DIA 251: Problema-Solução: Não permitas que o medo se torne na tua profissão

sexta-feira, janeiro 03, 2014 0 Comments A+ a-



Há uma resistência em mim para estar estável e parar de criar problemas na minha mente. Escrevi o texto que se segue no avião quando voava para Portugal. Apercebi-me que, apesar das dezenas de viagens que eu já fiz, sempre que ando de avião tenho um backchat associado ao medo da morte.

Os pensamentos sobre a minha morte surgem automaticamente porque eu tenho permitido que o medo tome conta de mim, em vez de eu me dar direção e manter-me estável como Vida - o que prova que eu ainda não Sou Vida em cada momento, palavra, acção.

O medo da minha decisão de comprar o bilhete de avião mostra-me que tenho resistência para confiar nas minhas decisōes, apesar de que tudo que faça seja sempre uma decisão minha (quer seja viajar em lazer, viajar em trabalho ou em ficar em casa). Percebo então a frase "A estabilidade própria é incondicional", porque eu, enquanto Vida/quem eu Sou em mim, não estou dependente do local nem daquilo que eu faço. Se eu aplicar a minha estabilidade própria a cada respiração, consigo dar direção aos meus pensamentos e corrigir aquilo que é desonesto comigo própria. O estado de instabilidade não é a norma, é a excepção.

No filme que estava a ver durante o voo, a personagem dizia: "Não permitas que o medo se torne na tua profissão." Vejo que ao ocupar-me dos medos estou a prender-me e a limitar a minha aplicação, porque o medo é como uma cegueira. Realizo também que o medo da morte é o medo de me perder e que o medo de me perder é uma forma de evitar encontrar-me.

Quanto ao ponto de ultrapassar os meus medos apercebo-me que vou enfrentar a minha mente até criar a minha estabilidade por mim. Eu tenho de me relembrar  /aplicar o meu Processo a cada momento porque este não é um sistema automático - é um Processo de auto-criação a cada momento e não é automático porque isso seria ainda a mente do "conhecido" e porque requer prática para mudar os hábitos da mente. No meu processo de mudança, é em mim que eu confio porque é esta a minha responsabilidade - confiar na minha decisão de andar este processo, perceber os problemss, testar a minha mudança e tornar-me na solução em tudo o que sou e faço.

Em alturas de turbulência apercebo-me da tendência de querer fugir do avião e ir para terra, onde eu penso estar estável. No entanto, mesmo em terra, os mesmos medos (padrōes) continuam a surgir, embora manifestados de outra maneira. Concluo então que eu não me posso permitir desistir de mim própria nem abandonar-me. Sou eu que movo cada célula do meu corpo a cada passo - eu sou cada célula e cada partícula da minha/desta existência, em unidade e igualdade. Desistir de mim é desistir desta existência, de tudo e de todos. Desistir de me tornar na solução é aceitar e permitir ser o problema. Por isso, tenho cada momento para me estabilizar, respirar, ver o problema e focar-me na solução. Cada pensamento que surge em mim é uma oportunidade para me dedicar a parar/direcionar o medo, o padrão, a emoção que eu criei em mim e me defini como tal. Finalmente, realizo que o padrão do medo é um círculo fechado que eu criei e que quanto mais eu me dedico a conhecer quem eu tenho existido até então (como mente/medo/energia/problema), mais eficaz sou no meu Processo de me recriar como Vida (estabilidade/senso comum/honestidade própria/solução).