho é feito e escrito aqui, não na mente.  Da mesma maneira que temer um certo evento (por exemplo um exame da faculdade ou uma reunião no emprego) não faz sentido porque a única coisa que tememos é o cenário que criámos na nossa própria mente e que acreditamos que é isso que vai acontecer.
E por isso a única solução é criar o meu trabalho aqui e agora, fazer o melhor de mim e estar disposta e aberta a aperfeiçoar-me.

Para sumarizar, os pontos que eu realizei nesta altura da minha vida são:


  • A resistência que eu tenho para fazer alguma coisa baseia-se no medo de falhar
  • Na minha mente eu facilmente salto da ideia inicial para a imagem do resultado final, sem ver que estou a desprezar por completo o empenho físico real e o tempo real que irá levar a completar a minha ação
  • A imagem do trabalho completo não é real e é um desgaste mental estar a tentar corresponder à imagem da mente
  • A preocupação inicial de não conseguir acabar o trabalho é uma distração e uma crença, porque na realidade ainda nem sequer comecei
  • Quando eu começo e dou por mim a pensar que afinal não é assim tão fácil, eu estou a criar a outra polaridade na minha mente com base na esperança de conseguir terminar o trabalho, e portanto esta motivação também não real
  • Quando estou a fazer o trabalho, não é necessário fazer "cross referencing" com a mente: basta confiar naquilo que está feito aqui no físico e continuar a progredir e a auto-aperfeiçoar aquilo que estou a fazer
  • A ideia que eu criei de mim própria é baseada em falta de confiança-própria e é uma espécie de suicídio mental, porque tenho tendência para desistir de mim e portanto resistir ao processo de mudar quem eu sou e como eu ajo comigo própria
  • Apercebo-me que a única maneira de ultrapassar a resistência é ao não participar na resistência na prática e a começar a fazer o trabalho na prática, passo a passo, em auto-criatividade, auto-descobrimento e expansão pessoal.

Na ilustração, eu vejo também uma pessoa cuja mente está aparentemente iluminada de ideias, mas parada, em modo de observação e a ver a vida a passar ao lado...





DIA 223: És o Director, Produtor e Actor no teu Filme

quinta-feira, junho 20, 2013 0 Comments A+ a-


E se conseguisses ver a tua Vida em Retrospectiva antes de Morreres, o que farias de diferente? Afinal de contas, somos nós os Directores, Produtores e Actores das nossas próprias vidas.

Hoje ouvi mais uma entrevista genial da Eqafe sobre a morte por ataque cardíaco. Parece um tema mórbido mas garanto-vos que desta entrevista só vêm coisas boas, ou seja, uma lição de vida para aqueles que cá estão. Quantas vezes não me vejo a observar a minha vida como se Eu não tivesse a tomar a minha própria direção, como se houvesse uma força a decidir por mim, ou como se eu não tivesse o poder de mudar.


É precisamente sobre este "papel" de observador que eu vou escrever hoje e depois perdoar-me, porque eu também vejo, na minha própria vida, momentos em que eu fico a desejar fazer ou dizer qualquer coisa sem realmente me mexer para fazê-lo ou dizê-lo, e espero que a solução surja miraculosamente.
Ao ouvir esta entrevista,  relembrei-me do poder que é estar aqui nesta realidade física e da oportunidade de viver esta vida que, por enquanto, ainda só é uma força de vida mas ainda não é vivida por mim na minha plenitude, em unidade e igualdade com a Vida propriamente dita. Isto porque eu ainda "vivo" na minha mente de pensamentos, de cenários, de ideias, de crenças de como as coisas devem ser, de desejos e imagens de como quero que as coisas sejam, de medo da minha própria imaginação...


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido por nem que seja um segundo vacilar da minha presença aqui e da força de Vida que eu sou e tenho em mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sequer pensar que os pensamentos da minha mente, quer positivos ou negativos, são reais.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir momentos da minha vida como fáceis e como momentos difíceis, sem me dar a oportunidade de Viver cada momento, sem julgamentos de bom ou mau, certo ou errado.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me com a vida dos outros e com as personalidades dos outros, que me leva a comparar-me com os outros, em vez de me permitir recriar-me por mim, testar aquilo que resulta e aquilo que não resulta,e desenvolver a minha capacidade de tomar decisões em senso comum.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar na minha vida como se se tratasse de uma observadora em que julgo aquilo que eu faço. Esta reflexão mostra-me aquilo que eu tenho de corrigir em mim porque me estou a limitar com os julgamentos próprios. Ao parar os julgamentos, apercebo-me que estou sozinha, a escrever aqui, a lidar com a minha própria mente e responsável por recriar uma nova relação comigo própria, desta vez de verdadeira confiança, porque eu sou a directora da minha própria vida.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me nas relações que eu criei com as outras pessoas, quer sejam as relações de amizade, escola, colegas no trabalho, clientes, familiares - vejo que tudo isto são as várias personalidades que eu criei como mecanismos de defesa para eu não lidar comigo própria mas apenas "deixar passar" os pontos à minha frente sem correção imediata. Logo, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar filmes na minha mente sobre aquilo que pode ou não acontecer, e assim criar o meu próprio brainwashing the entretenimento mental enquanto que o meu potencial de vida fica perdido em pensamentos.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ser honesta, decisiva, assertiva e estável dentro de mim e comigo própria.

