Dia: 259: O Peso Dos Julgamentos e da Imagem: Ser Em Vez de Parecer

quinta-feira, janeiro 07, 2016 0 Comments A+ a-


Hoje depois do meu Periscope apercebi-me de uma limitação mental de julgamentos próprios com base na minha imagem: o aspeto do meu cabelo, a minha cara, os meus olhos, olheiras, os meus óculos e os meus dentes. Estes julgamentos-próprios aparentemente banais e comuns a muitas mulheres têm um impacto maior do que eu possa imaginar, porque ao prender-me a estas criticas que tenho de mim própria estou a petrificar a minha ação e a minha capacidade criativa. Se eu tivesse dado ouvidos à minha mente esta manhã eu não teria feito o Periscope e teria adiado uma vez mais a minha partilha incondicional com o Mundo.

Porque é que ainda permito que os julgamentos da mente controlem as minhas decisõe? E de onde é que vêm estas ideas de como eu devo ou não devo ser e agir?

O meu ponto de partida para fazer vlogs, videos no Periscope e até mesmo publicar fotos no Instagram é o de partilhar o meu processo de descoberta pessoal, de crescimento, e o de ajudar pessoas que passam por situações semellhantes e que também procuram mehorar as suas vidas. Ao ajudar-me a perceber as relações que eu criei comigo, com o meu corpo e com o mundo à minha volta estou a permitir-me mudar-me para desenvolver o meu potencial máximo enquanto ser humano.

Relativamente às imagens da mente, estou ciente que estas são influenciadas pelas imagens que vejo passar na TV, em filmes, séries, e também em fotos e vídeos de outros vloggers. Acabo por me limitar ao pensar que se eu for diferente dessas imagens então serei criticada e julgada pelas pessoas. Mas no entanto, eu vejo também que eu só penso nestes julgamentos porque eles existem primeiramente dentro de mim mesma! Se eu não julgásse o meu cabelo, então eu nem sequer projectaria este pensamento para a outras pessoas (aquilo que eu penso que outras pessoas pensam e dizem sobre mim). Se estes julgamentos existem dentro de mim mesma então não são os outros que me julgam porque sou eu que já estou a fazer isso em mim - e esta separação é inaceitável porque esta sou eu, este é o meu corpo, esta é a minha vida. Não tenho outra e não preciso de outra porque eu estou aqui agora e é nesta vida que eu crio o melhor de mim e o melhor para mim.

Por isso, tenho de primeiro perceber que estas ideias não vêm dos outros e que eu sou responsável por parar os julgamentos-próprios. No fim de contas, eu tenho o potencial de Ser (e não pareCer) a cada momento, cada expressão, cada estilo, e em cada palavra que eu expresso. Se houver outras palavras que eu quero viver para mim própria, por exemplo confiança, concentração, assertividade, então sou eu que tenho de me mudar e aplicar estas palavras naquilo que eu faço. Quando me distraio em pensamentos e julgamentos da mente é um indicador de uma ideia que ainda me defino e que me agarro para querer parecer algo ou alguém para ser aceite pelos outros - embora ao fazer isso estou a mentir-me a mim mesma (e aos outros)!

Em vez de me puxar para trás e evitar fazer vídeos ou fotografias, eu decido investigar o julgamento e re-estabelecer a relação que tenho comigo mesma e em vez de me rejeitar/julgar, eu abraço-me e eu perdoo-me.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido olhar para mim através da mente dos julgamentos próprios.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar o meu cabelo por estar diferente do cabelo de outras pessoas que eu vejo a fazer vlogs ou Periscopes.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido jugar-me como sendo menos interessante por estar com óculos.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido projectar os meus julgamentos para os outros e pensar que outras pessoas estão a ter estes pensamentos sobre mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar e acreditar que os julgamentos próprios são reais.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar os meus dentes como não sendo direitos e brancos o suficiente com base na ideia do que é uma boca perfeita.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido evitar mostrar a minha cara com base na ideia de que eu não estou arranjada para a câmara, com maquilhagem e lentes de contacto.
Eu perdoo-me por me estar a permitir e aceitar criticar a minha imagem com base em imagens de outras pessoas que eu uso como referência de beleza e de aceitação. Eu apercebo-me que esta aceitação e julgamentos dos outros tem a ver com os julgamentos que eu ainda me permito ter de mim própria e que são inaceitáveis.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido disTRAIR-me com os julgamentos próprios e com isso separar-me do meu corpo e das palavras que eu estou a dizer.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar estável ao ver a minha cara no vídeo, em vez de criticar a minha imagem e pensar que estas ideias sobre aquilo que eu devia parecer são reais.

