DIA 248: Presa a opiniões

sábado, outubro 26, 2013 0 Comments A+ a-




Estou a partilhar um ponto que estou neste momento a investigar em mim própria. Durante estes últimos meses tenho continuado a caminhar no meu processo pessoal de ver quem é que eu me tornei e a ajudar-me a redescobrir maneiras de mudar a minha relação comigo própria. Isto é possível ao estar ciente de mim e ao perceber as consequências que eu tenho criado para mim própria. Tenho publicado mais artigos no meu blog em Inglês embora continue a escrever em Português. Irei publicar algumas das minhas notas que me parecem ser relevantes para vocês que também andam este processo.


Relativamente ao tópico das opiniões, sugiro que leiam os seguintes artigos escritos em Inglês pela Sunette Spies: DAY 445: How did a Factual World become infected with Opinions? 

Apercebo-me como alguns dos meus juízos de valor não tiveram a ver com a minha experiência mas pela reação que eu vi nos outros: quantos alimentos eu pensava que não gostava somente pelo aspecto deles ou porque sabia de alguém que não gostava também?

A noite passada estive a investigar em mim alguns pontos e fiz o perdão próprio em voz-alta em tempo-real: perdoava os pensamentos que vinham e foquei-me em lidar com aqueles pontos no momento. Disse também os meus compromissos de auto-correção em voz-alta e depois escrevi algumas frases que me ajudaram a esclarecer o ponto das opiniões e, por sua vez, a falta de confiança própria e, finalmente, o ponto de ter resistência em lidar comigo própria/a minha própria mente em honestidade-própria.
Partilho aqui no meu blog os ponto-chave que te poderão ajudar na tua própria auto-investigação.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido levar a peito a reação da outra pessoa sobre qualquer coisa que eu estou a fazer. Apercebo-me que me entreti com esta energia/crença de "estou a a fazer alguma coisa de errado" em vez de realmente investigar a minha definição de errado sobre aquilo que eu estou a fazer, investigar a minha relação em relação a essa ação e os medos de ser "descoberta" derivados do meu julgamento sobre aquilo que eu faço.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido mudar aquilo que eu estou a fazer consoante a reação dos outros à minha volta, em vez de confiar em mim própria e naquilo que eu faço e me permitir continuar estável independentemente das opiniões dos outros.

Quando e assim que eu me vejo a desconfiar daquilo que eu própria decidi fazer, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a ser /viver a minha decisão e usar esta oportunidade para investigar de onde é que o julgamento sobre essa específica ação vem. Eu apercebo-me que sou responsável por cada e todas as ideias que me passam pela mente e que sou também responsável por aceitar as opiniões dos outros como minhas.

Quando  e assim que eu me vejo a repetir uma memória de um evento na minha mente, eu páro e respiro. Eu vejo agora que esta memória foi registada como um julgamento próprio e como sendo errado sem nunca até agora me questionar sobre este juízo de valor. Apercebo-me que comprometi a minha decisão e honestidade-própria em detrimento da aceitação pela outra pessoa.

Apercebo-me que os julgamentos que eu criei daquilo que eu faço são inclusive cópias de reações que eu vi nos outros e que associei serem a regra/a definição, sem ver que estava a criar uma luta dentro de mim entre aquilo que eu acredito que devia ser (baseado na imagem e na ideia de perfeição "vendida" pelos outros e pelos media) e aquilo que eu realmente faço, sem nunca verificar em mim própria se eu estava satisfeita comigo própria, se estes conflitos internos faziam sentido e sem me permitir aceitar aquilo que eu faço como sendo eu, sem medo de ser julgada nem ter vergonha de mim própria.


Ilustração por Rozelle de Lange