Eu apercebo-me que a estabilidade própria não implica a noção de pacifismo que eu associo com estabilidade na relação com os outros - aliás, esta "estabilidade de sistema" é uma versão de passividade e de aceitação que não é de todo uma tomada de direção como Vida e pela Vida.
Quando e assim que eu me vejo a entreter com pensamentos na minha mente por muito interessantes que sejam, eu páro o pensamento e respiro. Nesse momento decido o que fazer com o pensamento: quer seja escrever sobre o pensamento para investigar o ponto e escrever/dizer em voz alta o perdão próprio, ou então é um ponto que eu já conheço e que tomo a decisão de " deixar o pensamento ir".
Quando e assim que eu me vejo que eu estou a vacilar na minha decisão de estar ciente de mim e de confiar em mim própria, eu páro e respiro. Hoje apercebi-me do padrão da suposta "necessidade" de ter a confirmação/aceitação de outra pessoa. Eu apercebo-me então que a relação que eu criei com "o outro" é um espelho da relação que eu tenho comigo própria que é baseada no auto-julgamento de "não ser boa o suficiente naquilo que eu faço".
Quando e assim que eu vejo o pensamento de "não ser boa o suficiente naquilo que eu digo e naquilo que eu faço", eu páro e respiro. Eu dedico-me a ser completa nas minhas ações e a garantir que confio no meu comportamento em tudo o que eu faço. Por isso, sendo que o grau de confiança comigo própria é o grau de confiança que eu deposito nos outros, eu comprometo-me a andar este processo passo a passo até estar plenamente estável por dentro, logo, nas minhas ações e decisões como verdadeira Directora da minha Vida.

Ilustração: Eqafe store (https://eqafe.com/i/jferreira-heart-attack-death-research-part-2) 


DIA 222: O stress suprimido

segunda-feira, junho 17, 2013 0 Comments A+ a-



Hoje estou atrasada 30 minutos e já não vou chegar às 09:00. Acordei antes do despertador a pensar que já era demasiado tarde mas, no momento em que vi que afinal era muito cedo, tomei a decisão de ficar na cama até o desperta-dor tocar. Quando ouvi o despertador, fiz snooze e acabei por me levantar à hora que eu devia estar a sair de casa, ou pelo menos estar quase pronta. Aparentemente não há remorsos nem stress mas esta calma aparente é força do hábito de ter lidado com esta situação toda a minha vida. Apercebo-me então que criei este mecanismo de defesa que é a supressão do stress.Curiosamente, o actual relógio na minha cozinha é muito parecido com o relógio que eu tinha na casa onde eu vivi até aos meus 13 anos em Lisboa. Lembro-me de entrar na cozinha e olhar para o relógio na esperança de ser ainda bastante cedo para eu chegar à escola à mesma hora que os meus colegas. Isto deve ter acontecido muito poucas vezes.
Actualmente, embora já não esteja dependente de ninguém que me acorde e me leve à escola, vejo que o hábito ainda existe e eu ainda olho para o relógio como se miraculosamente fosse mais cedo, sem o fazer nada por garantir esta mudança no meu dia-a-dia.

O Problema: 

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desrespeitar-me ao não cumprir a hora de acordar que eu havia estipulado na noite anterior.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que eu preciso de uma motivação para além de ir para o emprego de manhã, em vez de ver que esta resistência ou qualquer motivação são tudo paranoias da mente e portanto não são reais.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido habitar-me e acreditar que o stress matinal é normal e que é também normal ter pouco tempo para mim, quando afinal eu vejo que eu sou responsável por me dar tempo e, caso contrário, eu estou a ser responsável por encurtar o meu tempo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que eu tenho de ser pontual para agradar os outros (a Professora, o director, o pai, ...).
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar na pontualidade como sendo mais do que aquilo que é mas, devido à minha experiência e "historial" eu acabei por definir a m issão de chegar a horas como sendo difícil.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a resistência para me levantar é mental pois eu vejo como eu sou rápida a criar justificações para ficar mais um bocado na cama.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido "mudar" de ideias de manhã com base no interesse-próprio de ficar na cama, em vez de cumprir com a minha palavra em que havia decidido levantar-me aquela hora para estar tranquila.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tornar-me no meu próprio inimigo ao criar este tipo de antagonismo entre aquilo que eu decido e aquilo que eu realmente faço, em vez de estar um e igual às minhas palavras nas minhas decisões.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar uma relação comigo própria de instabilidade, em que à noite decido acordar às X horas mas no dia seguinte acabo por desprezar a minha decisão - pela primeira vez eu vejo aqui também manifestado o padrão de conflito, em que quando está tudo bem numa relação há a partilha de bens mas quando o momento de viver essa decisão num momento crucial surge (por exemplo numa discussão) começam-se a ver restrições e menos vontade-própria de se partilhar.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar desconfiança em mim própria com base no facto de ainda nem sequer conseguir confiar em algo supostamente simples que é o meu acordar de manhã.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido associar o "acordar tranquilamente" ao fim-de-semana e portanto permitir haver/criar stress durante a semana por ter de acordar com horários.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido agarrar-me ao arrependimento em relação às coisas que eu visualizo na minha memória tal como o arrependimento de acordar tarde.