Vejo que esta ideia de corresponder a uma imagem é de facto uma forma de me esconder de mim própria e de suprimir ideias que eu ainda tenho contra mim em vez de me descobrir na minha totalidade e corrigir a relação que tenho comigo própria para que seja de apoio incondicional, de amor-próprio, de auto-ajuda e de realmente viver quem eu sou.

Eu apercebo-me que estas imagens são personalidades que eu não quero nem preciso para mim própria porque não são o melhor para mim.

Por isso, quando e assim que eu me vejo a querer vestir, arranjar, maquilhar ou agir para parecer alguém ou alguma personalidade, eu páro e respiro. Ao respirar e acalmar a mente eu vejo que esta pressão que eu coloco em cima de mim não é real e que quem eu sou no meu todo é quem eu quero ser com as outras pessoas - o verdadeiro Eu que me estou a recriar na minha honestidade própria.

Apercebo-me também que as personalidades são máscaras temporárias. Em vez disso, eu comprometo-me a viver as palavras da auto-confiança, estabilidade, independência, movimento e amor-próprio em cada coisa que eu faça, incluindo nos meus vídeos, fotos e blogues.

Quando e assim que eu me vejo a julgar como sendo inferior ou menos capaz quando estou com óculos, eu páro e respiro.
Eu apercebo-me que este julgamento não é real e que eu sou a mesma pessoa com óculos ou com lentes de contacto.

Quando e assim que eu me vejo a querer usar maquilhagem para querer ser respeitada ou vista como mais interessante, eu páro e respiro.

Em honestidade própria eu apercebo-me que este ponto de partida é uma forma de esconder-me de mim própria. Em vez disso, eu comprometo-me a parar de julgar as minhas olheiras, borbulhas ou a cor pálida sem bronze, e dedico-me a investigar a origem das olheiras e das borbulhas para mudar os meus hábitos que estejam a provocar esta reação na minha pele. Quanto ao bronze (ou à falta dele), eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que o bronze de verão é indicador de saúde e de vitalidade. Eu apercebo-me que a minha saúde e vitalidade não estão dependentes do sol e vejo também que o bronze tem a ver com a ideia de beleza e vitalidade que quero que outros tenham de mim.

Quando e assim que eu me vejo a participar na polaridade de querer ser vista como bonita/aceite pelos outros quando estou com maquilhagem e arranjada como uma modelo, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que ao participar na polaridade do positivo estou também a criar a polaridade do negativo quando não estou vestida, maquilhada ou arranjada de uma maneira que é promovida nas revistas e TV.

Vejo então que o que quer que eu decida fazer, ou como eu me decida arranjar, com óculos ou sem óculos, com maquilhagem ou sem maquilhagem, ou com uma determinada roupa tudo isto é uma decisão que eu tomo por mim e para mim, como uma expressão minha. Finalmente, eu comprometo-me a viver as palavras de auto-confiança, honestidade-própria, estabilidade, amor-próprio, autenticidade e auto-criação em tudo aquilo que eu faço e naquilo que eu digo, e é esta a imagem que eu projecto para o mundo como o meu exemplo para ajudar outros a fazerem o mesmo por si.


Eu comprometo-me a ser um e igual com o meu corpo, sem me julgar como superior ou inferior consoante o que eu visto, ou como tenho o cabelo, com ou sem maquilhagem, com ou sem óculos. Eu comprometo-me a ser um e igual com o meu corpo e por isso usar a relação com o meu corpo como uma referência da relação que tenho comigo própria. Ao estar ciente disto, eu comprometo-me então a parar a mente de ideias pre-feitas e a recriar a minha relação comigo própria tendo como ponto de partida o amor-próprio, o bem-estar físico e a minha estabilidade-própria.