DIA 224: Bloqueio para Estudar ou Trabalhar? Aprende a identificar os teus medos

sábado, junho 22, 2013 0 Comments A+ a-

Se é por mim que eu ando este processo, também é por mim que eu me desleixo no meu processo. Ou seja, de cada vez que eu me desrespeito em pensamentos, palavras ou ações, é a mim que eu me estou a prejudicar e que estou a atrasar/adiar a minha Vida.
Nestes últimos dias tornei-me ciente de um ponto enraizado em mim há demasiado tempo e, por nunca me ter decido parar o padrão, acabo por participar nele automaticamente - refiro-me à procrastinação baseada no medo de falhar/ego/ideia que eu quero passar aos outros/desejo de ser perfeita sem realmente FAZER por isso na prática.
Reparo então que ultimamente tenho tido como ponto de partida o medo de não conseguir acabar um trabalho - mas em vez de enfrentar o medo e pará-lo, acabei por vivê-lo. Como? Ao adiar o momento em que começo o trabalho, ao imaginar o momento em que finalizo o trabalho e supostamente "está tudo bem".
A minha pergunta de hoje é: Porque é que eu participo nesta preocupação e crio este papão na minha mente?  Quanto mais resisto fazer este trabalho, maior me parece, porque existem camadas de medo, camadas de expectativas, camadas de ideias, camadas de comparações - tudo isto são camadas de energia mental que me prende na realidade. Por isso há também uma petrificação física em que me "sinto" bloqueada e não consigo fazer mais nada do que pensar no trabalho.
Curiosamente, quando me dedico de facto a ler e a escrever para o trabalho, dou por mim a pensar "Afinal não é assim tão difícil". No entanto, aquilo que eu também não estava a ver é que esta é também uma ideia, desta vez baseada na outra polaridade --- positiva. Ou seja, ao pensar que "afinal aquilo que eu criei como um papão não é assim tão grande" estou a fazê-lo sem qualquer indicação real porque o trabalho ainda não está feito. Apercebo-me que era um a ideia mental e que é importante estar ciente do exagero mental, no entanto, qualquer emoção positiva ou até mesmo motivação que possa surgir (como por exemplo imaginar o momento em que acabei o trabalho e há satisfação e alívio) também não é real. Pode depois haver tendência para criar desapontamento pessoal quando a imagem de facilitismo na mente não acontece, porque afinal a imagem de fast-success também não é real!
 A sensação de não ser "tão difícil" é somente baseada na realização que os meus pensamentos de derrota inicias eram escusados, mas não implica que esteja a haver uma mudança prática.  A mudança prática ocorre quando eu realizo que nem os pensamentos negativos nem os positivos são reais, e ponho em prática a realização que o trabalho é feito e escrito aqui, não na mente.  Da mesma maneira que temer um certo evento (por exemplo um exame da faculdade ou uma reunião no emprego) não faz sentido porque a única coisa que tememos é o cenário que criámos na nossa própria mente e que acreditamos que é isso que vai acontecer.
E por isso a única solução é criar o meu trabalho aqui e agora, fazer o melhor de mim e estar disposta e aberta a aperfeiçoar-me.

Para sumarizar, os pontos que eu realizei nesta altura da minha vida são:


  • A resistência que eu tenho para fazer alguma coisa baseia-se no medo de falhar
  • Na minha mente eu facilmente salto da ideia inicial para a imagem do resultado final, sem ver que estou a desprezar por completo o empenho físico real e o tempo real que irá levar a completar a minha ação
  • A imagem do trabalho completo não é real e é um desgaste mental estar a tentar corresponder à imagem da mente
  • A preocupação inicial de não conseguir acabar o trabalho é uma distração e uma crença, porque na realidade ainda nem sequer comecei
  • Quando eu começo e dou por mim a pensar que afinal não é assim tão fácil, eu estou a criar a outra polaridade na minha mente com base na esperança de conseguir terminar o trabalho, e portanto esta motivação também não real
  • Quando estou a fazer o trabalho, não é necessário fazer "cross referencing" com a mente: basta confiar naquilo que está feito aqui no físico e continuar a progredir e a auto-aperfeiçoar aquilo que estou a fazer
  • A ideia que eu criei de mim própria é baseada em falta de confiança-própria e é uma espécie de suicídio mental, porque tenho tendência para desistir de mim e portanto resistir ao processo de mudar quem eu sou e como eu ajo comigo própria
  • Apercebo-me que a única maneira de ultrapassar a resistência é ao não participar na resistência na prática e a começar a fazer o trabalho na prática, passo a passo, em auto-criatividade, auto-descobrimento e expansão pessoal.

Na ilustração, eu vejo também uma pessoa cuja mente está aparentemente iluminada de ideias, mas parada, em modo de observação e a ver a vida a passar ao lado...