A Solução:

Eu apercebo-me que eu me defini como não sendo pontual e que eu fui alimentado esta ideia em mim, como uma maneira de justificar os meus hábitos. Eu comprometo-me a tomar esta oportunidade para realizar e viver a decisão de me corrigir por mim, incondicionalmente, aqui e agora.
Quando e assim que eu acordo de manhã e me vejo imediatamente a pensar que já estou atrasada, eu páro e respiro. Em vez de alimentar a resistência, eu ajudo-me a estar ciente do meu corpo físico, na cama, a respirar. Eu apercebo-me que a imagem na minha mente de acordar e ver no relógio que já é tarde não passa de uma imagem e que não tem de ter qualquer influencia na minha vida, porque eu tomo direção.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar os vários cenários alternativos na minha mente que são diferentes do meu plano inicial, eu páro os cenários da mente e respiro. Eu comprometo-me a criar o meu plano de ação em tempo real e a que a minha ação seja em auto-correção de pontos que ainda limitam a minha expressão e auto-descoberta incondicional.

Quando e assim que eu me vejo a antecipar a experiência de estar atrasada, eu páro e respiro. Eu vejo agora que a minha mente me mostra memórias e que estas memórias são ainda fonte de ansiedade. Eu comprometo-me  parar a antecipação/memória da mente que em nada me ajuda a recriar a minha realidade de modo a criar a minha estabilidade.

Eu apercebo-me que os horário são uma ferramenta para eu me ajudar a gerir o meu tempo da melhor maneira e para o meu benefício.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar-me a ficar na cama mais 5 minutos e justificar isso com a ideia que eu irei ser mais rápida de manha, eu páro e respiro. Apercebo-me então que esta ilusão sobre o tempo que eu levo a fazer as coisas  tem sido uma manipulação-própria para servir o "cansaço da mente". Eu serei mais eficaz ao combinar rapidez com soluções práticas a cada momento.

Ilustração 1: A Persistencia da Memória, Salvador Dali


DIA 221: Mais vale Agora do que Nunca - já é altura de Acertar

sexta-feira, junho 14, 2013 0 Comments A+ a-

A acumulação do processo é uma coisa fascinante - pôr em prática os meus próprios compromissos de ultrapassar as limitações que, ao longo do tempo, tenho imposto em mim própria. São coisas que já estão inconscientes e só as vejo quando puxo por mim para me questionar PORQUE é que eu penso, ajo ou não ajo de determinada maneira - ou seja, ao ir além da fase dos julgamentos próprios, estou agora a avançar para o nível de investigar COMO é que eu posso melhorar a minha experiência comigo própria.
Para quem está a começar o Processo de escrita diária, o Processo de se estar ciente da respiração e de se tomar responsabilidade pelos pensamentos que permitimos em nós próprios, provavelmente não irá ver efeitos imediatos porque não é uma questão de magia. Poderá haver momentos em que se parece voltar à estaca zero mas isso é uma sabotagem da mente: o Processo é mesmo real e, tal como em tudo, requer prática.

Hoje enfrentei um ponto que já tinha visitado no passado mas desta vez puxei ainda mais por mim para ultrapassar a resistência de  que eu estava a ter em relação a confiar no outro. Mais uma vez visitei também o ponto de querer fazer "à minha maneira" mas desta vez, no lugar de me agarrar à ideia e ao desejo de fazer à minha maneira, decidi fazê-lo. Mas ao fazer à minha maneira, foi como se não houvesse prazer e afinal esta era apenas uma imagem. Nesse momento foi como se risse comigo própria, do estilo: "que teimosia inconsciente que andava para aqui a incomodar-me! Não vale a pena manter este desejo. Vamos lá libertar esta imagem", e foi então que aceitei a maneira do outro de fazer a tarefa - e afinal assim fazia mais sentido. Apercebi-me então que era a minha responsabilidade participar também na maneira do outro e criar AQUELA ação em conjunto porque estávamos ambos a participar naquele momento em igualdade! 

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido manter em mim ideias e imagens de como as coisas "deviam ser" ou como é que eu faria "à minha maneira" quando afinal vejo que, se a minha maneira resultasse, então esta não seria mais uma ideia mas passava a ser a minha prática constante.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me com os desejos/teorias/ideias da mente, em vez de realmente me ocupar em pôr as minha ideias e soluções em prática na minha vida, testar e ver se resulta; se não resultar, começo o processo de me corrigir. Eu apercebo-me que ficar na corda-bamba é desonesto comigo própria e é uma auto-sabotagem porque não me permito criar confiança em mim própria, na minha decisão de aplicar soluções na minha realidade e de me aperfeiçoar gradualmente na minha relação comigo própria e com os outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido continuar a fazer coisas "à minha maneira" apesar desta maneira nem sempre ser o melhor para mim e que, portanto, trata-se do ego e de uma resistência a mudar/a aprender/a praticar.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido culpar o outro por não me ensinar como "devia ser" (de acordo com a minha ideia de como as coisas deviam ser).
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido tomar responsabilidade por mudar a minha atitude naquela ação e por aproveitar cada momento como uma oportunidade de me aplicar no meu processo e de criar estabilidade nas minhas ações. Eu apercebo-me que a imprevisibilidade sobre conseguir ou não conseguir é um reflexo da relação que eu estabeleci com essa ação (por exemplo a minha relação com a culinária e com o sexo).
Como é que eu corrijo a imprevisibilidade das minhas ações? Primeiro ao parar a mente das memórias, parar o medo de falhar, parar de pensar que ainda não consigo corrigir-me ou que não estou preparada. EU realizo que o meu Processo depende única e exclusivamente de mim, por isso em vez de confiar nos meus pensamentos, eu passo a confiar na minha respiração e a empenhar-me fisicamente para aperfeiçoar as minhas ações.

Eu comprometo-me a auto-ajudar-me com regularidade, compromisso e eficácia no meu Processo. EU apercebo-me que por muitas conversas que eu tenha com outras pessoas, no fundo tem a ver com a minha força de vontade, dedicação e persistência em aplicar a minha correção nas coisas que eu faço/digo.
Quando e assim que eu me vejo a desejar continuar a fazer as coisas à minha maneira embora eu veja não ser a mais eficaz, eu páro esta ideia de como as coisas deviam ser e respiro. Eu apercebo-me que ter ideias na mente é inútil e uma perda de tempo - eu comprometo-me a aplicar as soluções no meu dia-a-dia, a testar as soluções. Quando e assim que eu me vejo a interpretar os comentários de outra pessoa como sendo um sermão, eu páro e respiro. Eu permito-me a não levar a correção como sendo uma ofensa. Em vez disso, eu páro de participar no padrão da culpa e ajudo-me simplesmente a tomar responsabilidade por mudar a minha relação naquela circunstância. Até lá, apercebo-me que cada correção funciona como recompensa por parar e mudar.
Eu comprometo-me a ter paciência comigo própria e a praticar o ponto de confiar no meu processo de correção!

Quando e assim que eu me vejo a pensar que o processo de correção é demorado, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este ponto de partida define e limita logo à partida que eu sou demorada a corrigir-me. Por isso, quando e assim que eu me vejo a assumir as minhas ideias/julgamentos como sendo uma verdade inquestionável, eu páro e respiro e ajudo-me a trazer o ponto para mim própria e ver onde é que eu estou a definir/limitar a minha aplicação prática. Eu apercebo-me que depende somente de mim  estar focada no meu processo, estar disposta a ouvir soluções que eu posso aplicar na minha vida e passar para o "nível seguinte" da correção prática. Apercebo-me também que o Ego por trás da resistência para sair de um padrão só se mantém se eu continuar a alimentar o Ego da raão mesmo depois de perceber que é a mim que a resistência da mente prejudica. Finalmente, realizo que ser e fazer as coisas em honestidade própria é ser e fazer as coisas em senso comum, como aquilo que é o melhor para mim = todos.

Ilustração: Marlen De Vargas Del Razo, Day 258: Vampires in the Soul of Sacred Geometry - ADC - Part 105 http://creationsjourneytolife.blogspot.com/2012/12/day-258-vampires-in-soul-of-sacred.html

DIA 220: As relações que criamos com o mundo à nossa volta

quarta-feira, junho 12, 2013 0 Comments A+ a-

No fundo, em honestidade própria, cada um de nós sabe aquilo que fez e aquilo que não fez para que algo corresse de determinada maneira. Embora eu até há alguns anos atribuísse grande parte das minhas experiências à invisível mão e vontade de Deus, mesmo nessa altura eu conseguia ver o que é que eu andava a criar na minha mente secreta, como se escrevesse um guião de possibilidades e, quando estas se realizavam, eu fazia duas coisas: ou culpava-me (caso o evento fosse negativo), ou glorificava Deus pela ajuda (caso fosse um evento positivo). Agora pergunto-me: o que é que esta relação de polaridade me diz sobre aquilo que eu tenho aceite e permitido em mim própria? Porque é que eu não confio naquilo que eu decido fazer e naquilo que eu não decido fazer? Apercebo-me que a culpa contra os outros surge quando não confio plenamente em mim, e ao não confiar em mim estou a desrespeitar-me como Vida que sou. Ao mesmo tempo, vejo que a procura de justificações é uma continuação da projeção da culpa, quando afinal tem tudo a ver com a relação que eu estabeleço primeiramente comigo e depois com as coisas à minha volta.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me com as emoções que eu própria criei ao aceitar e permitir determinadas relações em mim, tais como a relação de submissão, de sacrifício e de culpa e de vítima.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que as emoções são os laços que me prendem ao passado e que com isso eu não me permito ver a minha realidade em honestidade própria e perceber aquilo que eu estou a criar dentro de mim própria.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar a mente, abrandar e dar-me tempo para me conhecer, para perceber como é que a minha mente funciona, perceber as relações que eu criei comigo própria e depois com os outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar uma relação de sabotagem comigo própria, em que nos meus pensamentos saboto as minhas própria ações e acabo por criar uma realidade contra a minha própria estabilidade, visto que na minha mente criei já a imagem de instabilidade/desigualdade e aceitei como esta sendo real.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido confiar em mim própria incondicionalmente e por isso garantir que tudo aquilo que eu faço é em cooperação comigo própria, sem medos, nem imagens do futuro, nem esperanças, nem (des)ilusões - eu sou o caminho que ando para/por mim própria a cada passo, eu sou o corpo que vive a cada respiração, eu sou a vida que eu crio a cada momento.

Apercebo-me que ao "alimentar-me" dos pensamentos eu estou a distrair-me de mim própria e daquilo que existe à minha volta, ou seja, distraio-me daquilo que é o meu potencial de recriar quem eu sou e recriar a minha realidade. Quando e assim que eu me vejo a definir-me pelas relações que eu criei comigo própria e, consequentemente com os outros, eu páro e respiro. Ao abrandar a mente, eu permito-me ir ao fundo das relações, perceber a origem da relação, ver o padrão, escrever o perdão-próprio e auto-ajudar-me a puxar por mim para mudar a relação comigo própria/com os outros.
Quando e assim que eu me vejo a pensar nas memórias associadas a uma relação passada, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a não deixar distrair-me com imagens nem com emoções e comprometo-me a ser "fria" com a mente e a ser directa comigo própria - o meu objectivo neste processo é limpar a minha mente e recriar-me como Vida na minha expressão máxima que é o melhor para mim e o melhor para os outros.
Quando e assim que eu me vejo a reagir nas minhas relações com o mundo à minha volta, eu páro e respiro. Sendo que as relações com o mundo à minha volta são um espelho das relações que eu tenho comigo própria, eu permito-me questionar-me em honestidade-própria porque é que eu estou a reagir e permito-me ser franca para ver o padrão da relação (do ego) que eu permiti criar dentro de mim.
Quando e assim que eu me vejo a entrar na bola de neve dos julgamentos-próprios sobre aquilo que eu devia ou não devia ter feito, eu páro e respiro. Por experiência própria eu realizo que as memórias são também uma manipulação que eu permiti em mim própria e que espelha a relação que eu permiti existir em mim/na minha vida. Por isso, em vez de "acreditar" na manipulação da mente, eu páro, respiro, permito-me estar ciente da minha presença aqui e dedico-me a aplicar as técnicas de escrever o perdão-próprio sobre os julgamentos da mente e com isso abrir a minha mente "secreta" para me libertar e corrigir os laços/prisões que só eu criei para mim própria!
Eu apercebo-me que, por ter matutado sobre estas relações e manipulações, eu acabei por acreditar que aquilo que se passa na minha mente sou eu. Realizo que aquilo que se passa na minha mente não é o melhor para mim e portanto é da minha responsabilidade dar-me direção a cada momento para garantir que o o meu Desteni é criado por mim com base no senso comum, igualdade e honestidade própria inerentes à Vida que realmente sou e tudo é.


DIA 219: Lições do Candy Crush

terça-feira, junho 11, 2013 0 Comments A+ a-


Ultimamente tenho jogado um jogo do Facebook chamado Candy Crush que implica fazer combinações de doces para se marcar pontos e seguir-se para o nível seguinte. Têm havido uma série de jogadas que, para além de fazerem um fogo-de-artifício de pontos inesperados, têm também sido fonte de realizações interessantes que posso sem dúvida aplicar ao meu processo.
  1. O primeiro elemento fascinante é o aumento gradual da dificuldade e quanto mais pratico mais "fácil" parece ser avançar para o nível seguinte, embora a facilidade seja relativa, pois tem a ver com o aumento da confiança, em conhecer o jogo, perceber como funciona e aplicar tudo isto para se atingir a perfeição. Da mesma maneira, ao trabalhar pontos em mim/memórias/padrões de pensamentos, consigo tirar camadas da minha mente para descobrir novos pontos para resolver em mim.
  2. Para isto, vejo que praticar diariamente ajuda a conseguir ver novas estratégias de jogo e o mesmo posso dizer que escrever todos os dias me ajuda a ver novas perspectivas sobre pontos que eu enfrento. Tal como no jogo, às vezes  é preciso parar, respirar e recomeçar com uma nova atitude, procurar jogar com uma estratégia nova, aprender com alguém que já esteja num nível mais à frente e aplicar essas soluções no meu jogo/na minha vida.
  3. Outro elemento essencial que pode mesmo ser decisivo para se ganhar um nível é o pensamento a longo-prazo: ou seja, por vezes é mais eficaz ver combinações mais complexas do que fazer pequenos pontos rápidos - também no processo, apercebo-me que as reações do momento têm um valor relativo que pode ser substituído por uma atitude de perceber a origem da reação de modo a que a minha aprendizagem dure no tempo e o meu processo seja uma acumulação de boas práticas e de correção-própria a cada novo passo.
  4. Ao ter-se em conta jogadas sustentáveis, pratico o chamado "thinking ahead" para perceber as várias opções e para isso ajuda ver o quadro global em vez de me fechar sobre uma parte to jogo. No processo de se lidar com a mente, é importante pôr-se as cartas na mesa, ao escrever sobre as várias opções  que eu tenho quando estou perante uma decisão, perceber as vantagens e as desvantagens das decisões que eu tomo de modo a ser responsável pela minha direção.
  5. Focus! Dificilmente se ganha no Candy Crush se não se estiver concentrado no jogo! Isto é possível ao perceber-se a "missão" do nível e a não perder de vista esse objectivo de se quebrar o "jelly" ou de se libertar os frutos encurralados!  No processo, o foco é sobre mim própria, ao estar ciente de quem eu sou naquilo que eu faço, estar ciente da minha presença, estar ciente daquilo que eu faço e a ser eficaz com o meu tempo disponível, sem me distrair desnecessariamente.
  6. A compaixão do jogo é um ótimo exemplo de como nos podemos salvar uns aos outros, ao dar vidas e receber vidas.
  7. A disciplina de se querer jogar "só mais uma vez" para se passar ao nível seguinte. Vou então aplicar esta ambição no meu processo em garantir que vivo  o compromisso de escrever o perdão-próprio diariamente. É brutal criar a estabilidade em mim própria quando eu realmente aplico a disciplina no meu processo e me apercebo do meu potencial de resolver os meus próprios problemas da minha mente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a resistência para escrever o perdão-próprio é real. Apercebo-me que a resistência tem a ver com o facto do perdão-próprio não ser tão popular como dizer que estou a jogar Candy Crunch.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar avançar para o nível seguinte sem primeiro estar confortável com os pontos que tenho à minha frente para lidar e resolver.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido comparar o meu jogo/o meu processo com o jogo/processo dos outros, quando eu me apercebo que só eu posso andar o meu jogo/processo e que o meu jogo/processo depende inteiramente de mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido manter uma atitude passiva no meu jogo baseada na ideia que basta o meu parceiro ganhar para eu ficar contente. No entanto, apercebo-me que esta ideia é uma forma de justificar a minha falta de disciplina em completar o que comecei. Eu apercebo-me que eu costumava ter esta atitude quando jogava o GameBoy e a minha irmã completava os níveis - era como se eu perdesse a vontade de ganhar porque ela já tinha ganho. Por isso, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ver estes jogos como uma competição com as outras pessoas em vez de ser uma oportunidade para eu aperfeiçoar o meu jogo e fazê-lo por mim!

Quando e assim que eu me vejo a ter resistência em falar do perdão-próprio, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que tenho tido tantas ou mais lições através do perdão próprio do que até mesmo a jogar Candy Crush, por isso em igualdade, se eu falo em Candy Crush, faz sentido também estar à vontade a falar do perdão-próprio.
Quando e assim que eu me vejo a comparar o meu jogo com o jogo de outra pessoa, eu páro e respiro. Eu foco-me naquilo que eu estou a fazer e apercebo-me que o meu jogo depende da minha aplicação ao pôr em prática  soluções no meu jogo/vida.
Comprometo-me, de igual modo, a aplicar-me  a cada momento da minha vida ao estar focada na minha respiração e na minha correção para avançar no processo de me libertar das "jellys" da mente que me bloqueiam a expressão de Vida. Nisto, apercebo-me que tal como no jogo, é essencial eu aplicar o senso comum no meu dia-a-dia, em não complicar passos que podem ser simples e eficazes, a estar confiante nas minhas decisões e a não ter vergonha de pedir ajuda aos outros quando é necessário.

Tal como na vida real, no Candy Crush estamos todos na mesma terra, a dar-nos a nós próprios a oportunidade de aperfeiçoar a nossa ação.

DIA 218: A mente secreta que se abre aos poucos: caixa de Pandora

domingo, junho 09, 2013 0 Comments A+ a-

É brutal conseguir finalmente ver certos eventos da minha vida com mais clareza. Muitos dos eventos eram de tal modo emocionais e sentimentais que nem sequer conseguia escrever sobre eles, como se houvesse um bloqueio de medo de abrir a "caixa da Pandora" que é o baú da mente. Ao trabalhar em mim os pontos da ansiedade e das emoções, é como se estivesse a tirar camadas de pó que me permitem ver o que está a surgir à superfície, mas desta vez com outros olhos. Tenho igualmente de treinar os meus olhos/mente para não ver as coisas com as lentes "sujas" das emoções, mas de  modo a conseguir ver realmente os padrões em mim e ver soluções.

2006 - Pandora Box for Rajasinga (Tremor)
Recentemente prometi a mim própria que a partir de agora, em cada artigo, irei incluir frases de perdão-próprio. Isto porque me apercebi como é fácil manipular um texto, mas que contrariamente não se consegue manipular o perdão-próprio. E claro que isto é para o meu/nosso próprio bem porque, mais do que manipular os "outros", eu estaria a enganar-me a mim própria.
Por isso hoje vou escrever o perdão-próprio sobre a minha participação na ansiedade, principalmente em momentos em que estou a fazer uma actividade nova e por isso não tenho uma referência para me "agarrar".

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a ansiedade de fazer uma coisa pela primeira vez ou ir a um lugar novo é real, como se a minha experiência fosse maior quanto mais emoção eu associar a esse momento. Nisto eu vejo como facilmente me deixo controlar pelo ambiente à minha volta, como se devesse submeter à "falta de experiência" em vez de aplicar a cada momento o princípio de fazer aquilo que é o melhor para mim, aplicar-me a 100% e focar-me naquilo que eu faço independentemente de ser a primeira ou a última vez a fazê-lo.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido confiar em mim e confiar naquilo que eu faço incondicionalmente. Ou seja, quando e assim que eu me vejo a justificar a ansiedade em mim com a ideia de "eu nunca estive neste sítio", "eu nunca fiz isto", eu páro e respiro. Independentemente do lugar ou tempo, eu sou sempre eu Aqui; eu posso ser a decisão de confiar em mim; eu posso e devo aplicar-me naquilo que eu faço para garantir que as minhas ações reflectem a estabilidade que eu crio em mim própria. Por isso, eu comprometo-me a parar a ansiedade da mente e as imagens da minha mente, e decido focar-me na ação real e naquilo que eu posso fazer para criar um ambiente que me apoie a ser/fazer o melhor que me é possível.

Quando e assim que eu me vejo a "prender-me" e "agarrar-me" a memórias ou a imagens na minha mente baseadas em eventos que ocorreram a outras pessoas, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este agarrar às memórias é baseado em medo de cair, como se as memórias fossem uma bóia  à volta da minha barriga que me salva de afogar. No entanto, vejo que este medo é baseado na ideia de que a mesma situação se vai repetir então eu acredito que tenho de me defender - ou seja, esta aparente solução não resolve o problema de facto, mas prolonga as ideias e os medos como se estes fossem reais!
Por isso, eu comprometo-me a escrever sobre as memórias que me possam surgir e comprometo-me a perceber, através do perdão-próprio e da escrita dedicada ao meu processo, de onde é que a memória surge e porquê neste momento. Comprometo-me a escrever o perdão-próprio regularmente e diariamente de modo a criar uma relação de plena confiança, abertura comigo própria e com o intuito de estar preparada para mudar da próxima vez que eu me depare com o mesmo padrão.
Eu apercebo-me que ter segredos comigo própria é uma estupidez ... Comprometo-me também a olhar para os pontos da minha vida sem qualquer julgamento de certo e errado, mas procura antes ver os pontos de honestidade e de desonestidade própria na relação comigo própria.
Comprometo-me também a aceitar os eventos do passado da minha vida como sendo aquilo que são: imagens da mente que por alguma razão eu dei uma valor/apego emocional que me prendeu a tal memória. Ao desvendar o mistério de medo/emoção por trás das memórias, eu comprometo-me a investigar os meus padrões e a recriar uma relação de cooperação e aperfeiçoamento comigo própria.

Quando e assim que eu me vejo a ter resistência para estar concentrada, a respirar e a estar presente estável dentro de mim, eu páro e respiro - dou-me tempo para perceber o que me está a distrair e para onde é que eu estou a desejar ir, em vez de viver a minha decisão de fazer aquilo que eu estou a fazer. Neste sentido, realizo a importância e a ajuda que é a de planear o meu tempo de forma a dedicar-me às prioridades, assim como dar-me tempo para expandir noutras áreas de lazer/divertimento/criatividade sem participar na sabotagem da culpa, e a não desejar estar a fazer aquilo que eu não estou a fazer.

Mais uma vez, a mente serve de indicador sobre aquilo que está à tona para ser resolvido. Quanto mais me aplicar ao meu processo de auto-conhecimento e de auto-realização, mais eficaz serei a aplicar as soluções para mim própria.

DIA 217: A Ansia da Idade

sexta-feira, junho 07, 2013 0 Comments A+ a-

Será que é possível que quanto mais velha sou mais paranoias tenho? Eis o efeito da acumulação da mente, a cada passo, em cada pensamento, em cada imagem da mente... Até tomar responsabilidade por quem eu sou, por aquilo que eu penso, pelo que eu digo.
Uma das ânsias da idade é a de se perder o que se tem: quer seja a perda do parceiro, a perda de dinheiro, a perda do emprego, a perda de cabelo, a perda de dentes, a perda de memória, a perda de atenção dos outros O medo da perda é tão cego que nem conseguia ver o que ando a perder Aqui Em Mim se eu não estiver ocupada em pensamentos. Vou então aplicar a técnica de trazer este problema para mim própria, ou seja, investigar onde é que eu participo exactamente neste padrão que é a ânsia de perder aquilo que eu tenho. A ansia de perder o João como parceiro, a ânsia de perder a saúde, a ânsia de perder a motivação, a ânsia de perder esta oportunidade de me mudar. Curiosamente, facilmente se substitui a palavra ansia pela palavra medo. Mas porque é que eu tenho medo de perder o João como meu parceiro se estamos juntos? Mas porque é que eu estou a participar no medo de perder a saúde se é exactamente esta ansiedade que me desequilibra o organismo? Porque é que tenho medo de perder a motivação que na realidade é uma energia baseada na polaridade positiva e que portanto nem sequer é real? Porque é que ainda me permito participar no medo de falhar no meu processo de Vida, quando é exactamente nesta vida aqui e agora que eu tenho a oportunidade de aplicar a mudança em mim?
Este texto veio no seguimento de uma realização brutal que é: quando eu culpo alguém sobre alguma coisa que eu pense ou sinta, esta culpa não mais nem menos do que um mecanismo para eu não ver a relação que eu estabeleci comigo própria e portanto não criar a oportunidade de me recriar/corrigir.

A continuar a escrever...

Ilustração: Love is the Light that Hypnotize, Blind to the Fear that Paralyze

www.desteni.org
www.equalmoney.org - the real Light of the World - that Lightens everyone's Load through removing Fear

DIA 216: À descoberta das Ansiedades: o Suicídio por Desistirmos da Vida que Somos

terça-feira, junho 04, 2013 0 Comments A+ a-

No seguimento da minha des-coberta das ansiedades e das preocupações, apercebo-me que a origem destes padrões não está nas minhas experiências ou nas influências do meu ambiente (aquilo que eu antes culpava por ser o stress do emprego, ou as pessoas). As ansiedades da mente têm origem na mente. Este é o senso comum que me tem faltado, ou talvez seja a awareness que não existia em mim tão claramente. Por não saber como a mente funciona, acabei por ter participado, acreditado e alimentado as ansiedades dentro de mim, e foi assim que eu me "criei" até agora. Não se poderá dizer que seja uma criação pois tem sido uma cópia da realidade à minha volta, à procura de respostas e de soluções fora de mim.

Não foi de estranhar ver como os meus pensamentos, preocupações e ansiedades surgem automaticamente - até a imaginação na minha mente vem gratuitamente!  É fascinante ver como as preocupações surgem mais rapidamente e mais facilmente do que as soluções práticas. Agora que estou ciente destes pensamentos, posso usá-los como indicadores da minha eficácia no processo de parar o controlo da minha mente para me dedicar a soluções práticas e em honestidade própria.

O timing destas realizações pessoais coincide com o artigo publicado no blog Heaven'sJourney to Life, que expande sobre como é que nós nos suicidamos ao desistirmos da Vida que somos, visto que passamos a dar mais valor à mente do que a nós próprios; trata-se de uma decisão de vida ou de morte, em que deliberadamente eu tenho escolhido seguir aquilo que a minha mente me mostra (e que acabou por ser uma realidade confusa, por dentro e por fora), em vez de me dedicar a uma criação de mim própria realmente baseada naquilo que é o melhor para mim, um e igual aos outros seres vivos, a aprender , a progredir, a aplicar soluções na minha vida e a aperfeiçoar-me. Assustadoramente, apesar das preocupações serem ultimamente sobre o medo da morte, é para lá que caminhamos como se fosse um castigo/uma aceitação da desistência, em que estupidamente os seres-vivos deixam de o ser.

Até agora ainda não tinha considerado a possibilidade de não dar azo a esta paranoia mental, mas enquanto estava a fazer o curso DIP comecei a escrever sobre pontos suprimidos em mim, sobre memórias que tinham estado de tal modo fechadas que eu nem sequer me tinha apercebido que é da minha responsabilidade (e que consigo!) resolver as ansiedades e os medos que existem dentro de mim. O próprio padrão de culpar os outros por qualquer coisa que eu sinta é um mecanismo de defesa/supressão da mente, porque por trás deste padrão está a minha mente secreta de medos e ansiedades, em que eu estou de facto a defender o ego e a sobrevivência de personalidades - mas nada disto é real.  É fascinante ver como a mente ainda grita mais alto e como facilmente ainda me distraio com pensamentos, mas aqui está a vantagem de se escrever - vejo o problema e a solução mesmo à minha frente e posso deliberadamente tomar a decisão de Parar o automatismo da mente para abraçar/recriar a Vida que sou.

What is also interesting regarding us Humans, is how we tend to believe MORE what OTHERS say about ourselves, than us standing by a decision/living statement of/as who we are and so, because of this, the individual that is being bullied, with replaying the memories over and over and over again, with the memories/moments having such energetic/emotional impact on themselves, starts considering that What OTHERS are saying about them must be true. This in itself is quite a shock to the Self, because in a way there exist the awareness of the fact that, Self is accepting/allowing others to define self, that Self is giving into THEM and giving up on SELF. 



DIA 215: Se eu não Parar os PensaMentos, a Mente Pára-me a Mim

segunda-feira, junho 03, 2013 0 Comments A+ a-


Este meu vlog conclui (ou melhor, inicia) uma nova fase do meu Processo, após o susto recente do quisto no peito. Recebi os resultados da biópsia e não é nada de grave para além de um quisto inflamado, ou seja, "Não se observam células ductais." :)))

Este foi um alerta do meu corpo e tenho estado a trabalhar em vários pontos que têm surgido que, apesar de não serem pontos novos em mim, simplesmente tenho participado tanto neles ao longo do tempo que a consequência física manifestou-se. Vejo/Sinto então que viver os pensamentos da mente é estar a abusar a minha própria vida/corpo. Apercebi-me do constante estado de ansiedade na minha relação com o emprego, NO ENTANTO, este padrão tem sido aceite/permitido por mim e tem sido projectado em tudo o que eu faço. Nos próximos dias vou então investigar todas as manifestações de ansiedade/preocupação na minha realidade.

Como é que eu posso parar/apagar os pensamentos?
"Ao permanecer aqui, na respiração e a perdoar-me a mim própria - por exemplo, fundindo-me com o pensamento, em pé de igualdade com o pensamento, como um ponto de responsabilidade para a compreensão da natureza absoluta do pensamento, como eu o criei, e, em seguida, numa respiração, perdoando o pensamento, e libertá-lo e comprometendo-me a não mais entreter o pensamento, que eu confio em mim mesma que realmente me perdoei de tal forma que a energia não vai voltar. A energia só vai voltar se eu não me perdoar a mim mesmo. Assim, se a energia voltar, posso ver claramente que não fui eficaz no meu perdão-próprio - não foi absoluto - e é um indicador que preciso de "voltar à tábua" e realmente ir fundo para puxar toda a energia para fora e realmente deixá-la ir com o perdão." Lindsay Craver

Quanto à localização do quisto, é fascinante ter surgido na mama. Deixo-vos com esta citação de Bernard Poolman: